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Mariame Kaba

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Mariame Kaba é uma ativista americana, organizadora de base e educadora que defende a abolição do complexo industrial carcerário, incluindo todas as policias.[1] Ela é autora de We Do This 'Til We Free Us (2021).

Infância e educação

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Mariame Kaba nasceu na cidade de Nova York, filha de pais que imigraram da Guiné e da Costa do Marfim.[2] Ela cresceu no Lower East Side de Manhattan e frequentou o Lycée Français.[3] Cresceu num contexto que ela escreve como nacionalista negro e coletivista.[4]

Em 1995 ela se mudou para Chicago para estudar sociologia na Northwestern University.[2][5]

Em Chicago, ela fundou a Chicago Freedom School,[6] Rogers Park Young Women's Action Team (YWAT),[2] Chicago Taskforce on Violence against Girls and Young Women,[7][8] Chicago Alliance to Free Marissa Alexander,[9] e We Charge Genocide (WCG).[10] Em 2009, Kaba fundou a organização Project NIA, que defende o fim do encarceramento juvenil.[11][12]

Kaba vê a abolição da prisão como o desmantelamento total da prisão e do policiamento ao mesmo tempo que desenvolve os serviços comunitários e se opõe à reforma do policiamento.[13][14] Seu trabalho criou a estrutura para as organizações abolicionistas atuais, incluindo Black Youth Project 100, Black Lives Matter Chicago e Assata's Daughters.[4]

Kaba manteve um blog, "Cultura carceraria dos EUA", a partir de 2010. Ela está ativa no Twitter com a conta @prisonculture.[15][16]

Em 2012, ela escreveu Resistindo à Violência Policial no Harlem, um panfleto histórico detalhando o policiamento e a violência no Harlem.[17]

Em março de 2018, ela escreveu Lifting As They Climbed: Mapping A History Of Black Women on Chicago's South Side com Essence McDowell. Iniciado em 2012, o livro foi escrito como um guia que mapeia a história das influentes mulheres negras que contribuíram para o desenvolvimento de Chicago durante os séculos XIX e XX.[5][18]

Em 2021, ela publicou We Do This 'Til We Free Us with Haymarket Books. Estreou no nono lugar na lista de bestsellers do The New York Times para brochuras de não-ficção.[19] Em uma resenha para o Chicago Reader, Ariel Parrella-Aureli o descreveu como "uma coleção de palestras, entrevistas e trabalhos anteriores que podem servir como uma cartilha inicial sobre a abolição do PIC [complexo industrial da prisão] e construção de comunidade enraizada na justiça transformadora".[20] Kaba estava relutante em escrever o livro, mas os protestos em massa no verão de 2020 a persuadiram, no interesse de emprestar suas ferramentas de ação coletiva para organizadores iniciantes.[20]

Projetos antiviolência

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  • A World Without Prisons Art Exhibit[21] com curadoria do Project NIA e do Free Write Jail Arts & Literacy Program.[22]
  • Projeto de pôsteres restaurativos[23][24]
  • Co-curadoria de No Selves to Defend.[25]
  • Co-curadoria de Blood at the Root - Desenterrando as histórias de violência do Estado contra mulheres e meninas negras.[26][27][28]
  • Co-curadoria de Making Niggers: Demonizing and Distorting Blackness[29]
  • Co-curadoria de Black / Inside. Black / Inside: Uma História de Cativeiro e Confinamento na Exposição de Arte dos EUA em exibição na African American Cultural Center Gallery[30]

Publicações

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Referências

  1. Kaba, Mariame (12 de junho de 2020). «Opinion | Yes, We Mean Literally Abolish the Police». The New York Times. Consultado em 12 de julho de 2020 
  2. a b c «#WarriorWednesdays: Mariame Kaba Is Our Very Own Modern Day Abolitionist». Essence (em inglês). Consultado em 9 de junho de 2020 
  3. «Why Is This Happening? Thinking about how to abolish prisons with Mariame Kaba». NBC News (em inglês). Consultado em 9 de junho de 2020 
  4. a b Dukmasova, Maya. «Abolish the police? Organizers say it's less crazy than it sounds.». Chicago Reader (em inglês). Consultado em 9 de junho de 2020 
  5. a b Bowean, Lolly. «Guidebook maps the legacy of black women on Chicago's South Side». chicagotribune.com. Consultado em 9 de junho de 2020 
  6. Nair, Yasmin. «Talking with prison abolitionist Mariame Kaba - LGBT News - Windy City Times». Windy City Times. Consultado em 28 de outubro de 2020 [ligação inativa] 
  7. «Chicago Taskforce on Violence Against Girls & Young Women». www.chitaskforce.org. Consultado em 24 de julho de 2018 
  8. Harding, Kate (25 de agosto de 2015). Asking for It: The Alarming Rise of Rape Culture--and What We Can Do about It (em árabe). [S.l.]: Da Capo Press. ISBN 978-0-7382-17031 
  9. «No Selves to Defend: Poetry about Criminalization and Violence Against Women». wordpress.com. Consultado em 24 de julho de 2018 [ligação inativa] 
  10. «We Charge Genocide». wechargegenocide.org. Consultado em 24 de julho de 2018 
  11. «Project NIA > About Us». project-nia.org. Consultado em 24 de julho de 2018 
  12. «How to Never Call the Cops Again: A Guide with a Few Alternatives to Calling Police». Autostraddle (em inglês). 3 de junho de 2020. Consultado em 9 de junho de 2020 
  13. Kaba, Mariame (12 de junho de 2020). «Opinion | Yes, We Mean Literally Abolish the Police». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 14 de junho de 2020 
  14. Kaba, Mariame. «Police "Reforms" You Should Always Oppose». Truthout (em inglês). Consultado em 9 de junho de 2020 
  15. «Prison Culture» (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2021 
  16. «twitter.com/prisonculture». Twitter (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2021 
  17. Martin, Douglas (8 de outubro de 2014). «Robert Mangum, a City and Civil Rights Leader, Dies at 93». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 9 de junho de 2020 
  18. «A Tour Of Black Women's Stories On Chicago's South Side». WBEZ Chicago (em inglês). 27 de agosto de 2019. Consultado em 9 de junho de 2020 
  19. «Paperback Nonfiction Books - Best Sellers - Books - The New York Times». The New York Times. 14 de março de 2021. Consultado em 5 de março de 2021 
  20. a b Parrella-Aureli, Ariel (15 de fevereiro de 2020). «'Nothing that we do that is worthwhile is done alone'». The Chicago Reader. Consultado em 5 de março de 2021 [ligação inativa] 
  21. «A World Without Prisons: A Conversation with Mariame Kaba». Lumpen Magazine. 8 de abril de 2016. Consultado em 24 de julho de 2018 
  22. Dubler, Joshua; Lloyd, Vincent (19 de maio de 2018). «Think prison abolition in America is impossible? It once felt inevitable | Joshua Dubler and Vincent Lloyd». The Guardian. Consultado em 24 de julho de 2018 
  23. «Restorative Posters | Representing Justice Visually». rjposters.com. Consultado em 24 de julho de 2018 
  24. «The Art of Restorative Questions». Cultural Organizing. 5 de outubro de 2016. Consultado em 24 de julho de 2018 
  25. «Disappearing Acts: Domestic Violence & Black Legal Subjects | UCB Center for Race & Gender». www.crg.berkeley.edu. Consultado em 24 de julho de 2018 
  26. «Prison Culture » Video: Blood at the Root Exhibition». www.usprisonculture.com. Consultado em 24 de julho de 2018 
  27. «the art of the black lives matter movement». I-d. 11 de setembro de 2015. Consultado em 24 de julho de 2018 
  28. «Rekia Boyd, Other Female Victims of Police Violence Honored in Exhibit». DNAinfo Chicago. Consultado em 24 de julho de 2018. Arquivado do original em 25 de julho de 2018 
  29. «Prison Culture » Making Niggers: Demonizing and Distorting Blackness». www.usprisonculture.com. Consultado em 24 de julho de 2018 
  30. «Black/Inside». African American Cultural Center 
  31. «The End of Chiraq | Northwestern University Press». www.nupress.northwestern.edu. Consultado em 24 de julho de 2018 
  32. Mariame Kaba; Colby Lenz. «How We Worked to #FreeBresha Meadows from Incarceration». Teen Vogue. Consultado em 24 de julho de 2018 
  33. «For Mother's Day, Activists Are Bailing Black Mamas out of Jail». Broadly. 10 de maio de 2017. Consultado em 24 de julho de 2018 
  34. Samudzi, Zoé; Anderson, William C.; Kaba, Mariame (5 de junho de 2018). As Black As Resistance: Finding the Conditions for Liberation. Chico, California: AK Press. ISBN 9781849353168