N/T Vera Cruz
N/T Vera Cruz | |
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Paquete Vera Cruz em imagem de postal da época | |
Data de encomenda | agosto 1949 |
Construção | 1951 |
Estaleiro | Société Anonyme John Cockerill, Hoboken, Bélgica |
Batimento de quilha | 13 de maio de 1950 |
Lançamento | 2 de junho de 1951 |
Batismo | 2 de junho de 1951 Madrinha: Gertrudes Tomás |
Comissionamento | 23 de fevereiro de 1952 |
Viagem inaugural | 20 de março de 1952 - Buenos Aires |
Descomissionamento | 1973 |
Patrono | Brasil |
Porto de registro | Lisboa |
Número de registro | H 409 |
Chamada | C S A J |
Período de serviço | 1952 a 1973 |
Estado | Desmantelado em 1974 |
Características gerais | |
Tipo de navio | Navio de Passageiros de dois hélices |
Classe | Vera Cruz |
Arqueação | 21 765 Toneladas |
Comprimento | 185,75 metros |
Boca | 23.1 metros |
Pontal | 15.8 metros |
Calado | 8,44 m |
Propulsão | 2 Veios Dois grupos de turbinas Parsons de 22 500 cv Seis caldeiras, para 32 kg/cm² de pressão |
Velocidade | Máxima: 22 nós; Cruzeiro: 20 nós. |
Equipamentos especializados | Agulha giroscópica Piloto automático Odómetro elétrico Radar com alcance de 30 milhas Radiogoniómetro Sonda Radiotelefone. |
Tripulação | 300 Tripulantes |
Passageiros | 1242 Passageiros sendo: Classe Luxo: 8 1ª Classe: 190 2ª Classe: 200 3ª Classe: 844 |
O N/T Vera Cruz foi um paquete português. Pertenceu à Companhia Colonial de Navegação (CCN), a quem serviu entre 1952 e 1973, tendo atendido a linha do Brasil.
História
[editar | editar código-fonte]Foi construído nos estaleiros da Société Anonyme John Cockerill, na Bélgica, em 1950. A sua encomenda inseriu-se dentro do Plano de Renovação da Marinha de Comércio - conhecido por Despacho 100 - implementado por Américo Tomás, então ministro da Marinha de Portugal. Ao abrigo desse plano, foram construídos 56 novos navios para a marinha mercante portuguesa - entre os quais vários grandes paquetes como o Vera Cruz - que ficaram conhecidos como "navios do Despacho 100".
De concepção avançada à época, foi o primeiro grande paquete português, uma vez que os navios de passageiros até então, excepto o N/T Serpa Pinto, constituíam-se em unidades mistas de passageiros e carga. O seu projeto foi semelhante ao do N/T Santa Maria, também pertencente à CCN, e que entraria ao serviço em 1953.
A sua construção custou ao estaleiro 86 000 horas de trabalho e foram utilizadas 8 mil toneladas de aço e 150 toneladas de alumínio, sendo instalados no navio 240 quilómetros de cabos elétricos e 96 quilómetros de encanamentos. Estiveram envolvidos na construção cerca de 1.000 técnicos e operários, que trabalharam durante 18 meses.[1]
Os passageiros dispunham de salas de cinema, jardim de inverno, piscina e hospital.
Foi lançado ao mar em 2 de junho de 1951, tendo adentrado a barra do rio Tejo em março de 1952. Estava equipado com aparelhos de radar com alcance de 30 milhas náuticas, agulha giroscópica e piloto automático. Custou 408.000 contos em 1952.
A sua viagem inaugural iniciou-se a 20 de março de 1952, com destino a Buenos Aires, com escalas em Rio de Janeiro, Santos e Montevideu, tendo como passageiros de honra o Almirante Gago Coutinho, o Almirante Henrique Tenreiro, Teófilo Duarte, a fadista Hermínia Silva e uma missão cultural.[2]
Até julho de 1954 permaneceu, com o irmão gémeo Santa Maria, exclusivamente na Rota do Ouro e Prata (Lisboa - Buenos Aires). A partir dessa data passou a servir a carreira da América Central (Lisboa - Havana) com escalas em Vigo, Funchal, Santa Cruz de Tenerife, La Guaira e Curaçao. A partir de 1956 ambos os navios começaram também a servir na Carreira de África.[2]
Com a eclosão da Guerra do Ultramar, o Vera Cruz, foi adaptado ao transporte de tropas, tendo ficado afecto a esse serviço até janeiro de 1972. A partir dessa data o navio permaneceu atracado no Porto de Lisboa até 4 de março de 1973, data em que saiu para a sua última viagem com destino ao desmantelamento na República da China.
Referências
- ↑ Correia, Luís Miguel (20 de Março de 2011). «Vera Cruz era de concepção extremamente avançada para a época». Paquetes Portugueses. Edições Inapa
- ↑ a b Rossini, José Carlos. A Tribuna de Santos http://www.novomilenio.inf.br/rossini/veracruz.htm Em falta ou vazio
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(ajuda)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Paquete Vera Cruz». in Museu de Marinha
- «Construção contabilizou 86 mil horas de trabalho». in Portos de Portugal