Massacre de Haditha
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Massacre de Hadita (também chamado de incidente de Hadita) ocorreu em 19 de novembro de 2005 quando um grupo de fuzileiros navais dos Estados Unidos assassinaram 24 civis iraquianos desarmados.[1][2] As mortes ocorreram em Hadita, uma cidade na província de Al Anbar, no oeste do Iraque. Entre os mortos estavam homens, mulheres, crianças e idosos, que foram baleados várias vezes a curta distância enquanto desarmados. Foi alegado que os assassinatos ocorreram como retaliação pelo ataque a um comboio de fuzileiros navais com um artefato explosivo improvisado que matou o Anspeçada Miguel Terrazas.
Um comunicado inicial do Corpo de Fuzileiros Navais informou que quinze civis foram mortos pela explosão de uma bomba e oito insurgentes foram posteriormente mortos quando os fuzileiros navais retornaram fogo contra os que atacavam o comboio. No entanto, evidências descobertas pela mídia contradizem o relato dos fuzileiros navais.[1] Os questionamentos de um repórter da revista Time levaram os militares dos Estados Unidos a abrirem uma investigação sobre o incidente. A investigação encontrou evidências que "apoiam as acusações de que fuzileiros navais dos Estados Unidos deliberadamente atiraram em civis", segundo um oficial anônimo do Pentágono.[3] Três oficiais foram oficialmente repreendidos por não relatar e investigar apropriadamente as mortes. Em 21 de dezembro de 2006, oito fuzileiros navais foram acusados em conexão com o incidente.[4][5]
Em 17 de junho de 2008, seis réus tiveram seus casos arquivados e um sétimo foi inocentado.[6] A exceção foi o ex-sargento, agora-soldado Frank Wuterich. Em 3 de outubro de 2007, o oficial investigador recomendou que Wuterich fosse julgado por homicídio por negligência nas mortes de duas mulheres e cinco crianças, e que as acusações de assassinato deveriam ser arquivadas.[7] Outras acusações de agressão e homicídio culposo foram finalmente retiradas, e Wuterich foi condenado por uma única acusação de negligência por descumprimento do dever em 24 de janeiro de 2012.[8][9] Wuterich recebeu um rebaixamento de patente e redução do salário, mas evitou a prisão.[10][11] Os iraquianos expressaram descrença e indignação depois que o processo de seis anos contra os militares estadunidenses foi encerrado com nenhum dos fuzileiros navais sendo condenados à prisão. Um advogado das vítimas afirmou: "Isto é uma agressão à humanidade"; ele, assim como o governo iraquiano, declararam que poderiam levar o caso aos tribunais internacionais.[12]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b McGirk, Tim. Collateral Damage or Civilian Massacre in Haditha?, Time.
- ↑ Suek, Barbara; Mohammed, Faris (25 de janeiro de 2012). «Iraqi town says justice failed victims of US raid». action news. Associated Press, WPVI-TV/DT. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2013
- ↑ «Evidence suggests Haditha killings deliberate: Pentagon source». CBC News. Associated Press. 2 de agosto de 2006. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2007
- ↑ "Marines charged in Iraqi civilian deaths", Associated Press, 21 de dezembro de 2006.
- ↑ U.S. marine faces 13 Haditha murder charges, CBC.
- ↑ Whitcomb, Dan (18 de junho de 2008). «Charges dropped against Marine in Haditha case». Reuters. Cópia arquivada em 24 de junho de 2008
- ↑ Mark Walker, Officer: Drop murder charges against Haditha Marine, North County Times, 3 de outubro de 2007.
- ↑ Tony Perry (25 de janeiro de 2012). «Marine gets no jail time in killing of 24 Iraqi civilians». Los Angeles Times
- ↑ «Marine to serve no time in Iraqi killings case». Fox News. Associated Press. 24 de janeiro de 2012
- ↑ "Iraqi outrage over U.S. Marine's plea deal in Haditha killings". CNN, 25 de janeiro de 2012.
- ↑ Mary Slosson (23 de janeiro de 2012). «Marine pleads guilty, ending final Haditha trial». Reuters
- ↑ «Fury over lenient massacre sentence for US marine Frank Wuterich». The Australian. 26 de janeiro de 2012