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Marco Aurélio Vasconcellos

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Marco Aurélio Vasconcellos
Informação geral
Nome completo Marco Aurélio Farias de Vasconcellos
Nascimento 23 de novembro de 1939 (84 anos)
Local de nascimento Santa Maria, RS
 Brasil
Gênero(s) Música nativista
Ocupação(ões) cantor, compositor
Instrumento(s) violão
Outras ocupações advogado
Afiliação(ões) Os Posteiros

Marco Aurélio Vasconcellos (Santa Maria, 23 de novembro de 1939) é um cantor e compositor brasileiro de música regional gaúcha.

Filho do Promotor de Justiça José Barros Vasconcellos e de Maria de Lourdes Farias de Vasconcellos, mudou-se com a família para Porto Alegre aos cinco anos de idade.

Iniciou os estudos no Preparatório do Colégio Sévigné, passando pelo Grupo Escolar Rio de Janeiro e pelo Colégio Anchieta, onde formou-se no ensino secundário em 1957. Em 1959, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concluindo o curso em 1963.

Empregou-se no serviço público, trabalhando inicialmente no Juizado de Menores de Porto Alegre. Em seguida, foi funcionário do Tribunal do Trabalho da 4ª Região e do Ministério Público Federal, para o qual foi concursado e aprovado no ano de 1973. Exerceu o cargo de Procurador da República, primeiro em Florianópolis, e por fim em Porto Alegre, onde se aposentou em 1990. Também atuou paralelamente como advogado entre 1964 e 1989.

Carreira musical

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Em 1957, como presente de aniversário, recebeu de seu pai um violão Del Vecchio. Passaria a participar de festivais de música na década seguinte, quando concorreu em duas edições do Festival Sul-brasileiro da Canção. Na primeira ocasião com a composição "Tropeiro", interpretada pelo Trio Maiagô, e, na segunda com "No Balanço do Parque", composta em parceria com José Carlos Oliveira e que foi defendida pelo cantor Sabino Loguércio.

Em 1967, na 1ª Olimpíada da Música Popular de Porto Alegre, obteve a sua primeira premiação: Melhor Letra com a canção "Pastor do Mar". Em 1969, participou do Festival da Canção Popular de Bento Gonçalves, com a canção "Espaciália", em parceria com José Carlos Oliveira.

Em 1972, participou da 1ª Vindima da Música Popular de Caxias do Sul, com a canção "Acalanto", vencedora do evento.[1] Foi instrumentalmente defendida por Marco Aurélio Vasconcellos no violão, Plauto Cruz na flauta e por um quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. O cantor Luiz Coronel, que também participara do evento, acabou sendo o responsável pelo ingresso de Marco Aurélio na música nativista.

Com letra composta por Luiz Coronel e musicada por Marco Aurélio Vasconcellos, a canção "Gaudêncio Sete Luas" foi interpretada por Leopoldo Rassier e Lúcia Helena na 2ª Califórnia da Canção Nativa, obtendo a segunda colocação. No ano seguinte, com a canção "Canto de Morte de Gaudêncio Sete Luas", também fruto da parceria com Luiz Coronel, acabou vencendo a Calhandra de Ouro.[2]

Nas 4ª e 5ª edições da Califórnia da Canção, Marco Aurélio concorreu com diversas canções em parceria com Luiz Coronel: "Leontina das Dores" (3º lugar), "Leontina das Dores à Espera de Seu Homem", "Gaudêncio Sete Luas Fala de Crendices e Assombrações" e "Cordas de Espinho" (composição que seria gravada por Fafá de Belém[3] no álbum Água, de 1977).

Em 1977, Marco Aurélio criou o Grupo de Arte Nativa Os Posteiros, composto inicialmente por Doly Carlos da Costa (bandoneón e arranjos), Celso Carlucci de Campos (violão e voz) e Guilherme Loureiro de Souza (violão e voz). O grupo estreou na Califórnia da Canção defendendo as canções "Bendito" (Kenelmo Alves/Marco Aurélio) e "A Lenda da Lagoa do Parobé" (José Barros Vasconcellos/Antonio Xavier Balbé).

Ao ser aprovado em um vestibular, Guilherme deixou o grupo e foi substituído por Francisco Koller. Com esta formação, Os Posteiros lançou dois álbuns: Os Posteiros e Caminho de Volta. Em 1978, a canção "Pássaro Perdido", co-autoria de Gilberto Carvalho e defendida por Marco Aurélio Vasconcellos e Os Posteiros, venceu a VIII Califórnia da Canção.[4] A canção "Lavadeiras", também composta por Marco Aurélio e Gilberto Carvalho, obteve o terceiro lugar no Concurso de Música Popular Cidade de Porto Alegre.

Com "Descaminho", de Antônio Augusto Ferreira e Ewerton dos Anjos Ferreira, Marco Aurélio venceu a Linha de Manifestação Riograndense da XII Califórnia da Canção Nativa em 1982 e, no ano seguinte, o Festival dos Festivais em Porto Alegre.

Carreira solo

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Em 1985, recebeu o troféu de "Compositor Mais Premiado" da Califórnia desde a sua criação, em 1971. No ano seguinte, deixou o grupo Os Posteiros, seguindo carreira solo.

Em 1997, ao lado de Luiz Marenco, interpretou a música "O Forasteiro", de Vinicius Brum, Mauro Ferreira e Luiz Carlos Borges. A canção recebeu a Calhandra de Ouro.

Em 2001, interpretando "Um Gaúcho Pega a Estrada", de Gujo Teixeira e Mauro Moraes, obteve o segundo lugar na Reculuta da Canção Crioula de Guaíba. Em 2002, venceu a Tafona da Canção Nativa de Osório com a música "O Moço e o Rio", de Glênio Fagundes e Nilton Bastos.

Em dezembro de 2005, lançou seu primeiro álbum solo − Invernando Recuerdos − em um show no Teatro Bruno Kiefer, da Casa de Cultura Mario Quintana. Quase dois anos mais tarde, em julho de 2007, lançou seu segundo álbum: Velhas Andanças, em um show no Teatro Túlio Piva. No CD, interpretou uma releitura de clássicos da música nativista de autoria de outros compositores.

Em 2009, obteve a Calhandra de Ouro, na 36ª Califórnia da Canção, com a canção "A Sanga do Pedro Lira", composta em parceria com Demétrio Xavier.[5] No final do mesmo ano, lançou em Jaguarão seu terceiro álbum: Da Mesma Raiz, onde interpreta músicas de autoria de Martim César Gonçalves, Paulo Timm e Alessandro Gonçalves.

No Reponte da Canção, de São Lourenço do Sul, obteve o primeiro lugar com a canção "Essas Casas" em 2010. Em junho de 2011, participou da 19ª Sapecada da Canção Nativa de Lages, interpretando duas canções: "Paisagm Interior" (de Martim César e Paulo Timm) e "A Memória da Pedra" (de Gujo Teixeira e Cristian Camargo). A última contou com a co-participação de Luiz Marenco, Joca Martins e Marcelo Oliveira, e recebeu o prêmio de Melhor Letra do evento, além da segunda colocação geral.

Ainda em 2011, Marco Aurélio lançou seu quarto CD: Já Se Vieram!, com melodias de sua autoria e letras de Martim César Gonçalves. O lançamento se deu no Teatro Bruno Kieffer.

Em junho de 2013, recebeu o troféu de melhor compositor na categoria Música Regional no 1º Prêmio Brasil Sul de Música.[6]

Com Os Posteiros

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Ano Álbum Gravadora
1983 Os Posteiros Gravadora independente
1985 Caminho de Volta Gravadora independente
Ano Álbum Gravadora
2005 Invernando Recuerdos Gravadora independente
2007 Velhas Andanças Gravadora independente
2009 Da Mesma Raiz Gravadora independente
2011 Já Se Vieram! Gravadora independente
2013 Paisagem Interior Gravadora independente
2017 Doze Cantos Ibéricos e uma Canção Brasileira (com Martim César) Gravadora independente

Prêmios e indicações

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Ano Categoria Indicação Resultado
2005[7] Compositor de Música Regional Marco Aurélio Vasconcellos Indicado
2007[8] Intérprete de Música Regional Marco Aurélio Vasconcellos Venceu
2010[9] Intérprete de Música Regional Marco Aurélio Vasconcellos Indicado
Álbum de Música Regional Da Mesma Raiz Indicado
2011[10] Intérprete de Música Regional Marco Aurélio Vasconcellos Indicado
2014[11] Intérprete de Música Regional Marco Aurélio Vasconcellos Indicado
Álbum de Música Regional Paisagem Interior Indicado
2017[12] Álbum de Música Regional Doze Cantos Ibéricos e uma Canção Brasileira Venceu
Intérprete de Música Regional[13] Marco Aurélio Vasconcellos Indicado
Ano Categoria Indicação Resultado
1973 Calhandra de Ouro Canto de Morte de Gaudêncio Sete Luas (co-autor) Venceu
1978 Calhandra de Ouro Pássaro Perdido (co-autor e intérprete) Venceu
1997 Calhandra de Ouro O Forasteiro (intérprete) Venceu
2009 Calhandra de Ouro A Sanga do Pedro Lira (co-autor e intérprete) Venceu

Referências

  1. Jornal no Palco (22 de maio de 2017). «Músicos gaúchos lançam o álbum "Doze Cantos Ibéricos & uma Canção Brasileira" em Porto Alegre». Consultado em 8 de maio de 2018 
  2. ClicRBS (7 de fevereiro de 2017). «Vinícius Brum: Gaudêncio Sete Luas». Consultado em 8 de maio de 2018 
  3. Correio do Povo (7 de maio de 2016). «Fafá de Belém e Orquestra Unisinos Anchieta fazem show gratuito neste domingo». Consultado em 8 de maio de 2018 
  4. Jornal Minuano (5 de julho de 2013). «Lançamento da Califórnia». Consultado em 8 de maio de 2018 [ligação inativa]
  5. Correio do Povo (6 de dezembro de 2009). «Marco Vasconcellos ganha a Calhandra de Ouro». Consultado em 8 de maio de 2018 
  6. Globo.com (17 de junho de 2013). «Prêmio Brasil Sul de Música distribui prêmios no RS; veja os ganhadores». Consultado em 8 de maio de 2018 
  7. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2005». Consultado em 8 de maio de 2018 
  8. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 2007». Consultado em 8 de maio de 2018 
  9. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2010». Consultado em 8 de maio de 2018 
  10. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2011». Consultado em 8 de maio de 2018 
  11. Prefeitura Municipal de Porto Alegre (1 de dezembro de 2015). «Prêmio Açorianos de Música ocorre nesta terça-feira». Consultado em 8 de maio de 2018 
  12. Globo.com (21 de março de 2018). «Shana Müller vence Prêmio Açorianos como melhor intérprete regional; veja lista completa dos ganhadores». Consultado em 8 de maio de 2018 
  13. Prefeitura Municipal de Porto Alegre (21 de fevereiro de 2018). «Prêmio Açorianos de Música anuncia lista de indicados». Consultado em 8 de maio de 2018