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Metrópole de Gótia

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Metrópole de Gótia
(Arquidiocese dos Godos)
Archieparchia
Metrópole de Gótia
Ruínas da Grande Basílica em Mangupe.
Localização
País Reino do Bósforo
Canato Cazar
Principado de Teodoro (séc. XIII - 1475)
Canato da Crimeia
Império Russo
Território Crimeia romana
Arquieparquia Metropolita Doros
Eparquias Sufragâneas Khotsir
Astil
Khval
Onogur
Reteg
Hun
Tamatarca
Estatísticas
Informação
Denominação Igreja Ortodoxa de Constantinopla
Igreja Ortodoxa Russa
Rito Bizantino
Criação da Eparquia Séc. IV
Elevação a Arquieparquia Séc. V
Governo da Arquidiocese
Arquieparca Teófilo (primeiro)
Inácio (último)
Jurisdição Arquidiocese
Contatos

A Metrópole de Gótia (também "de Gótia e Caffa"), também conhecida como Eparquia de Gótia ou Metrópole de Doros, foi uma eparquia metropolitana do Patriarcado de Constantinopla na Idade Média.[nt 1]

A metrópole de Doros, do séc. IX, estava centrado na Crimeia, mas parece ter tido eparquias mais distantes, até a costa do Mar Cáspio, mas provavelmente tiveram vida curta, pois os cazares se converteram ao judaísmo. Do séc. XIII até a conquista otomana em 1475, a metrópole de Gótia estava dentro do Principado de Teodoro (conhecido em grego como Γοτθία, Gótia). Em 1779, ela foi transferida para a Igreja Ortodoxa Russa e desestabelecida alguns anos depois.[1]

Bispos e metropolitas[editar | editar código-fonte]

  • Teófilo (fl. 325) - Primeiro bispo dos godos;[2]
  • Unila (falecido em 404);[2]
  • Sem nome (fl. c. 404);[2]
  • Sem nome (fl. 548);[2]
  • Sem nome (fl. 753–54);
  • João (c.755-791) - Metropolita de Doros;
  • Sem nome (fl. 1066–1067);
  • Constantino (fl. 1147);
  • João (falecido em 1166);
  • Constantino (fl. 1166–1170);
  • Arsênio (séc. XIII);
  • Sofrônio (fl. 1292);
  • Teodósio (fl. 1385);
  • Antônio (1386–1389);
  • João Holobolo (n. 1399, falecido em 1410);
  • Damiano (fl. 1427);
  • Constâncio (fl. 1587);
  • Serafim (fl. 1635);
  • ântimo (1639-1652);
  • Daniel (1625);
  • Davi (1652–1673);
  • Metódio (fl. 1673);
  • Neófito (fl. 1680);
  • Macário (fl. 1707);
  • Partênio (fl. 1710–1721);
  • Gedeão (fl. 1725–1769);
  • Inácio (1771-1786).

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. A existência da metrópole é conhecida por uma menção em uma das listas de eparquias bizantinas (Manuscrito de Paris do séc. XIV, cifra 1555A, publicado em 1891 por Karl Gottardo de Boor). A época de seu estabelecimento não é relatada. A data mais antiga possível é 787, a mais recente é o final do séc. IX. Como não há menção a ela em listas posteriores, a metrópole parece ter existido por pouco tempo. Também é possível que ela tenha sido apenas um projeto missionário. Seu estabelecimento refletia o desejo de Bizâncio de atrair Cazaria para a órbita de sua influência. Essa tentativa acabou fracassando, pois a elite cazar adotou o judaísmo e, no final do século IX, as relações entre bizantinos e cazares se tornaram hostis.

Referências

  1. Kiminas, Demetrius (2009). The ecumenical patriarchate: a history of its metropolitanates with annotated hierarch catalogs. Col: Orthodox Christianity First edition ed. Rockville, Md.: Borgo Press, an imprint of Wildside Press LLC 
  2. a b c d Mathisen, Ralph W. (julho de 1997). «Barbarian Bishops and the Churches "in Barbaricis Gentibus" During Late Antiquity». Speculum (3): 664–697. ISSN 0038-7134. doi:10.2307/3040758. Consultado em 24 de maio de 2024