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Maciço do Sudeste Asiático

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O termo Maciço do Sudeste Asiático[1] foi proposto em 1997 pelo antropólogo Jean Michaud[2] para discutir as sociedades humanas que habitam as terras acima de aproximadamente trezentos metros na porção sudeste da massa de terra asiática, portanto, não apenas nas terras altas do continente convencional do Sudeste Asiático. Trata-se de terras altas que se sobrepõem a partes de dez países: sudoeste da China, nordeste da Índia, leste de Bangladesh e todas as terras altas de Mianmar (Birmânia), Tailândia, Vietnã, Laos, Camboja, Península da Malásia e Taiwan. A população indígena englobada dentro desses limites é de aproximadamente cem milhões, sem contar os migrantes dos grupos majoritários das terras baixas circundantes que vieram se estabelecer nas terras altas nos últimos séculos.

A noção do Maciço do Sudeste Asiático se sobrepõe geograficamente com o segmento oriental da noção de Zomia de Van Schendel proposta em 2002,[3] enquanto se sobrepõe geograficamente com o que o cientista político James C. Scott chamou de Zomia em 2009.[4] Enquanto a noção de Zomia ressalta uma compreensão histórica e política daquela região alta, o Maciço do Sudeste Asiático é mais apropriadamente rotulado como um lugar ou um espaço social.

The Southeast Asian Massif (in red) next to the Himalayan Massif (in yellow)[5]

Referências

  1. Michaud, Jean; Meenaxi B. Ruscheweyh; Margaret B. Swain, 2016. Historical Dictionary of the Peoples of the Southeast Asian Massif. Second Edition. Lanham • Boulder • New York • London, Rowman & Littlefield, 594p.
  2. Michaud J., 1997, "Economic transformation in a Hmong village of Thailand." Human Organization 56(2) : 222-232.
  3. Willem van Schendel, 'Geographies of knowing, geographies of ignorance: jumping scale in Southeast Asia', Environment and Planning D: Society and Space, 20, 6, 2002, pp. 647–68.
  4. James C. Scott, The art of not being governed: an anarchist history of upland Southeast Asia. New Haven, CT: Yale University Press, 2009.
  5. Michaud, J. 2010, Zomia and Beyond. Journal of Global History, 5(2): 205.

Ligações externas

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