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Movimento Patriota (Estados Unidos)

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Membros da milícia Three Percenters, em Charlottesville.

Nos Estados Unidos, o movimento patriota (em inglês, Patriot movement) refere-se a uma série de grupos conservadores e independentes, em sua maioría rurais e com poucos integrantes, estreitamente relacionados com o movimento de milícias e, em muitos casos, de ideologia minarquista, ultradireitista ou fundamentalistas cristãos, de corte apocaliptistas-sobrevivencialistas.[1]

Jornalistas e estudiosos têm associado o movimento patriota ao movimento de milícias de extrema direita, já que ambos realizam ou apoiam atos de violência.[1][2] Os principais fatos relacionados com as milícias e que estimulam ou inspiram o movimento patriota incluem o cerco de Ruby Ridge (1992), o cerco de Waco (1993) e os atentados durante os Jogos Olímpicos de Verão, em Atlanta, Geórgia (1996).

Descrição[editar | editar código-fonte]

Vários grupos alinhados ao movimento patriota têm sido frequentemente descritos como racistas, xenófobos, extremistas, antissemitas, islamófobos e violentos, por várias entidades, tais como o SPLC e a Liga Antidifamação, e pelo FBI.

As descrições do movimento patriota incluem:

  • Um movimento diverso que tem como fio condutor uma crescente insatisfação e alienação do governo, o desejo de usar a força das armas para defender seus direitos e uma escatologia conspiratória[3]
  • Um tipo de política historicamente associada a paleoconservadores, paleolibertários, grupos de milícias, movimentos contra a imigração e aos defensores da abolição do FED[4]
  • Um movimento aberto sobre a Constituição dos Estados Unidos, particularmente a Segunda e a Décima Quarta emendas; como resultado, alguns membros se negam a pagar imposto de renda, e alguns grupos operam seu próprio sistema legal de direito consuetudinário (Customary law)[5]

Além disso, o movimento patriota está associado a:

  • Apoio ao movimento da milícia paramilitar, a exemplo da Milícia de Michigan (Michigan Militia)
  • Busca de "sinais do fim dos tempos"
  • Oposição à vigilância estatal

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Parish, Jane; Parker, Martin (3 de dezembro de 2001). The Age of Anxiety: Conspiracy Theory and the Human Sciences. [S.l.]: Wiley. ISBN 9780631231684 – via Google Books 
  2. Sullivan, Kevin (21 de maio de 2016). «Primed to Fight The Government». Washington Post 
  3. Dennis L. Feucht. AMERICAN MILITIAS: Rebellion, Racism & Religion by Richard Abanes (resenha). American Scientific Affiliation.
  4. David Barstow (15 de fevereiro de 2010). Tea Party Lights Fuse for Rebellion on Right, nyt.com
  5. Keith Sotne (26 de dezembro de 1994). Patriot Movement is Alive and Well in the US. Los Angeles Daily News / Star-News. Google News Archive.