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Maria Albertina Diogo

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Maria Albertina Diogo
Nascimento 9 de fevereiro de 1932
Santiago do Cacém
Ocupação empregada doméstica

Maria Albertina Ferreira Diogo (Santiago do Cacém, 9 de fevereiro de 1932) foi uma trabalhadora doméstica, funcionária clandestina do Partido Comunista Português, resistente antifascista e presa política portuguesa du­rante seis anos.[1][2][3]

Albertina Diogo nasceu em Santiago do Cacém, no dia 9 de fevereiro de 1932. Foi detida pela PIDE por "atividades subversivas" a 14 de novembro de 1960, na casa onde vivia com o companheiro, Guilherme da Costa Carvalho - mi­li­tante e di­ri­gente do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês - e com quem teve dois fi­lhos com os quais só pôde viver alguns meses.[3][4]

Na Prisão de Caxias, foi sujeita a extrema violência, quer através da tortura do sono, durante cinco dias e quatro noites, quer da parte de duas polícias, Madalena e Odete, que lhe lesaram o ouvido para sempre.[1][2][5] Esteve presa até 5 de julho de 1966, e isolada durante quarenta e cinco dias, trinta dos quais em que não pôde receber visitas.[5]

Em 2007, o fotógrafo João Pina, neto de Albertina Diogo, editou o livro Por teu livre pensamento, em parceria com Rui Galiza, sobre as memórias de 25 antigos presos políticos portugueses.[6]

Em 2024, Albertina vivia no Porto.

  1. a b «Mil e Uma Noites Episódio 66 - de 02 abr 2024 - RTP Play - RTP». RTP Play. Consultado em 11 de agosto de 2024 
  2. a b Almeida, São José (20 de novembro de 2004). «Cartas manifesto de mulheres na prisão» (PDF). Jornal Público: p. 12. Consultado em 11 de agosto de 2024 
  3. a b «"Maria Albertina Ferreira Diogo" - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 11 de agosto de 2024 
  4. «No centenário do nascimento de Guilherme da Costa Carvalho». Avante. Consultado em 11 de agosto de 2024 
  5. a b Melo, Rose Nery Nobre de (1975). Mulheres portuguesas na resistência. Lisboa: Seara Nova. pp. pp. 199–203 
  6. https://www.joao-pina.com. «Por teu livre pensamento - João Pina - Photographer». João Pina (em inglês). Consultado em 11 de agosto de 2024