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Nelma Kodama

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Nelma Kodama
Nome completo Nelma Mitsue Penasso Kodama
Nascimento 12 de outubro de 1966 (58 anos)
Taubaté, SP
Nacionalidade brasileira
Ocupação empresária
Nelma Kodama
Crime(s) evasão de divisas, operação de instituição financeira regular, corrupção ativa e pertinência a organização criminosa[1]
Pena 18 anos [1]
Situação colaboradora , pena anulada pelo indulto presidencial [1]

Nelma Mitsue Penasso Kodama (Taubaté, 12 de outubro de 1966) é uma empresária brasileira. Descendente de italianos e japoneses,[2] ficou conhecida ao tentar embarcar com 200 mil euros no aeroporto de Guarulhos, sendo presa em flagrante pela Polícia Federal.[3] Nelma foi investigada, presa e condenada[1] no esquema da Petrobras, pela força-tarefa do Ministério Público Federal, na Operação Lava Jato.[3]

Em 20 de junho de 2016 foi solta, passando para prisão domiciliar após firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).[4]

Sua atuação como doleira foi revelada em 2006, na CPI dos Bingos, pelo doleiro Antonio Claramunt, o Toninho Barcelona, que a apontou como responsável por operações em dólar para o PT na época em que Celso Daniel, assassinado em 2002, era prefeito de Santo André.[5]

Ver artigo principal: CPI da Petrobras

Na CPI da Petrobras, Nelma causou polêmica ao cantar trecho de uma música do Roberto Carlos ao explicar sua relação amorosa com Alberto Youssef, perguntado por um dos parlamentares. Cantou Nelma: "Amada amante, amada amante".[6]

Depois da explicação cantada, foi interrompida pelo deputado Hugo Motta (PMDB-PB). “Senhora Nelma, como presidente dessa CPI, nós não estamos aqui em um teatro".

Investigações

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Em março de 2015, foi realizada conexão de Kodama com o ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos e sua ex-esposa com Nelma Kodama, o que levou a busca e apreensão na casa do filho do ex-juiz, Célio da Rocha Mattos, por suspeita de envolvimento com a quadrilha de Kodama.[7] Célio seria o operador internacional da quadrilha, em Hong Kong.[7] Durante a maior parte das investigações contra a Kodama, somente um integrante da quadrilha conseguia manter oculta a sua identidade: o responsável por parte das transações financeiras, um expert em informática que não deixava rastros e usava o falso nome de Fernando Souza.[7] Célio só foi descoberto depois de outro integrante da quadrilha, Luccas Pace Júnior, fazer um acordo de colaboração com a Justiça.[7]

De acordo com um ex-gerente do Banco do Brasil, a doleira Nelma e o outro doleiro, Raul Srour, do mesmo grupo criminoso depositavam diariamente grandes volumes de dinheiro.[8]

Condenação na Lava Jato

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Na investigação da Operação Lava Jato, Nelma foi condenada a 18 anos de prisão por evasão de divisas, operação de instituição financeira regular, corrupção ativa e pertinência a organização criminosa.[1]

Referências

  1. a b c d e «Lava Jato: Condenados e penas». G1 Política. 17 de agosto de 2015. Consultado em 12 de setembro de 2015 
  2. Campbell, Ulisses (15 de julho de 2016). «Nelma Kodama, a dama dos doleiros». Veja. Consultado em 6 de maio de 2024 
  3. a b «Polícia Federal prende doleira com 200 mil euros na calcinha». Folha de S. Paulo. Folha da manhã. 19 de março de 2014. Consultado em 12 de setembro de 2015 
  4. Megale, Bela (20 de junho de 2016). «Primeira detida na Lava Jato, doleira acerta delação e é solta». Folha de S. Paulo. Folha da manhã. Consultado em 21 de junho de 2016 
  5. «Nelma Kodama, a doleira que teria trabalhado para o PT». O Globo. 1 de maio de 2014. Consultado em 12 de setembro de 2015 
  6. «Na CPI, doleira canta Roberto Carlos para explicar relação amorosa com Youssef». Estadão. 12 de maio de 2015. Consultado em 12 de setembro de 2015 
  7. a b c d Beirangê, Henrique (17 de setembro de 2015). «Herdeiro de Rocha Mattos é investigado na Lava Jato». Carta Capital. Consultado em 28 de outubro de 2017 
  8. «Doleiro recebia grandes volumes de dinheiro diariamente, diz ex-gerente à CPI». Estadão. 18 de agosto de 2015. Consultado em 12 de setembro de 2015 

Ligações externas

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