Natália Konstantinović
Natália Konstantinović | |
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Princesa Mirko de Montenegro Grã-Duquesa de Grahovo e Zeta | |
Nascimento | 10 de outubro de 1882 |
Triste, Áustria-Hungria | |
Morte | 21 de agosto de 1950 (67 anos) |
Paris, França | |
Maridos | Mirko de Montenegro Gastone de Errembault Dudzeele |
Descendência | Estêvão de Montenegro Estalinau de Montenegro Miguel de Montenegro Paulo de Montenegro Emanuel de Montenegro Hélène de Errembault Dudzeele Anne-Marie de Errembault Dudzeele |
Casa | Petrović-Njegoš (por casamento) |
Pai | Alexandre Konstantinović |
Mãe | Milena Opuić |
Religião | Igreja Ortodoxa Sérvia |
Natália Konstantinović (em sérvio: Наталија Константиновић; Triste, 10 de outubro de 1882 – Paris, 21 de agosto de 1950) foi uma princesa de Montenegro como esposa do príncipe Mirko Petrović-Njegoš.
Família
[editar | editar código-fonte]Filha do Coronel Alexandre Konstantinovic e Milena Opuić, descendente da Casa de Obrenović, uma dinastia que governou a Sérvia durante a maior parte do século XIX. A sua avó paterna, princesa Anka Obrenović, era sobrinha de Miloš Obrenović I, príncipe da Sérvia, fundador da Casa de Obrenovic. Natália e sua família foram exilados da Sérvia depois que seu pai criticou o impopular casamento do rei Alexandre I com Draga Mašin. Eles viveram entre Nice, Itália e Viena.[1]
Primeiro casamento
[editar | editar código-fonte]Em 25 de julho de 1902, em Cetinje, Natália casou com o príncipe Mirko de Montenegro, grão-duque de Grahovo e Zeta, o segundo filho de Nicolau I de Montenegro. Mirko se apaixonou por Natália, que era descrita como uma "bela morena com bonitos olhos escuros".[2] O rei Alexandre I não ficou satisfeito com a notícia do casamento, pois acreditava que Mirko se casara com ela apenas para obter a coroa sérvia; Além disso, a irmã de Mirko, Zorka, tinha rejeitado se casar com Alexandre no passado. Como sinal de seu descontentamento, ele se recusou a receber Natália ou Mirko em sua corte.
Desde que a avó de Natália, a princesa Anka Obrenović, foi assassinada em Belgrado em 10 de junho de 1868 com seu primo Mihailo Obrenović III, o governo sérvio estipulou que, no caso do rei Alexandre morresse sem deixar descendentes, Mirko fosse proclamado príncipe-herdeiro da Sérvia. No final de maio de 1903, o rei Alexandre e sua consorte, Draga, foram brutalmente assassinados por um grupo de oficiais do exército liderados pelo capitão Dragutin Dimitrijević, no episódio que ficou conhecido como Golpe de Maio. Antes do assassinato, os conspiradores haviam votado para designar a coroa não a Mirko, mas a seu cunhado, Pedro, chefe da dinastia rival sérvia, os Karađorđevićs. Isto porque os Karađorđević eram aliados da Rússia, enquanto os Obrenović eram decididamente pró-Habsburgo.[3] De fato, o marido de Natália mais tarde se juntou à sociedade secreta nacionalista sérvia chamada Mão Negra em 1911, aspirando a ser seu líder.
De seu casamento com Mirko Petrović-Njegoš teve cinco filhos:
- Estêvão (Shchepac) (Cetinje, 27 de agosto de 1903 - Cannes, 15 de março de 1908);
- Estalisnau (Cetinje, 30 de janeiro de 1905 - Kotor, 4 de janeiro de 1908);
- Miguel (Michele) (Cetinje, 1 de setembro de 1908 - Paris, 24 de março de 1986);
- Paulo (Pavle) (Podgorica, 16 de maio de 1910 - junho de 1933);
- Emanuel (Cetinje, 10 de junho de 1912 - Biarritz, 26 de março de 1928).
O casal se divorciou em 1917 e Natália mudou-se para Paris com seus filhos. No ano seguinte, Mirko morreu em Viena e seu filho Miguel tornou-se chefe da Casa de Montenegro e pretendente ao trono do reino de Montenegro.
Segundo casamento
[editar | editar código-fonte]Em março de 1920, em Eastbourne, Sussex, ela se casou com Gaston, conde de Errembault Dudzeele, um diplomata belga, com quem teve duas filhas:
- Hélène de Errembault Dudzeele (1921-2006), casada com Philippe Hiolle;
- Anne-Marie de Errembault Dudzeele (1922-1984), casada em 1946, Philippe Cerf, e em 1958, Pierre Saville.
Morte
[editar | editar código-fonte]Natália morreu em Paris em 21 de agosto de 1950, aos 67 anos de idade.
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- C. L. Sulzberger, A Queda das Águias, 1977, Crown Publishing, Inc., Nova Iorque