Maria Anna Acciaioli Tamagnini
Maria Anna Acciaioli Tamagnini | |
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Retrato de Maria Anna Acciaioli Tamagnini | |
Nascimento | 23 de julho de 1900 Torres Vedras |
Morte | 5 de julho de 1933 (32 anos) Lisboa |
Cidadania | Portugal |
Cônjuge | Artur Tamagnini de Sousa Barbosa |
Ocupação | poeta |
Maria Anna Acciaioli Tamagnini (Torres Vedras, Portugal, 23 de julho de 1900 - Lisboa, 5 de julho de 1933) ou Maria Anna de Magalhães Colaço Acciaioli Tamagnini, foi uma poetisa portuguesa.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nasce Maria Anna Acciaioli de Magalhães Colaço em Torres Vedras, filha de Doutor Manuel de Barros de Fonseca Acciaioli Coutinho, juiz de direito, cujos antepassados eram fidalgos da Casa Real e membros da Ordem Militar de Cristo, e de Dona Lia de Magalhães Colaço, descendente dos Condes de Condeixa. É a segunda de quatro filhas, e cresce num ambiente de conforto devido à situação social e económica da sua família.[1]
Aos 16 anos dá início aos estudos superiores na Faculdade de Letras de Lisboa, e conhece então Arthur Tamagnini de Sousa Barbosa, professor de português na Escola Nacional, que se torna seu professor particular. Casam-se nesse ano, em Lisboa, e em 1917 têm o primeiro de cinco filhos, Artur Manuel Acciaioli Tamagnini Barbosa; em 1919 nasce Mariano Alberto; em 1921 Miguel Ângelo, que morre em 1943; em 1924 Marco António; e Alberto Manuel nasce em 1933 e irá morrer aos dez anos.[1]
Em 1918 Arthur Tamagnini é nomeado Governador de Macau, na época uma colónia portuguesa. Maria Anna acompanha-o e aí dedica-se a obras filantrópicas e é também mecenas das artes, nomeadamento do grupo de Artistas Amadores de Teatro e Música. Ensina ainda francês e história da literatura francesa. Vive em Macau entre 1918-1919 e 1926-1930.[1][2]
Escreve prosa e poesia, influenciada pelo Simbolismo de Camilo Pessanha, um dos poetas que mais admira, mas também pelo Parnasianismo, e pelo Orientalismo. Publica poesia e prosa em em revistas de cultura e femininas. Dedica-se ainda à pintura de motivos orientais. [2]
Devido a problemas de parto, morre em 5 de julho de 1933 em Lisboa.[3]
Lin-Tchi-Fá - Flor de Lótus[editar | editar código-fonte]
Lin-Tchi-Fá - Flor de Lótus (1925) é o seu único livro de poesia, inspirado pelo Oriente e publicado em Portugal.
O livro recebe críticas favoráveis mas, na ausência de novas publicações, tanto a obra como a sua autora desaparecem do panorama cultural português. No entanto, este livro será reeditado em 1991 e 2006, fruto da colaboração de um dos filhos com o Instituto Cultural de Macau.[1]
Referências
- ↑ a b c d Thompson, Ellen (2 de novembro de 2009). «Maria Anna Acciaioli Tamagnini: O quadro da mulher feliz». Theses and Dissertations. Consultado em 8 de janeiro de 2021
- ↑ a b Rocha, Denise (25 de janeiro de 2019). «Assustadoras Visões do Extremo Oriente Vindas de Macau: 'Casas de Ópio' (1925), poesia testemunhal de Maria Anna Acciaioli Tamagnini (1900-1933)». Revista Texto Poético (26): 46–66. ISSN 1808-5385. doi:10.25094/rtp.2019n26a544. Consultado em 8 de janeiro de 2021
- ↑ Pinto dos Santos, Carlos; Neves, Orlando (1988). De longe à China : Macau na historiografia e na literatura portuguesas 1a. ed. Macau: Instituto Cultural de Macau. OCLC 22892824