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Myscelia orsis

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Macho da borboleta neotropical Myscelia orsis (Drury, 1782). Foto tirada em Santa Catarina, Brasil.
Macho da borboleta neotropical Myscelia orsis (Drury, 1782). Foto tirada em Santa Catarina, Brasil.
Fêmea da borboleta neotropical Myscelia orsis (Drury, 1782). Foto tirada em Alagoas, Brasil.
Fêmea da borboleta neotropical Myscelia orsis (Drury, 1782). Foto tirada em Alagoas, Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Biblidinae
Género: Myscelia
Doubleday, 1844[1]
Espécie: M. orsis
Nome binomial
Myscelia orsis
(Drury, [1782])[1]
Macho de M. orsis, em ilustração feita por Dru Drury, em 1782 (Illustrations of Exotic Entomology, Vol. III.), de onde fora retirada a sua descrição original.
Sinónimos
Papilio orsis Drury, 1782
Papilio oisis Fabricius, 1793
Papilio blandina Fabricius, 1793
Sagaritis orseïs Hübner, [1821][1]

Myscelia orsis (denominada, em português: ametistina-real)[2] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae, classificada por Dru Drury, em 1782, na obra Illustrations of Exotic Entomology: Containing Upwards of Six Hundred and Fifty Figures and Descriptions of Foreign Insects, Interspersed With Remarks and Reflections on Their Nature and Properties, sendo encontrada no Brasil[1] (incluindo os estados de Pernambuco e Alagoas, na Região Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, na Região Sudeste, Paraná e Santa Catarina, na Região Sul) e norte da Argentina (Misiones)[2] em regiões de floresta primária e de floresta secundária, principalmente;[3] avistada em áreas ensolaradas com maior frequência, como clareiras, mas também habitando áreas sombreadas, onde possa procurar frutas fermentadas para seu alimento; embora possa também, ocasionalmente, se alimentar de excrementos de mamíferos, seiva de plantas ou até mesmo carcaças de animais.[4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

É uma espécie que possui dimorfismo sexual bem aparente. Enquanto o macho é dotado de um azul intenso em suas asas,[5] a fêmea é negra com fileiras de pontos e listras brancos ou levemente azulados.[6][7] Ambos, macho e fêmea, possuem poucas manchas avermelhadas nas laterais das asas anteriores. Vistas inferiormente, sua padronagem é de folhagem seca.[8] As dimensões do comprimento de suas asas são de 2,5 centímetros para o macho e 2,7 centímetros para a fêmea.[4]

Planta-alimento[editar | editar código-fonte]

As lagartas se alimentam de plantas do gênero Dalechampia, da família Euphorbiaceae. Este grupo de plantas coloniza facilmente bordas da floresta e áreas de floresta secundária.[4]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

A distribuição geográfica de Myscelia orsis abrange as regiões nordeste, sudeste e sul do Brasil, entre Pernambuco[2] e Rio Grande do Sul[10] até Misiones, na Argentina.[2]

Referências

  1. a b c d «Myscelia» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  2. a b c d PALO JR., Haroldo (2017). Butterflies of Brazil / Borboletas do Brasil, volume 2. Nymphalidae 1ª ed. São Carlos, Brasil: Vento Verde. p. 1098-1101. 1.728 páginas. ISBN 978-85-64060-10-4 
  3. «Borboleta-azul vive em florestas primárias e se alimenta de frutas». Terra da Gente (g1). 30 de setembro de 2016. 1 páginas. Consultado em 16 de junho de 2024 
  4. a b c «Orsis bluewing butterfly (Myscelia orsis (em inglês). Treck nature. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2015 
  5. «Invertebrados - borboletas (Myscelia orsis, macho)». Istituto rã-bugio. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  6. «Invertebrados - borboletas (Myscelia orsis, fêmea)». Istituto rã-bugio. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  7. Enio Branco (14 de abril de 2010). «Myscelia orsis (female)» (em inglês). Treck nature. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2015 
  8. «Myscelia orsis (Drury, 1782)». Lepidoptera brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2015 
  9. Jacob Hübner (1806). «Sammlung exotischer Schmetterlinge» (em inglês). Internet archive (archive.org). 1 páginas. Consultado em 18 de fevereiro de 2015 
  10. Siewert, Ricardo Russo; Silva, Eduardo José Ely; Marques, Lívia Leivas (2010). «Catálogo do Acervo de Borboletas (Lepidoptera: Papilionoidea) Depositadas no Museu de História Natural da Universidade Católica de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil». EntomoBrasilis 3 (3). (Academia.edu). p. 78. Consultado em 6 de maio de 2019. Arquivado do original em 7 de maio de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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