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Melanosuchus latrubessei

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaJacaré-brasileiro
Ocorrência: Mioceno
16–5,3 Ma[1]
Representação artística de m.latrubessei em vida.
Representação artística de m.latrubessei em vida.
Estado de conservação
Extinta
Extinta
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superclasse: tetrapoda
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodylia
Família: Alligatoridae
Subfamília: Caimaninae
Género: Melanosuchus
Espécie: M.latrubessei
Nome binomial
Melanosuchus latrubessei
(Souza-filho, 2020)

O jacaré-açu-brasileiro (Melanosuchus latrubessei) também referido somente como jacaré-brasileiro, é uma espécie de crocodiliano extinta que viveu em uma região que abrange ao que hoje condiz aos estados do Acre e Amazonas.

Características[editar | editar código-fonte]

O jacaré brasileiro é de dimensões quase idênticas às do contemporâneo jacaré-açu, sendo sutilmente mais robusto. Os machos totalmente crescidos teriam medido 3,5 a 4,5 metros, com pesos medianos variando de 300 a 400 quilogramas[2]. A espécie teria um crânio mais robusto feito para a maior capacitação de consumo de tartarugas e crustáceos, sendo detentor de uma mordida consideravelmente mais forte que a de seu parente moderno.

Paleoecologia[editar | editar código-fonte]

O jacaré brasileiro viveu em meio a uma rica fauna, mas em contraste ao jacaré-açu, o jacaré brasileiro não ocupou o topo da cadeia alimentar, sendo um mesopredador de alto nível trófico. A espécie potencialmente se alimentou de macacos do já extinto gênero Stirtonia, e também de grandes roedores do gênero Josephoartigasia, assim como também preguiças, botos, aves aquáticas, as serpentes do gênero Colombophis e demais presas.

O jacaré brasileiro provavelmente teve como competidor principal os crocodilídeos do gênero Charactosuchus, com os quais disputou certamente o acesso a peixes, e também entrara em conflitos com as pequenas espécies do gênero Mourasuchus, e fora suprimido pelas espécies grandes do gênero e igualmente pelos gavialídeos do gênero Gryposuchus, mas fora suprimido ecologicamente e predado pelo Purussaurus brasiliensis. Provavelmente coexistiu com o jacaré-açu (Melanosuchus niger) [3].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Rio, Jonathan P.; Mannion, Philip D. (6 de setembro de 2021). «Phylogenetic analysis of a new morphological dataset elucidates the evolutionary history of Crocodylia and resolves the long-standing gharial problem». PeerJ. 9: e12094. PMC 8428266Acessível livremente. PMID 34567843. doi:10.7717/peerj.12094Acessível livremente 
  2. Thorbjarnarson JB (2010). "Black Caiman Melanosuchus niger ". pp. 29–39. In: Manolis SC, Stevenson C (editors). Crocodiles. Status Survey and Conservation Action Plan. Third edition. Darwin: Crocodile Specialist Group. iucncsg.org
  3. https://oeco.org.br/noticias/fossil-de-jacare-revela-nova-especie-que-viveu-na-amazonia-ha-10-milhoes-de-anos/