Margem equatorial brasileira
A margem equatorial brasileira (MEQ) é a região da margem continental que se estende da foz do rio Oiapoque ao litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo as bacias sedimentares da foz do rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.[1]
A região, apesar da relativa carência de conhecimento geológico, é considerada uma fronteira com reservas significativas de combustíveis fósseis, tornando-se foco de projetos da Petrobrás para exploração em múltiplos pontos ao longo da MEQ.[1]
Setor norte
[editar | editar código-fonte]O setor norte da margem continental brasileira (MCBN) vai desde Cabo Orange até o delta do Parnaíba, compreendendo os estados do Amapá, Pará e Maranhão. As principais bacias correspondem aos rios Amazonas e Pará. Ao longo da MCBN encontram-se feições geomorfológicas constituídas como vales e bancos arenosos submarinos, cânions dos rios Amazonas e Pará, ao largo do Amapá e dos Golfões Amazônico e Maranhense. Essas feições, principalmente cânions e bancos de areia, estão em locais com alta energia de maré, fazendo com que as feições costeiras avancem para a plataforma interna.[2] A plataforma externa, próxima ao cânion do Amazonas é caracterizada por bancos arenosos com fundos carbonáticos e lamas continentais. A margem continental brasileira é do tipo passiva, compreendendo plataforma continental, talude continental e elevação continental antes da planície abissal.[3] O clima da MCBN é quente e úmido, o que favorece a grande descarga de sedimentos terrígenos pelos estuários e deltas da região, que por sua vez favorecem um alargamento da plataforma continental.[4]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b «O que é Margem Equatorial? Veja 10 perguntas e respostas sobre a nova aposta da Petrobras». Valor Econômico. 21 de dezembro de 2022. Consultado em 1 de outubro de 2023
- ↑ Coutinho, P. N., (2005). Levantamento do estado da arte da pesquisa dos recursos vivos marinhos. Oceanografia Geológica. PROGRAMA REVIZEE. FEMAR/SECIRM, Brasília.
- ↑ Coutinho, P. N., Morais, J. O., (1970). Distribucion de los sedimentos en la Plataforma Continental Norte y Nordeste del Brasil. Arquivos de Ciências do Mar 10, 79-90.
- ↑ Goes, E. R., & Junior, A. (2017). Caracterização morfossedimentar da plataforma continental Brasileira. Revista Brasileira de Geografia Física, 10(5), 1595-1613.