Motoradio
Motorádio S/A | |
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sociedade por ações | |
Atividade | Eletrônica |
Fundação | 1948 1963 (como sociedade por ações)[1] |
Fundador(es) | Hiroshi Urushima |
Encerramento | 1993 |
Sede | São Paulo |
Produtos | rádio, auto-rádios, rádio-relógio e televisores |
Sucessora(s) | Motobrás |
Website oficial | https://www.motoradio.ind.br/ |
A Motorádio foi uma empresa brasileira fabricante de equipamentos de som e televisores, principalmente rádios e auto-rádios. Uma curiosidade o melhor jogador de cada partida no Campeonato Brasileiro do ano 1960 ganhava um aparelho Motorádio APC-37.
História[editar | editar código-fonte]
O imigrante japonês Hiroshi Urushima chegou ao Brasil em 1936 e passou a trabalhar em uma pequena oficina de reparo de rádios em São Paulo.[2] Em 1940 construiu o primeiro auto-rádio brasileiro. Depois da Segunda Guerra Mundial, Urushima ampliou suas atividades de manutenção e em 1948 fundou a empresa Motorádio.[3] Os primeiros aparelhos de rádio e auto-rádios começaram a ser distribuídos em meados de 1953 por diversos varejistas, em especial pela Mesbla.[4] Em 1963 reorganizou a Motorádio em uma Sociedade por ações.[1]
Na década de 1960, o melhor jogador de uma partida de futebol era premiado com um Motorádio pela TV Tupi.
Em 1971 a Motorádio passou a ser distribuidora para o Brasil da Sony através de uma associação Sony-Motorádio, por meio da qual a empresa brasileira fabricava radio-gravadores, aparelhos de som e televisores vendidos pela empresa japonesa.[5] A associação Sony-Motorádio foi encerrada em 1984.[6]
Em novembro de 1990 lançou o primeiro auto-rádio com leitor de CD de fabricação nacional.[7] Com a implantação do Plano Collor I a empresa suspendeu investimentos[8] e teve sua crise agravada, passando a demitir funcionários.[9][10] Com atrasos em pagamentos de dívidas e 12% de suas ações sob propriedade do BNDESPAR,[11] a empresa faliu em 1993.[12]
Um grupo de ex-funcionários da Motoradio criou a Audiomotor que utiliza a marca Motobras, atualmente situada na cidade de Brazópolis e com um escritório em São Paulo.
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Tradicionais modelos coloridos da marca.
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O Dunga IV, o modelo de aparelho de rádio portátil da marca sucessora, a Motobras.
Referências
- ↑ a b Motoradio S/A (3 de dezembro de 1963). «Escritura de constituição de sociedade anônima» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, ano LXXIII, edição 228, página 12. Consultado em 27 de março de 2022
- ↑ «Empresa irá ampliar produção». O Estado de S. Paulo, ano 109, edição 34632, Seção Cidade e Serviços, página 31. 21 de janeiro de 1988. Consultado em 2 de abril de 2022
- ↑ «Motorádio:40 anos no Brasil». O Estado de S. Paulo, ano 109, edição 34905, Seção Cidade e Serviços, página 27. 7 de dezembro de 1988. Consultado em 2 de abril de 2022
- ↑ «Rádios para autos». Diário da Noite (SP), ano XXVIII, edição 8859, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 18 de novembro de 1953. Consultado em 2 de abril de 2022
- ↑ Tom Camargo (18 de outubro de 1971). «Atenção - a ofensiva japonesa foi desfechada». Folha de S.Paulo, ano LI, edição 15464, página 7. Consultado em 30 de março de 2022
- ↑ «Expressas». Manchete, ano 33, edição 1681, página 75/republicada pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 7 de julho de 1984. Consultado em 30 de março de 2022
- ↑ «Lançamentos». Jornal do Brasil, ano C, edição 209, Caderno Negócios, página 12/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 3 de novembro de 1990. Consultado em 27 de março de 2022
- ↑ «Empresas apertam os cintos mas mantêm investimentos:Surpresa». Jornal do Brasil, ano XCIX, edição 347, página 21/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 25 de março de 1990. Consultado em 27 de março de 2022
- ↑ Ronaldo Brasiliense (10 de janeiro de 1991). «Indústrias da Zona Franca demitem 15 mil». Jornal do Brasil, ano C, edição 275, Caderno Negócios, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 27 de março de 2022
- ↑ Rita Tavares (17 de fevereiro de 1992). «Recessão na Zona Franca». Jornal do Brasil, ano CI, edição 313, Caderno Negócios, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 27 de março de 2022
- ↑ Claudia Boechat e Marcelo Pontes (10 de outubro de 1991). «O elefante é muito maior». Jornal do Brasil, ano CI, edição 185, Caderno Negócios, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 27 de março de 2022
- ↑ «Falências e concordatas: São Paulo». Jornal do Commércio (RJ), ano, edição 172, Caderno "O Seu Dinheiro", página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 4 de maio de 1993. Consultado em 27 de março de 2022