Manuel Veloso de Armelim Júnior
Manuel Veloso de Armelim Júnior | |
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Nascimento | 1 de fevereiro de 1857 Velas |
Nacionalidade | Portugal |
Morte | 4 de outubro de 1935 (78 anos) Lisboa |
Ocupação | Advogado, escritor e jornalista |
Manuel Veloso de Armelim Júnior (Velas, Ilha de São Jorge, 1 de Fevereiro de 1857 — Lisboa, 4 de Outubro de 1935) foi um advogado, escritor e jornalista português, formado em bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra em 1887. Exerceu a sua profissão em Lisboa. Foi director do jornal de jurisprudência O Correio Jurídico, de Lisboa.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]
Armelim Júnior nasceu na localidade de Velas, na Ilha de São Jorge do Arquipélago dos Açores, em 1 de Fevereiro de 1857.[1] Era filho de Manuel Veloso de Armelim e Maria Januária Avelar de Armelim e irmão de Júlia de Armelim Pinto Balsemão.[1]
Em 1882, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo-se formado em 8 de Julho de 1887.[1]
Carreira artística e profissional[editar | editar código-fonte]
Em Outubro de 1887, começou a exercer como advogado em Lisboa, tendo depressa começado a trabalhar em várias causas notáveis, na capital e nas províncias.[1] Conseguiu alguns triunfos importantes, tendo algumas das duas minutas e contra-minutas atingido um grande valor nos meios literários e forenses.[1] Exerceu durante cerca de 40 anos, tendo-se distinguido por ter desenvolvido as ciências jurídicas, ao estudar as várias especialidades das matérias administrativa e civil.[1]
Publicou uma vasta obra literária, dispersa, em grande parte, por vários periódicos, como as biografias que escreveu na Revista Insular e de Turismo.[1] Também colaborou em vários periódicos no Brasil em Portugal, tendo fundado o Correio Jurídico.[1] Recebeu o primeiro prémio na Exposição Internacional de Trabalhos Jurídicos do Rio de Janeiro, em 1890.[1]
Participou em vários congressos, como o Jurídico de Lisboa, e os das Associações de Previdência e de Antropologia, em Paris.[1] No âmbito das comemorações do centenário de Santo António de Lisboa, fez uma comunicação sobre aquele pregador na Academia das Ciências de Lisboa.[1]
Foi nomeado como sócio correspondente do Instituto de Coimbra, e como sócio efectivo da Associação dos Advogados de Lisboa, da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, e da Sociedade de Geografia de Lisboa.[1] Também foi sócio fundador e presidente da direcção do Grémio dos Açores, protector do Orfanato de Santa Isabel, sócio benemérito e presidente da comissão de justiça do Real Instituto de Lisboa, membro da Ordem dos Advogados e sócio da Academia das Ciências.[1] No estrangeiro, era sócio correspondente da Real Academia de Jurisprudencia y Legislación, de Madrid, do Instituto de Legislação Comparada, de Paris, do Instituto dos Advogados do Brasil, e da Sociedade das Instituições de Previdência de França.[1]
Falecimento e funeral[editar | editar código-fonte]
Faleceu por volta das 19 horas do dia 4 de Outubro de 1935, estando nessa altura casado com Maria Estela Alvares Pereira de Armelim.[1]
O seu funeral teve lugar no dia 6 de Outubro, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.[1]
Obras[editar | editar código-fonte]
- Dois beneméritos, José Maria de Assis e Constantino Cumano. Coimbra, Impr. da Universidade, 1885.
- A Vida e a Obra do Visconde de Carnaxide[1]
Referências
- Memória da Visita Régia à Ilha Terceira, escrito por Alfredo Luís Campos. Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903.