McDonnell Douglas MD-80
McDonnell Douglas MD-80/MD-90 | |
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Iberia McDonnell Douglas MD-88 | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Avião comercial |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | Douglas Aircraft Company Boeing Commercial Airplanes (novos modelos) |
Período de produção | 1980–1999 |
Quantidade produzida | 1191 |
Custo unitário | US$ 41.5 – 48.5 milhões |
Desenvolvido de | McDonnell Douglas DC-9 |
Desenvolvido em | Boeing 717 |
Primeiro voo em | 18 de outubro de 1979 (45 anos) |
Introduzido em | 1980 com a Swissair e Austrian Airlines |
Tripulação | 2 (co-piloto e piloto) |
Passageiros | 172 |
Especificações (Modelo: MD-90) | |
Dimensões | |
Comprimento | 45,01 m (148 ft) |
Envergadura | 32,82 m (108 ft) |
Altura | 9,25 m (30,3 ft) |
Área das asas | 112,3 m² (1 210 ft²) |
Alongamento | 9.6 |
Peso(s) | |
Peso vazio | 36 200 kg (79 800 lb) |
Peso carregado | 72 600 kg (160 000 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 2x turbofans Pratt & Whitney JT8D-200 series |
Performance | |
Velocidade máxima | 811 km/h (438 kn) |
Velocidade máx. em Mach | 0.76 Ma |
Alcance (MTOW) | 4 600 km (2 860 mi) |
Notas | |
Dados da Wikipédia anglófona - MD-80 |
O McDonnell Douglas MD-80 e o MD-90 são uma linha de bijatos de médio-alcance. O MD-80 foi originalmente parte da linha do DC-9, posteriormente renomeado. A série MD-80 e MD-90 tem capacidade máxima de 172 passageiros.
O MD-80 é um derivado do DC-9 e foi introduzido no mercado em outubro de 1980 pela Swissair. O MD-80 foi modificado e batizado de MD-90, em 1990, e para MD-95/Boeing 717 em 1998.
Desenvolvimento
[editar | editar código-fonte]A McDonnell Douglas desenvolveu o DC-9 nos anos 1960 como uma aeronave de curto alcance. O DC-9 tinha um design inovador, usando dois turbofans na parte traseira. O DC-9 era uma aeronave de corpo estreito (narrow-body) e tinha capacidade de carregar de 80 a 135 passageiros, dependendo da versão.[1]
O série MD-80 foi a segunda geração do DC-9, sendo originalmente chamado de DC-9-80 e DC-9 Super 80 e entraram em serviço em 1980. O MD-80 foi modificado, e então surgiu o MD-90, entrando em serviço em 1995. A última variante da família é o MD-95, que foi renomeado para 717-200 depois que a McDonnell Douglas se fundiu com a Boeing em 1997.
Versões
[editar | editar código-fonte]O MD-80
[editar | editar código-fonte]O primeiro da série MD-80 foi o MD-81, equipado com motores JT8D-209, homologado em agosto de 1980 e a 1ª companhia aérea a utilizar a aeronave foi a Swissair em outubro do mesmo ano. Em 1979 a Douglas lançaria então a versão MD-82 com motores mais potentes e maior peso máximo de decolagem. O MD-82 foi também produzido sob licença na China pela SAIC - Shanghai Aircraft Industrie Corp.
O MD-83 foi um dos mais bem-sucedidos da série pelo fato dos motores mais potentes (JT8D-219). Uma das benfeitorias feitas foi o aumento do peso máximo de decolagem que subiu para 72 600 kg, e a adição de tanques auxiliares de combustível, que permitiram 35% a mais de autonomia de voo. A primeira empresa a utilizar esse modelo foi a Finnair em 1989.
A última variante da série foi o MD-88. Recebeu uma cabine de pilotagem mais moderna. A empresa lançadora deste modelo foi a Delta Airlines.
O MD-90
[editar | editar código-fonte]O MD-90 foi o último modelo da linha. Em 1988, a McDonnell Douglas pensava em um substituto para a linha MD-80, surgindo assim o MD-90. Os motores Pratt & Whitney, foram trocados por 2 V2500 da International Aero Engines proporcionando: ganho de potência, economia e menor emissão de poluentes e ruídos.
A fuselagem foi ampliada em 1,4 m, aumentando o número de máximo passageiros. A cabine ganhou instrumentos semelhantes aos usados no MD-11 e o primeiro voo ocorreu em 1993.
A homologação veio em 1994, e logo a Delta Airlines se tornaria a primeira operadora do modelo.
Mas ao longo dos anos, o MD-90 se mostrou uma aeronave pouco competitiva no mercado, assim como a própria McDonnell Douglas embora fosse um projeto robusto, confiável e eficiente de operar e manter, e logo perdeu clientes para o 737 e o A320.
Especificações
[editar | editar código-fonte]MD-81 | MD-82/-88 | MD-83 | MD-87 | MD-90-30 | MD-90-30ER | |
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Passageiros | 155 (2 classes) 172 (1 classe) |
152 (2 classes) 172 (1 classe) |
155 (2 classes) 172 (1 classe) |
130 (2 classes) 139 (1 classe) |
153 (2 classes) 172 (1 classe) | |
Peso Máx. de Decolagem | 64 000 kg | 67 800 kg | 72 600 kg | 64 000 kg | 70 760 kg | 76 204 kg |
Alcance Máximo | 2 910 km | 3 800 km | 4 640 km | 4 440 km | 3 860 km | 4 424 km |
Velocidade de Cruzeiro | Mach 0.76 (504 mph, 811 km/h) | |||||
Comprimento | 45,1 m | 39,7 m | 46,5 m | |||
Envergadura | 32,8 m | 32,87 m) | ||||
Altura | 9,05 m | 9,3 m | 9,4 m | |||
Motores (2 x) | P&W JT8D-209 18 500 lbf (82,29 kN) |
P&W JT8D-217A/C or -219 20 000 lbf (88,96 kN) |
P&W JT8D-219 21 000 lbf (93,41 kN) |
P&W JT8D-217C 20 000 lbf (88,96 kN) |
IAE V2525-D5 25 000 lbf (111,21 kN) Opcional: IAE V2528-D5 28 000 lbf (124,55 kN) |
Acidentes dos MD-80
[editar | editar código-fonte]Entre os dias 26 e 27 de março de 2008, a FAA realizou uma inspeção de segurança na American Airlines que forçou a empresa a retirar de operação temporariamente toda a sua frota de MD-80s, a fim de proceder a uma inspeção detalhada de cada aeronave. Estima-se que a empresa tenha cancelado cerca de 2 500 voos em virtude do problema.[2] Em virtude da inspeção da American, a Delta Air Lines resolveu inspecionar também toda a sua frota de 117 MD-80s, gerando o cancelamento de cerca de 275 voos.[3]
Em 20 de agosto de 2008, um MD-82 da SpanAir, voo JK5022, que ia de Madrid para Las Palmas de Gran Canarias, com 162 passageiros e 10 tripulantes a bordo saiu da pista logo após haver uma ocorrência de fogo no motor 2 da aeronave, gerando uma explosão ocorrida perto do terminal 4 do aeroporto de Barajas, em Madri (Espanha), matando 153 pessoas e deixando 19 feridas. A aeronave havia feito um pouso de emergência logo após a decolagem e se preparava para voar novamente quando ocorreu o acidente. Os pilotos haviam esquecido de ativar os flaps e slats - mecanismos articulados nas asas que ajudam o avião a fazer a aterragem e a descolagem - devido à presença de uma pessoa "não identificada" na cabine.[4]
Em 31 de janeiro de 2000, um MD-83 da Alaska Airlines que fazia o voo 261, caiu no Oceano Pacífico, devido à perda de controle do estabilizador horizontal. Todas as 88 pessoas a bordo morreram. Após o acidente, a porca e o macaco de rosca acme recuperados da aeronave foram encontrados para ser excessivamente desgastada e responsável pela causa do acidente, devido a uma manutenção inadequada. A FAA ordenou às companhias aéreas a inspecionar e lubrificar o macaco de rosca com mais frequência.
Em 24 de Julho de 2014, um MD-83 da Air Algérie, que fazia a rota Uagadugu, em Burkina Faso, a Argel, caiu no norte da África. Segundo a companhia, o avião levava 110 passageiros e seis tripulantes – entre eles dois pilotos.
Aeronaves Comparáveis
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Quest for Performance: The Evolution of Modern Aircraft; Part II: THE JET AGE». NASA
- ↑ "Cancellation wave latest problem for airlines", MSNBC, 10 de abril de 2008.
- ↑ "American, Delta cancel more flights to inspect MD-80 aircraft" Arquivado em 2008-04-19 na Archive.today, ABC News, 27 de março de 2008.
- ↑ «"Erro humano" causou acidente em Barajas». Arquivado do original em 13 de novembro de 2010