Manachir Restúnio
Manachir Restúnio | |
---|---|
Morte | Antes de 338 |
Etnia | Armênio |
Ocupação | Nobre |
Religião | Catolicismo |
Manachir Restúnio (Manachihr) foi um nobre armênio do século IV, ativo durante o reinado do rei Cosroes III (r. 330–339).
Vida[editar | editar código-fonte]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e5/Constantius_II_-_solidus_-_antioch_RIC_viii_025.jpg/230px-Constantius_II_-_solidus_-_antioch_RIC_viii_025.jpg)
Era irmão de Mirabandaces I e Zora. Em 338, no tempo de rei Cosroes III (r. 330–339), foi nomeado um dos 4 comandantes-em-chefe da Armênia e recebeu a zona sul.[1][2][3] O general Antíoco, enviado pelo imperador Constâncio II (r. 337–361) para ajudar o rei, enviou-o à Assíria e Mesopotâmia com o exército armênio sul e com exército da Cilícia. Chegando, mata o rebelde Bacúrio, vitaxa de Arzanena, e faz seu exército fugir. Então captura Hexa, filho de Bacúrio, e envia-o a Cosroes;[4] Fausto não cita-o entre os nobres que mataram Bacúrio e dá destino diferente a Hexa.[5]
De acordo com Moisés de Corene, então condena a espada todas as províncias em sua propriedade, não apenas os guerreiros mas os camponeses, e leva muitos cativos de Nísibis, inclusive 8 diáconos do bispo Jacó. Jacó visitou-o e pediu que libertasse os cativos comuns, pois não era culpados, mas Manachir se recusa e aduz o rei em desculpa. Jacó então escreve ao rei e Manachir ordena, por instigação dos locais, que os 8 diáconos fossem jogados ao mar. Jacó se enfurece, sob numa montanha sobre a qual toda a província de Manachir é visível, e amaldiçoa o país. Várias calamidades ocorrem e Manachir morre em sofrimento, mas seu filho e herdeiro, cujo nome não é citado, consegue sucedê-lo por intercessão de Jacó.[6]
Segundo Fausto, num relato bem diferente, Manachir foi visitado por Jacó. Jacó ouviu dizer que era perverso, insensível e desonesto que, da ira da amargura de sua alma, matou inúmeras pessoas. Lá foi para ensinar e aconselhar para que, por temor do Senhor, sua natureza se tornasse leve e colocaria de lado seu frenesi animalesco e bestial. Fausto afirmou que quando Manachir viu Jacó, o desprezou, ridicularizou e zombou. E por seu comportamento selvagem, ordenou que 800 homens, a quem escravizou, fossem trazidos diante dele e então lançados ao mar de um promontório. Então ordenou que Jacó fosse ridicularizado e expulso de sua terra e disse: "Você vê o quanto exaltei você por suas boas palavras? Aliviei-os de seus laços e ainda estão nadando no mar". Jacó partiu e do alto de uma montanha lançou uma maldição sobre sua terra. 2 dias após sua partida, Manachir, sua esposa e sete filhos pereceram.[7]
Referências
- ↑ Dodgeon 2002, p. 273-274.
- ↑ Syvanne 2015, p. 305.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 237.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 259.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 259, nota 1.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 259-260.
- ↑ Fausto, o Bizantino século V, III.10.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Dodgeon, Michael H.; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part I, 226–363 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-00342-3
- Fausto, o Bizantino (século V). História da Armênia
- Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press
- Syvanne, Ilkka (2015). Military History of Late Rome 284-361. Barnsley, Reino Unido: Pen and Sword. ISBN 1473871840