Museu do Tribunal de Justiça (São Paulo)
Museu do Tribunal de Justiça Museu do Tribunal de Justiça. | |
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Entrada do museum junto ao prédio da | |
Inauguração | 1995 (28–29 anos) |
Visitantes | 3052(2017)- 3500(2016) |
Website | http://www.tjsp.jus.br/Museu |
Geografia | |
País | ![]() |
Cidade | São Paulo |
Localidade | Rua Conde de Sarzedas,100 - Sé |
Coordenadas |
O Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo inaugurado no Palácio da Justiça no dia 1° de fevereiro de 1995, é um museu institucional estadual, vinculado ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. No ano de 2007 passou a sediar-se no Palacete Conde de Sarzedas, constituído no fim do século XIX, localizado na rua Conde de Sarzedas, 100 no centro da cidade, próximo ao metrô Sé. O museu realiza exposições temporárias e serve como espaço cultural, além de preservar e transmitir componentes materiais relacionados à tradição e vida do Poder Judiciário Paulista, por meio seu acervo histórico, para que assim as novas gerações possam ter acesso à história e objetos ligados ao Poder Judiciário.
O Museu do Tribunal também preserva núcleos de exposição no Palácio da Justiça, bem como outros memoriais em diversos Fóruns do Estado de São Paulo.
Seu acervo é composto por móveis, objetos, processos e documentos de interesse histórico, quadros, vestimentas e bens arquitetônicos.[1]
História do Palacete Conde de Sarzedas - sede do Museu do Tribunal[editar | editar código-fonte]
Primórdios do Palacete e da região[editar | editar código-fonte]
A região pertencia a D. Francisco de Assis Lorena, filho de D. Bernardo José de Lorena, que foi governador da capitania de São Paulo de 1788 à 1797, e também vice-rei da Índia entre 1806 e 1816. O local onde se localiza (Liberdade) a construção, foi ocupada no fim do século XIX, e herdado por Dona Ana Maria de Almeida Lorena Machado, que ordenou a abertura de ruas em suas terras, onde se localizava a Chácara Tabatinguera, além de mandar construir a capela Santa Luzia localizada na Rua Tabatinguera, inclusive a proprietária da chácara está sepultada no interior da igreja..[2]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_34.jpg/220px-Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_34.jpg)
Construção do Palacete no terreno da Chácara Tabatinguera[editar | editar código-fonte]
A construção do Palacete Conde de Sarzedas, também conhecido por "castelinho", ocorreu entre 1891 a 1895, a mando do deputado por São Paulo, Luis de Lorena Rodrigues Ferreira, bisneto do 5º Conde de Sarzedas. Inicialmente, o lugar era usado como salão de festas para políticos solteiros. Posteriormente, Lorena casou-se com Marie Louise Belanger, uma jovem francesa, e a trouxe para morar no local.
Na edificação, foram utilizadas madeiras nobres, lustres importados, ladrilhos hidráulicos e vitrais franceses.[3]
No ano de 1939, a família mudou-se do local e passou a alugar o imóvel que com o tempo passou a deteriorar-se.[2]
Nos anos 2000 a Fundação Carlos Chagas adquiriu o local, que logo depois em 2002 foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (CONPRESP) e restaurado entre 2003 e 2006. No ano de 2007 passa a sediar o Museu do Tribunal de Justiça.[2]
Acervo[editar | editar código-fonte]
O acervo do Museu contempla uma multiplicidade grande de bens materiais, e é composto por peças variadas, como a Vara do Juiz Ordinário, máquinas de datilografia, processos, vestimentas, móveis de estilo, obras de arte, fotografias, bem como os bens arquitetônicos.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_02.jpg/220px-Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_02.jpg)
Restauro do Palacete Conde de Sarzedas
Foram obtidas pouca documentação a respeito da restauração. Contudo, devido a péssima preservação o restauro quase foi impossível de ser feito, mas a partir de pesquisas feitas o restauro acabou sendo autorizado pelo CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico), e realizado pelo Escritório Kruchin Arquitetura.
Núcleos de exposição permanente do Museu
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bb/Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_20.jpg/220px-Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_20.jpg)
O local de quase mil m², abriga salas com paredes únicas e decorações próprias. O Palacete Conde de Sarzedas é composto pelo andar térreo, onde estão dispostos a recepção, a Sala de Estar com móveis originais da casa, o auditório, o Núcleo Curiosidades e Utilidades e o Núcleo do Júri. No porão encontra-se uma área destinada à exposições temporárias. Já no primeiro andar, os Núcleos da Revolução Constitucionalista de 1932, e da Evolução Administrativa do Tribunal de Justiça completam a exposição.
Edifício GADE 09 de Julho
O prédio espelhado que emerge ao fundo do Palacete é o Edifício Gade 09 de Julho, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake..[2] onde se localizam os gabinetes de trabalho dos desembargadores que compõe as câmaras de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O edifício é composto por um espaço de 29.400 m² de área construída, onde o prédio construído é composto por 29 andares e apresenta, um total de 106 metros de altura, onde é possível ver um grande arranha-céu espelhado.[3]
Propósito[editar | editar código-fonte]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/53/Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_10.jpg/220px-Museu_do_Tribunal_de_Justi%C3%A7a_10.jpg)
A criação do Museu do Tribunal de Justiça, teve como finalidade, em primeiro momento de preservar os elementos materiais tendo em vista de preservar as tradições do Tribunal de Justiça.[2]
Hoje em dia, o designo do museu é de servir como espaço cultural, realizar exposições (algumas temporárias) e pretende mostrar a evolução do poder judiciário de São Paulo, tendo sempre em vista o seu eminente passado.[2]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Sampaio, Leandro. «Museu do Tribunal de Justiça». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 31 de maio de 2017
- ↑ a b c d e f «A história do castelinho do amor | Da Redação | VEJA SÃO PAULO». VEJA SÃO PAULO. 4 de novembro de 2016
- ↑ a b Sanches, Miguel. «Palacete Conde de Sarzedas / Tribunal de Justiça de São Paulo». www.gw3mn.com.br. Consultado em 14 de junho de 2017