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Marisa Raja Gabaglia

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Marisa Raja Gabaglia
Nome completo Marisa Wellisch Raja Gabaglia
Nascimento 31 de março de 1942
Rio de Janeiro, DF
Morte 13 de janeiro de 2003 (61 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Ocupação jornalista e escritora

Marisa Wellisch Raja Gabaglia (Rio de Janeiro, 31 de março de 1942São Paulo, 13 de janeiro de 2003) foi uma jornalista e escritora brasileira.[1][2] Filha do advogado Eurico Cavalcânti de Albuquerque Raja Gabaglia e de Yeda Von Wellish Raja Gabaglia.

Atuou como atriz na telenovela Pigmalião 70, junto com Tônia Carrero e Betty Faria. Publicou nove livros, entre eles, Milho para a Galinha Mariquinha, Grilos e Amâncio Pinto e Casos de Amor.[3]

Era tida como pessoa de opinião forte, e também forte e polêmica era sua presença como jurada nos programas em que participou, inclusive o de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi. Foi cronista dos jornais Última Hora, Diário Popular, O Globo e trabalhou como repórter, redatora e apresentadora da Rede Globo por dezoito anos.

No segundo semestre de 1981, iniciou um relacionamento com o cirurgião plástico Hosmany Ramos, ex-assistente de Ivo Pitanguy, que envolvido em diversos crimes, foi preso seis meses depois. A carreira de Marisa declinou em seguida, e em 1982, ela publicou o livro Amor bandido.[3]

Marisa morreu vítima da leucemia, em São Paulo.

[4] Um Pouco de Marisa

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Marisa nasceu abordo de um automóvel Packard, na calçada da Casa de Saúde Arnaldo de Moraes, sem tempo de chegar à maternidade. Em vários textos dos seus livros descreve a lembrança que guardava de sua mãe, como uma mulher extremamente bonita com tranças que foram embranquecendo por causa da dor da doença e que faleceu quando Marisa contava seis anos de idade. Seis meses depois a menina foi internada no Colégio Sacré-Coeur de Jesus, onde passaria 12 anos, sendo os últimos 5 , a primeira aluna da classe e todo o colégio, com a média geral, 9,9.

Marisa já escrevia desde quando cursava o nível médio, incluindo algumas peças para serem apresentadas na escola. Também escrevia versos que enviava para o poeta Manuel Bandeira, com o qual se correspondeu durante muitos anos. Bandeira foi o tema do seu trabalho de conclusão de curso, pelo qual tirou nota 10, na PUC-RJ, onde se formou em jornalismo, sendo a primeira aluna da classe nos três anos de curso.

Marisa deixou o Sacré-Coeur ao 17 anos, e logo se casa, tranca matrícula por um ano, tempo que viveu em Brasília. Volta ao Rio, conclui o curso, se desquita abrindo mão da sua pensão, pois, segundo seus valores, não poderia receber pensão do ex-marido e ter outros namorados.

Marisa Raja Gabaglia começou suas atividades profissionais nas organizações Bloch; fazendo artigos para a revista Manchete artigos, depois reportagem (que deu capa) sobre o que sente a mulher ao ter o primeiro filho. Logo, assumiu a função de editora de modas da Manchete e da Fatos & Fotos, funcionou em Ele & Ela e Desfile. Criou "Jornal da Moda" ao sair da empresa e ingressou a convite de Samuel Weiner no jornal Última Hora onde fez entrevistas e reportagens e foi cronista durante bastante tempo. Ao mesmo tempo lançava dois programas diários na Rádio Nacional com 5 minutos de duração, "Da Mulher para a Mulher" e "Abra seu Coração".

Criou na Última Hora o "Clube dos Corações Solitários" (cujos membros iam se encontrar pela primeira vez em uma excursão de bateau-mouche pela baía de Guanabara, quando o jornal mudou de dono e saiu de circulação e Marisa transferiu-se para jornal O Globo.

Nesses s dois jornais ela se exercitou como repórter, inovando com entrevistas em primeira pessoa e consolidando-se como cronista da vida carioca. Dito por vários especialistas da época, editores e jornalistas que seu estilo, pelo humor lembrava o de , Sérgio Porto, Stanislaw Ponte Preta também carioca de Copacabana.

Seu primeiro livro, Milho Para Galinha, Mariquinha, lançado em 1972, foi best seller e teve mais de 15 edições, reunindo crônicas da Última Hora e do O Globo, publicadas entre 1969 e 1971, período no qual Marisa teve sua imagem difundida pelo Brasil inteiro através do Programa Flávio Cavalcanti que ia ao ar todos os domingos e posteriormente como apresentadora do Jornal Hoje.

No final dos anos 60, foi convidada por Samuel Weiner para ser cronista da Última Hora

1970 — Atua como atriz na novela Pigmalião 70 com Beth Faria e Tônia Carrero

1970 — Atua como Jurada do Programa Flávio Cavalcanti

1971 — Rubem Braga aconselha que reúna suas crônicas em um livro e a indica para a Editora Sabiá. Conhece Rubem através do Manuel Bandeira, com quem se corresponde por muitos anos e este lhe dedica um poema.

1972 — Funciona como redatora do programa mensal, Viva Marília, protagonizado por Marília Pera, na TV Globo

1973 — É entrevistadora do programa Só o Amor Constrói

1979 — Trabalha como redatora e uma das apresentadoras do Jornal Hoje.

1980 — Redatora e apresentadora de um quadro de correspondência com leitoras no TV Mulher

1981 — Comanda um novo quadro no TV Mulher, o Mulher Profissão e Esperança

[5] Livros publicados (bibliografia)

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Milho Para a Galinha, Mariquinha, 1972, Editora Sabiá;

Os Grilos da Amâncio Pinto, 1973, editora José Olympio;

Casos de Amor, 1975, editora Rocco;

Meu Dia a Dia, 1976, editora José Olympio;

Aleluia, 1979, editora Record;

O Pirol Brasileiro, 1980, editora Nova Fronteira;

Meu Amor Bandido, 1982, editora Codecri;

Os Nós (Romance), 1985, José Olympio;

O Sedutor da Bicharada, 1992, editora Rosa dos Tempos

Referências

  1. Tributo - Marisa Raja Gabaglia despertava polêmica
  2. «BIOGRAFIA DE MARISA RAJA PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA». Consultado em 9 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2016 
  3. a b «BIOGRAFIA DE MARISA RAJA PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA». Consultado em 9 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2016 
  4. Gabaglia, Marisa Raja (1972). Livro Pra Galinha Mariquinha. Rio de Janeiro: Sabiá. pp. 5–7 
  5. Amazon, Estante Virtual