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Memorial Parque das Cerejeiras

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Cemitério Memorial Parque das Cerejeiras
Vista aérea do Memorial Parque das Cerejeiras
Inauguração 1993 (31 anos)
Localização São Paulo
País  Brasil
Tipo Serviço Particular
Área Total 304.152 m²
Área Verde 274.000 m²
Preservação Florestal 156.000 m²
Cinturão Verde 110.000 m²
Área de Preservação Permanente 38.000 m²
Proprietário Particular
Administração Privado
Maplink [1]

O Cemitério Memorial Parque das Cerejeiras é um cemitério particular fundado em novembro de 1993. Localizado no distrito do Jardim Ângela, região do M'Boi Mirim, no entorno da Represa de Guarapiranga e lindeiro ao Parque Ecológico do Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo, possui mais de 300.000 m² de área, sendo mais da metade destinada à preservação ambiental.

História[editar | editar código-fonte]

Na década de 50 a região do M’boi Mirim passou por um intenso processo de ocupação, iniciando-se o loteamento dos sítios e chácaras, formando diversas vilas ocupadas pelos operários das indústrias em franco crescimento na região de Santo Amaro. Essa ocupação progrediu lentamente até a década de 60. A partir do fim de então, com o crescimento do movimento migratório e o aumento da população de São Paulo, o M'Boi Mirim passa por um processo de expansão desordenada, inclusive das áreas de mananciais e de proteção ambiental.

Em 1986, é emitida a autorização para o cemitério Memorial Parque das Cerejeiras, inaugurado em 1993. Firmava-se então a vocação do Cerejeiras como parque de preservação, um oásis de conservação ambiental na densa paisagem urbana da região. Em 2018, o Cerejeiras tornou-se o cemitério particular com maior número de serviços na cidade de São Paulo.

O Memorial Parque das Cerejeiras tem como objetivo oferecer um local em que familiares e amigos se sintam acolhidos no momento da dor. Com o propósito de guiar famílias na travessia da perda, atende hoje a mais de 25 mil famílias. Entre os pilares de atuação da empresa, estão a preservação do meio ambiente, a promoção da educação e o apoio ao enlutado

Fachada da Sala de Velório

Infra-estrutura[editar | editar código-fonte]

O Cerejeiras é um cemitério-parque, em que os túmulos são construções subterrâneas (jazigos), compostas de gavetas, sendo que cada gaveta comporta uma urna funerária (caixão) e quatro urnas ossuárias (após a exumação). Os jazigos são cobertos por grama e contam com placas metálicas de identificação. Está dividido em 10 quadras, com capacidade para abrigar aproximadamente 50 mil jazigos. Planos Funerários Além dos jazigos, o Memorial Parque das Cerejeiras oferece planos funerários, com diversas opções de cobertura de serviços funerários e cemiteriais. Para os serviços de velório, o Parque das Cerejeiras conta com 10 salas de velório, modernas e integradas a natureza, projetadas para proporcionar conforto aos familiares e visitantes. Suporte ao luto (Grupo de apoio ao luto) Os grupos de apoio ao luto conduzidos por especialistas constituem ótimas ocasiões de intervenções no processo de luto, cujo enfoque é promover um espaço de mútua ajuda, sociabilidade, validação de reações de perda, bem como de aprendizagem de novos comportamentos e ações frente ao luto. Esse trabalho de humanização e acolhimento às famílias enlutadas acontece de inúmeras formas durante todo o ano e de forma gratuita, em parceria com o Centro Maiêutica de Psicologia.

Artes em céu aberto[editar | editar código-fonte]

O Parque das Cerejeiras é uma galeria a céu aberto, com esculturas, obras de arte e instalações criadas exclusivamente para o local. As formas construtivas das edificações, das obras e das instalações procuram evocar a relação com a natureza e o amor pela vida, a “biofilia”. Algumas parcerias importantes com artistas no Memorial Parque das Cerejeiras:

Hugo França

O Memorial Parque das Cerejeiras possui grandes obras assinadas por Hugo França[2] nos jardins. Ao todo, são 22 esculturas mobiliárias que podem ser apreciadas livremente pelos visitantes. Hugo França reaproveitou eucaliptos do próprio Memorial Parque das Cerejeiras, que foram transformados em 20 mobiliários e 2 esculturas.

A escultura “Árvore”, de autoria de Alê Bufe[3], foi elaborada a partir de pinturas a dedo, uma técnica que desenvolveu durante a carreira e que hoje é uma das suas principais características. A obra reproduz uma árvore inspirada na sequência de Fibonacci, representando crescimento, evolução, vida e transformação. Os cortes que atravessam a obra, além de estilosos, possuem também outro propósito: projetar sombras de acordo com a posição do Sol, criando imagens no solo.

Alê Bufê

O projeto arquitetônico do Cerejeiras é de autoria da arquiteta Crisa Santos[4]. Foi baseado no conceito da “neuroarquitetura”, que se utiliza da neurociência para criar projetos que potencializam o impacto do ambiente físico no ser humano. Com estilo contemporâneo e convidativo, conta com edificações como a capela ecumênica, projeto premiado na categoria Espaços Públicos da “America Property Awards”; o velório-jardim, a céu aberto, com cobertura em madeira e bancos de aço assinados pelo designer Sergio Matos; e o orquidário, orquidário com estrutura de madeira que segue o prolongamento das árvores.

O Memorial Parque das Cerejeiras recebeu diversos prêmios de reconhecimento pela qualidade e excelência dos seus serviços de entidades nacionais, como a ACEMBRA (Associação dos Cemitérios e Crematórios do Brasil[5]) e o SINCEP (Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil[6]), e internacionais, como a NFDA (National Funeral Directors Association[7]), dos Estados Unidos.

Sustentabilidade[editar | editar código-fonte]

O projeto ambiental do Parque das Cerejeiras inclui o investimento na requalificação da biodiversidade, com o reflorestamento, enriquecimento da mata nativa e a criação de um cinturão verde. Nas últimas décadas foram plantadas mais de 25 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, tais como jatobá, jequitibá branco, palmiteiro juçara, pau ferro, aroeira, embaúba e ipê amarelo. A requalificação da biodiversidade alcança também a fauna. Os projetos de reflorestamento e de enriquecimento da mata nativa foram elaborados para promover um ambiente propício para as diversas espécies de animais que habitam o Parque. Hoje é possível avistar no Parque das Cerejeiras mais de 89 espécies de animais, sobretudo aves nativas, tais como joão-de-barro, quero-quero, coruja, garça, tucano e curicaca. Além dessas espécies, programas específicos incrementam a biodiversidade do Parque, com a criação de galinhas d’angola e pavões que circulam livremente entre os visitantes, além de meliponários instalados na área do bosque central.

Projeto Vida Verde - “Plante uma árvore e veja nascer uma homenagem” Por meio do Projeto Vida Verde, o Memorial Parque das Cerejeiras distribui mudas de árvores nativas, criadas no viveiro do Cerejeiras, para que o visitante plante uma árvore em homenagem ao ente querido falecido. O ato de plantar uma nova árvore no mesmo espaço do sepultamento do ente querido é uma forma de celebrar a memória através da vida e de simbolizar a continuidade. Este ritual contribui para a elaboração da perda e para a expressão do luto.

Descarte de Resíduos Em 2013, foi iniciado o programa de compostagem para o tratamento de resíduos orgânicos. Em 2017, através de uma parceria com a Morada da Floresta, o programa se ampliou e atingiu a marca de 100% de compostagem dos resíduos orgânicos. Hoje um espaço é destinado exclusivamente ao tratamento de resíduos orgânicos: são 3 leiras de 12 metros de comprimento por 3 metros de largura e 1,5 metro de altura, além de áreas suporte para armazenagem dos resíduos, estoque de palha e armazenamento de adubo, e áreas de manobra e manejo das leiras de compostagem. A geração de resíduos sólidos orgânicos chega a aproximadamente 417 m³ ao ano, ou 165 toneladas anuais. O adubo gerado neste processo é utilizado nos canteiros e no plantio de árvores.

Educação - Projeto Educa Cerejeiras O projeto Educa Cerejeiras foi criado em 2015 e tem como objetivo distribuir bolsas de estudo para os 3 anos do Ensino Médio no UNASP – Colégio Adventista de São Paulo, referência de ensino na da cidade de São Paulo. Os beneficiados são alunos da rede pública da região da região do Jardim Ângela, na Zona Sul da cidade de São Paulo. Neste projeto, os bolsistas são selecionados por seu desempenho acadêmico e podem participar alunos que se destacam em escolas públicas estaduais e municipais da região. As bolsas incluem, além do custo integral da mensalidade, despesas de transporte, alimentação e material escolar. Muitos dos ex-bolsistas do projeto Educa Cerejeiras hoje realizam o sonho de cursar o Ensino Superior, em cursos de Odontologia, Engenharia Civil e Letras.

Cerejeiras na mídia:[editar | editar código-fonte]

  • ArchDaily - Arquitetura por Crisa Santos no Memorial Parque das Cerejeiras[8]
  • Gazeta do Povo - Brasil tem cemitério parque que atrai visitantes por arquitetura, design e obras de arte [9]
  • Estadão - “Arquitetura dos Sentimentos” atrai visitantes ao Memorial Parque das Cerejeiras
  • Hypeness - Este cemitério no Jardim Ângela tem arquitetura para confortar os vivos.[10]
  • Revista Projeto - ECOAR.Q e Crisa Santos debatem acolhimento na arquitetura cemiteria. [11]
  • Veja - Arquiteta inaugura espaço de meditação em cemitério. [12]
  • Casa & Jardim - Cemitério em São Paulo ressignifica o luto por meio da neuroarquitetura[13]
  • El País Brasil - Arte no cemitério em São Paulo. [14]
  • Folha de S.Paulo - Roteiro por cemitérios destaca passeios culturais e históricos por São Paulo. [15]
  • O Globo - Cemitério se transforma na Inhotim de São Paulo. [16]
  • Hugo Franca - Arete de Hugo França no Memorial Parque das Cerejeiras[17]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. https://www.google.com/maps/place/23%C2%B043'39.0%22S+46%C2%B046'49.0%22W/@-23.7275,-46.7802778,17z/data=!3m1!4b1!4m4!3m3!8m2!3d-23.7275!4d-46.7802778?entry=ttu
  2. https://www.hugofranca.com.br/mobiliario-particular
  3. https://alebufe.wixsite.com/galeriavirtual
  4. https://www.crisasantos.com.br/projects-3
  5. https://acembrasincep.com.br/
  6. https://acembrasincep.com.br/sincep/
  7. https://nfda.org/
  8. https://www.archdaily.com.br/br/930860/cemiterio-memorial-parque-das-cerejeiras-crisa-santos-arquitectos
  9. https://www.gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/memorial-parque-inaugura-arquitetura-para-momentos-de-luto/
  10. https://www.hypeness.com.br/2019/11/este-cemiterio-no-jardim-angela-tem-arquitetura-para-confortar-os-vivos/
  11. https://revistaprojeto.com.br/noticias/ecoar-q-e-crisa-santos-debatem-acolhimento-na-arquitetura-cemiterial/
  12. https://vejasp.abril.com.br/coluna/terraco-paulistano/crisa-santos-arquiteta-meditacao
  13. https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Arquitetura/noticia/2019/11/cemiterio-na-periferia-de-sao-paulo-ressignifica-o-luto-por-meio-da-neuroarquitetura.html
  14. https://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/29/album/1438194132_387771.html#foto_gal_16
  15. https://guia.folha.uol.com.br/passeios/2018/11/roteiro-por-cemiterios-destaca-passeios-culturais-e-historicos-por-sao-paulo-confira.shtml
  16. https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/cemiterio-se-transforma-na-inhotim-de-sao-paulo-17102808
  17. https://www.hugofranca.com.br/projetoss/particular/memorial-parque-das-cerejeiras

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

Página oficial