Marcia Theóphilo
Marcia Theóphilo | |
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Nascimento | 1940 Fortaleza |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | poetisa |
Principais trabalhos | Amazônia Canta/Amazon Sings |
Prêmios | Márcia Theóphilo faz parte da lista de candidatura ao prêmio Nobel de literatura. |
Página oficial | |
http://www.theophilo-amazzonia-e-poesia.info/indexpt.html |
Marcia Theóphilo (Fortaleza, 1940) é uma poetisa brasileira que reside e produz na Itália, reconhecida por suas obras em torna da temática amazônica.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Marcia estudou em São Paulo e no Rio de Janeiro, e tornou-se doutora em Antropologia em Roma. Desde 2003 faz parte da juria do Premio Internazionale Fregene. Desde 2007 faz parte do Comité Etico - Cientifico de Foreste per sempre. Em 2008 ganhou o premio Sandro Penna na Itália.[1] Em 21 de março de 2009, recebeu o diploma de mérito da Academia Mondiale della Poesia, pelo então presidente poeta e professor Nadir M. Aziza, no Teatro Poliphonico de Verona, Itália.[2] Trabalha em Roma desde 1972, chega a Itália exilada da Ditadura Militar no Brasil. Em 1979 com o processo de reabertura democrática volta para o Brasil (São Paulo), atua como correspondente da revista italiana Noi Donne. Em 1980 publica um ensaio sobre Lula e a atuação do movimento sindicalista no momento de transição democrática no Brasil, no jornal italiano Avanti!. Já em 1981 volta a Roma, dando continuidade ao intercâmbio cultural entre Brasil e Itália, organizando encontros de poesia como o evento Pela democracia no Brasil (Museu Sant"Egidio, Roma, 1981).[1] Marcia Theophilo publico contos, ensaios e onze livros de poesia, em português, italiano e inglês. Tais livros incluem I bambini giaguaro / Os meninos jaguar, vencedor do Prêmio Fregene. A floresta amazônica é o tema central das obra de Marcia: o rio amazonas, o povo amazônico, os mitos da floresta que englobam sua vida animal e vegetal. Marcia pauta sua vida no esforço e na persistência de salvar o patrimônio natural e cultural da Amazônia.[3][1][4]
Relação com a Amazônia[editar | editar código-fonte]
O interesse começou na infância, através do papel marcante de sua avó paterna, pois é sua avó que lhe contou sobre os mitos da floresta, sobre o rio, o vento, as metamorfoses da lua e todas forças da natureza. Nasce então sua relação com a Amazônia e seu engajamento com os problemas que envolvem a floresta Amazônia e as questões indígenas. Através da figura de sua avó paterna e seu pai - ambos são nativos do Acre (Amazonas) - desenvolveu seus trabalhos, unindo memória emotiva e cultural, entre poesia e documentação, levando-a a sua atuação enquanto poeta e antropóloga.[5][6][7]
Atuação[editar | editar código-fonte]
De 1968 A 1971: trabalha no jornalismo cultural e em critica de arte em São Paulo, desenvolvendo uma colaboração com artistas plásticos como Maria Bonomi, Saverio Castellani, Tomie Otake, Otavio Araujo e outros.[8]
Participou de encontros internacionais: "Poetry International" (Roterdã, 1977); a "Convenção Internacional de Poesia" (Struga, Iugoslávia, 1978) e "Congresso de Escritores Europeus" (Florença, 1978). E do "Encontro Nacional de Poesia" (São Paulo, 1979.).[8]
Organizou a exposição de artistas italianos e brasileiros "Pela democracia no Brasil" (Museu Sant"Egidio, Roma, 1981), o encontro internacional "A palavra do Poeta" secção Latino-americana (Roma 1982). Participa a recitais de poesia tais como: o "Encontro com a poesia Brasileira" (Roma, 1983), o "Festival Internacional de Poetas de Praça de Siena" (Roma, 1983 e 1984), o Festival de Literatura do Jardim Botânico", (Roma, 1988), a manifestação poética da Biblioteca Central de Roma "Vozes de Vida" (Roma, 1989).[8]
Contribuiu à fundação da revista "Minerva", dirigiu por cinco anos o Centro Cultural "Donna Poesia", representando o Brasil no "Centro internacional Alberto Moravia".[8]
Desde 1986 é representante da União Brasileira dos Escritores no Sindicato dos Escritores Italianos.[8]
Participou com a sua poesia: "O deus que não tivemos - 20 poetas da Europa e do mundo "(Roma, 1999); "Poesias de amor. Em segredo e em paixão" (Roma, 1999); "Antologia de Poetas Brasileiros" (Lisboa, 2000); "Antologia da Poesia Brasileira" (Santiago de Compostela, 2000); "Por amor" (Roma 2002); "A poesia salvará o mundo" (Bologna, 2003). "Concerto de Poesia para uma cultura de paz" (Roma, 1994); Recital de Poesia da Feira do Livro de Frankfurt (Frankfurt, 1994); a manifestação poética da Biblioteca Municipal de São Paulo "Escritores na Biblioteca" (São Paulo, 1994). A "Manifestação Poética do Prêmio Feronia" (Roma, 1999) ; "21 março 2000: Primeiro dia mundial da poesia. Festa da Poesia" (Roma, 2000); "Semana dos direitos humanos" (Regione Umbria, 2001); "A Noite dos Poetas" (Nettuno, 2001); "Festival Internazional de Poesia de Palazzo Ducale" (Genova, 2002). "Prima Rassegna dos Parque e do Ambiente" (Cosenza 2002); "Manifestação inaugural do dia Mundial do Livro" da U.N.E.S.C.O (Ano da água fluvial) (Câmera dos Deputados, Roma, 2003). "Caravana dos Poetas pela Paz" (Itália, 2003); Festival Letteratura di Mantova, 2006 e 2009; "Knjizevnost Uzivo-Literature Live", Croácia 2006; Giornata Mondiale della Poesia (Dia Mundial da Poesia) Verona,2009.[8]
Foi convidada da Expo Rio de Janeiro 2011, com o livro Ama + Zonia, Ouro sobre Azul, Rio de Janeiro 2009[9] e da Expo Milano 2015. Foi testemunha da iniciativa "Por uma Cultura da Biodiversidade", promovida pela Comissão Nacional Italiana da UNESCO como parte da campanha de educação para o desenvolvimento sustentável (DESS), também em 2015.[10][11]
Premiações[editar | editar código-fonte]
- Nacional de Contos Editora Abril' 1969 por «Os convites».[10][12][13]
- 'Minerva' 1983 por «Catuetê Curupira».[10][12][13]
- 'Città di Roma' 1992 por «Io canto l'Amazzonia/Eu canto a Amazonas».[10][12][13]
- 'Fregene 1996' por «I bambini giaguaro/Os meninos jaguar».[10][12][13]
- 'Nuove scrittrici' 1997, premio especial pela carreira.[10][12]
- 'Calliope' 1999 pela poesia.[10][12]
- 'Sant'Egidio' 2000 por «Kupahúba».[10][12]
- 'Carsulae' 2001 pela carreira.[10][12]
- "F.I.Te.l Naziolale" dos sindicatos CGIL-CISL-UIL 2002 pela carreira.[10][12]
- "Histonium" 2003 por «Foresta mio dizionario».[10][12]
- "Parco Majella" 2003 por «Foresta mio dizionario».[10][12]
- "Natura e ambiente" 2004 pela carreira.[10][12]
- "E.I.P École Instrument pour la paix" 2005 pela carreira.[10][12][13]
- "Leggere per conoscere - Un libro per la scuola un autore per domani" 2006 por "Amazonas Respiro do Mundo".[10][12]
- "Premio Internazionale Magnagrecia" Ulisse d'oro 2006 pela poesia.[10][12]
- "Premio Calabriambiente" 2006 W.W.F Calabria pela poesia e a ecologia.[10][12]
- "Premio Farfa" 2007 Secção cultura - pela poesia e a ecologia, Roma.[10][12]
- Prêmio Internacional "Uma Arvore para Kyoto" 2008, Roma.[10][12]
- Prêmio "Sandro Penna" 2008 por "Amazonas mãe d'água". Perugia.[10][12]
- Prêmio "Faraglioni" 2009. [10][12]
- Prêmio "Mandir pela Paz" Assis 2009.[10][12]
- “Premio Green Book, 2010” pelo livro “Amazzonia sempre”. [13]
- Prêmio Alla carriera; por LericiPea, 2011.[10][14]
- Prêmio l'Eco-poesia, por, Montale Fuori di Casa, 2012.[10][15]
- Prêmio pelo conjunto de sua obra do Festival Internacional de Poesia Civil Vercelli, patrocinado pela Expo 2015 em Milão.[10][15]
- Prêmio “Panda” de Fulco Pratesi como testemunho da biodiversidade do WWF Itália em 2015.[10][15]
- Premio Márcia Theóphilo faz parte da lista de candidatura ao prêmio Nobel de literatura em 2015.[10][15]
- Prêmio alla carriera dal “Festival internazionale di poesia civile di Vercelli” em 2015.[10][15]
- Prêmio alla Carriera “L’arte in versi” VIII edizione, Jesi em 2019.[15]
Obras premiadas[editar | editar código-fonte]
1.Contos:
Os convites, editor: Universidade de S. Paulo, São Paulo, 1969 ilustração: Maria Bonomi e Nelson Coelho, língua: português e prêmio Nacional de Contos Editora Abril 1969.[8]
2. Poesias:
Catuetê Curupira, editor: La Linea, Roma, 1983, ilustração: Aldo Turchiaro, línguas: português e italiano e prêmio Minerva 1983.[8]
lo canto l'Amazzonia/Eu canto a Amazonas, editor: Edizioni dell'Elefante, Roma, 1992 prefácio: Armando Gnisci línguas: português e italiano. Com um testo de Rafael Alberti e prêmio Città de Roma 1992.[8]
I bambini giaguaro/Os meninos jaguar, Edizioni De Luca, Roma, 1995 prefacio: Mario Luzi e Grazia Francescato, patrocinado pelo WWF, Itália, línguas: português e italiano e Prêmio Fregene 1996.[8]
Kupahúba - albero dello spirito santo, Editor: Tallone Editore, Turim, 2000, prefacio: Mario Luzi, linguas: italiano e Prêmio Sant'Egidio' 2000 1996.[8]
Foresta mio dizionario, Editor: Edizioni Tracce, Pescara, 2003, prefacio: Mario Luzi, linguas:italiano. e Premio Nazionale Histonium 2003.[8]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ a b c «Apresentação- Poesia de Marcia Theophilo». www.theophilo-amazzonia-e-poesia.info. Consultado em 9 de outubro de 2021
- ↑ «MÁRCIA THEÓPHILO - POESIA IBEROAMERICANA – BRASIL - www.antoniomiranda.com.br». www.antoniomiranda.com.br. Consultado em 9 de outubro de 2021
- ↑ Bellotti, Paola Commissati (31 de julho de 2020). Marcia Theophilo - la poetessa amazzone (em italiano). [S.l.]: Aletti Editore
- ↑ «ASCOLTARE MARCIA THEOPHILO, VOCE DELL'AMAZZONIA | www.psychiatryonline.it». www.psychiatryonline.it. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ Mmaka, Di Valentina Acava (16 de fevereiro de 2002). «ENTREVISTA. Marcia Théophilo: Figlia della Foresta Amazzonica». https://www.wuz.it/. Consultado em 13 de outubro de 2021
- ↑ Minore, di Renato (1 de janeiro de 2021). «Márcia Theóphilo: la poesia come battaglia ecologica di libertà e liberazione». Spazio50 (em italiano). Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ Cl, Rivista; estino (16 de julho de 2020). «Márcia Theóphilo: le radici del respiro». ClanDestino - Rivista (em italiano). Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l Aerostatonet.it. «Márcia Theóphilo - Autore - OlioOfficina Magazine edizione Italiana». OlioOfficina.It (em italiano). Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ (9 de setembro de 2008). «Chega ao fim 27ª Feira do Livro e 1ª Bienal Internacional de Poesia». Acervo. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab Libri di Márcia Theóphilo - libri Interlinea edizioni (em italiano). [S.l.: s.n.]
- ↑ «Marcia Theophilo». Poesia, di Luigia Sorrentino (em italiano). 6 de setembro de 2016. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u «Márcia Theóphilo Premios». www.theophilo-amazzonia-e-poesia.info. Consultado em 12 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f «Marcia Theophilo». Poesia, di Luigia Sorrentino (em italiano). 6 de setembro de 2016. Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ «Márcia Theóphilo». Premio Lerici Pea Golfo dei Poeti (em italiano). Consultado em 14 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f «Márcia Theóphilo». Premio Montale Fuori di Casa (em italiano). Consultado em 14 de outubro de 2021