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Massacre da rua Powązkowska

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Monumento construido em homenagem às vítimas do massacre da rua Powązkowska.

O massacre da rua Powązkowska foi um assassinato em massa de 22 residentes varsovianos da rua Powązkowska 41. Este massacre, realizado pelas forças Alemãs no dia 1 de agosto de 1944, foi um dos primeiros crimes cometidos pelos Alemães durante a Revolta de Varsóvia.

No dia 1 de agosto de 1944 Powązki, tal como o resto da Varsóvia, participou na Revolta. Cerca de 120 membros do grupo militar “Żyrafa” tentaram atacar o Forte de Bema (até então chamado “Pionierpark”), que havia sido ocupado pelas forças Alemães. A invasão foi impedida após os Alemães dispararem com metralhadoras, escondidos próximos a um cemitério militar. Parte do grupo, sob o comando do capitão "Sławomir", teve que se esconder em Powązki e na vila de Chomiczówka[1].

Depois de impedir o ataque dos poloneses, os Alemães decidiram retaliar contra civis. Duas horas após o ataque, às seis horas da tarde, os soldados da guarnição do Forte de Bema cercaram o edifício da rua Powązkowska[2] que os poloneses usaram como cobertura para disparar contra os Alemães (resultando na morte de um comandante e um soldado Alemão).[3]  Os moradores do prédio, além de não terem participado na Revolta, foram apanhados de surpresa[2] enquanto decorria. Mesmo assim, os Alemães evacuaram todos os civis e levaram-nos ao Forte. Aí, dividiram os poloneses em dois grupos: um consistindo de mulheres e crianças e um de homens.

Algumas horas depois, um comandante Alemão explicou a situação aos prisioneiros, afirmando que tinham vindo tiros da casa onde viviam, resultando na morte de dois Alemães e um ferido.[2] Então, disse às mulheres e às crianças: “Os vossos pais e os vossos irmãos criminosos mataram um comandante e um soldado Alemães, por isso, serão executados.” No final, ele anunciou que as mulheres e as crianças permaneceriam reféns e que seriam mortas caso os homens tentassem resistir ou fugir.[2]

Imediatamente após o discurso, os soldados levaram os homens para um suposto “lago” próximo da Estrada Powązkowska, perto do Forte de Bema e da Igreja de São José.[4]  Aproximadamente às 22:30, os Alemães começaram a escolher uma pessoa cada para matar a 12 metros de distância com um tiro na cabeça.[3] Após a execução, os soldados retornaram ao Forte. Dois homens, Władysław Bombel e Stefan Mielczarek (ambos feridos) sobreviveram ao massacre.[3]

Fontes indicam que na noite de 1 de agosto de 1944 foram assassinados 21 moradores da rua Powązkowska (de idades entre os 18 e 65 anos).[4] No entanto, no monumento erguido depois da guerra estão escritos os nomes de 22 vítimas.

Comemoração

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Em 1960, foi erguida uma cruz de metal na cena do crime, na qual ficava uma placa com os nomes das vítimas. Em 2011, o local foi completamente renovado. No lugar da cruz foi posto um monumento de 2 metros de altura e 1,7 metros de largura. No ponto central do monumento estão placas de pedra com os nomes das vítimas do massacre[5].

  1. Romanowicz, Janusz (4 de maio de 2020). «Adalbert Gautier Hamman, Życie codzienne pierwszych chrześcijan (95-197), Warszawa: Instytut Wydawniczy Pax 1990, ss. 338». Kościół i Prawo (2): 205–212. ISSN 2544-5804. doi:10.18290/kip.2019.8.2-13. Consultado em 13 de março de 2021 
  2. a b c d Kulecka, Alicja (2021). Patriotyzm, poświęcenie, jedność. Społeczeństwo 1863 roku w dokumentach powstania. [S.l.]: University of Warsaw Press 
  3. a b c Kulecka, Alicja (2021). Patriotyzm, poświęcenie, jedność. Społeczeństwo 1863 roku w dokumentach powstania. [S.l.]: University of Warsaw Press 
  4. a b Łysakowski, Piotr (1 de janeiro de 2015). «Powstanie Warszawskie w opiniach wybranych niemieckich gazet». Dzieje Najnowsze (3). 107 páginas. ISSN 0419-8824. doi:10.12775/dn.2015.3.05. Consultado em 13 de março de 2021 
  5. Affelt, Waldemar J. (28 de fevereiro de 2018). «MIEJSCE PAMIĘCI W ZASOBIE KULTUROWEGO DZIEDZICTWA TECHNIKI». Protection of Cultural Heritage (5): 11–31. ISSN 2543-6422. doi:10.35784/odk.856. Consultado em 13 de março de 2021 
  • Maria Bielech. Odnowione miejsce pamięci narodowej. „Nasze Bielany”. 11 (151), 2011-11.
  • Adam Borkiewicz: Powstanie warszawskie. Zarys działań natury wojskowej. Warszawa: Instytut wydawniczy PAX, 1969.
  • Szymon Datner, Kazimierz Leszczyński (red.): Zbrodnie okupanta w czasie powstania warszawskiego w 1944 roku (w dokumentach). Warszawa: wydawnictwo MON, 1962.
  • Maja Motyl, Stanisław Rutkowski: Powstanie Warszawskie — rejestr miejsc i faktów zbrodni. Warszawa: GKBZpNP-IPN, 1994.