Manuel Pimentel
Manuel Pimentel | |
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Nascimento | 10 de março de 1650 Lisboa |
Morte | 19 de abril de 1719 |
Ocupação | hidrógrafo |
Manuel Pimentel (Lisboa, 10 de Março de 1650 - 19 de Abril de 1719)[1], ou Manoel Pimentel, foi Cosmógrafo-Mor de Portugal.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Segundo filho de Luís Serrão Pimentel também ele Cosmógrafo-Mor. Teve uma educação jesuíta, no Colégio de Santo Antão-o-Novo, em Lisboa, frequentando a Aula da Esfera[2] e formou-se na Universidade de Coimbra em 1674.[1]
Sucedeu em 1680 a seu pai na função de Cosmógrafo-Mor, por recusa do irmão mais velho, mas só foi conduzido oficialmente em 1687
"(...) se fez perito na Cosmografia, que quotidianamente ouvia praticar na casa de seu pay o qual fallecendo infaustamente da queda de hum cavallo a 13 de Dezembro de 1679, foy provido na serventia de Cosmógrafo mór em o anno de 1680 por seu irmaõ naõ querer o exercicio deste lugar." (...) "Passados seis annos da serventia do Officio de Cosmografo mór lhe foy concedida a propriedade no anno de 1687(...)" [1]
Esteve na comissão que defendeu face a Espanha a posse portuguesa nos territórios do Uruguai, em particular a Colónia do Sacramento:
Para compor as controversias agitadas entre ElRey de Portugal, e o de Castella sobre a demarcaçao dos dominios da Colonia do Sacramento entre os Geografos, e Jurisconsultos nomeados para a decisao de taõ grave controversia, foy elle eleito com o P. Joaõ Duarte da Costa douto Mathematico, e os Dezembargadores Sebastiao Cardoso de Sampayo, e Manoel Lopes de Oliveira. No espaço de tres mezes que assistio em Elvas, em cujo tempo alternadamente vinhaõ a esta Cidade os Castelhanos, e passavaõ os Portuguezes a Badajoz, compoz doutos Tratados em que solidamente estabelecia o direito da Coroa Portugueza naquelles dominios.[1]
Foi ainda mestre de Geografia e Náutica do Príncipe do Brasil, D. José:
No anno de 1718, foy eleito Mestre do Serenissimo Principe do Brasil o Senhor D. Jozé a quem instruio com algumas licoens de Geografia, e Nautica. Acometido de huma colirica que lhe permittio receber os Sacramentos espirou piamente a 19 de Abril de 1719, quando contava 69 annos de idade. Jaz sepultado no Claustro do Convento de Nossa Senhora do Carmo desta Corte no jazigo da sua Casa.[1]
No cargo de Cosmógrafo-Mor seria sucedido pelo filho Luís Francisco Serrão de Miranda, interinamente em 1713, e depois efectivamente após sua morte em 1719.[3]
Obra
[editar | editar código-fonte]- Arte pratica de navegar, e Roteiro das viagens, e costas maritimas do Brasil, Guiné, Angola, Indias, e Ilhas Orientaes, e Occidentaes - agora novamente emendado, e acrecentado o Roteiro da Costa de Hespanha, e Mar Mediterraneo. Lisboa, editado por Bernardo da Costa de Carvalho. 1699. (Saiu segunda vez adicionada com este título)[1]
- Arte de navegar, em que se ensinão as regras praticas, e o modo de Cartear pela Carta plana, e reduzida, o modo de Graduar a Balestilha por via dos numeros, e muitos problemas uteis a navegacão, e Roteiro das viagens, e costas maritimas de Guine, Brasil, e Indias Occidentaes, e Orientaes - agora novamente emendadas, e acrecentadas muitas derrotas novas. Lisboa, Officina Deslandesiana 1712. (fol. com estampas, & ibi por Francisco da Sylva, 1746.)[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g Diogo Barbosa Machado - Bibliotheca Lusitana, 1752 Vol 3 - pag.338
- ↑ «A Ciência na Aula da Esfera do Colégio de Santo Antão, 1590-1759», Henrique Leitão, Lisboa: Comissariado Geral das Comemorações do V Centenário do Nascimento de S. Francisco Xavier, 2008, pág. 92
- ↑ Nuno Alexandre Martins Ferreira. Luís Serrão Pimentel (1613-1679):Cosmógrafo Mor e Engenheiro Mor de Portugal. Tese de Mestrado em História dos Descobrimentos e da Expansão. Universidade de Lisboa, 2009.
Precedido por Luís Serrão Pimentel |
Cosmógrafo-mor 1680 - (1713) 1719 |
Sucedido por Luís Francisco Serrão de Miranda |