Neusa Maria
Neusa Maria | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Vasilíki Purchio |
Nascimento | 1 de dezembro de 1928 |
Local de nascimento | São Paulo, São Paulo Brasil |
Morte | 13 de fevereiro de 2011 (82 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | Cantora |
Neusa Maria (nascida Vasilíki Purchio, São Paulo, 1 de dezembro de 1928 – Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2011) foi uma cantora, radialista, radioatriz, locutora, dubladora, atriz e apresentadora brasileira.[1] Também era conhecida como Rainha do Jingle e Voz doçura do Brasil.[2][3][4]
Vida pregressa
[editar | editar código-fonte]Vasilíki Purchio nasceu em São Paulo, em 1928, filha de italianos. Começou a cantar aos 12 anos em apresentações que realizava para os vizinhos.[5]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Na década de anos 1940, conheceu o radialista Abílio Caldas, que a levou para cantar na Rádio Cruzeiro do Sul; o que levou-a a ser contratada pela Rádio Tupi. Foi Abílio quem sugeriu que ela adotasse o nome artístico, já que seu nome de batismo era de difícil pronúncia.[5]
Em 1942, ficou em primeiro lugar no concurso do programa de Gabus Mendes da Rádio Record e, alguns anos depois, foi contratada pela Rádio Nacional.[2][5] Em 1945, foi até o Rio de Janeiro para sua primeira gravação na Continental: o maxixe "Mamboleado", de Luiz Gonzaga e Miguel Lima e o samba "Rádio mensagem", de Sereno.[5]
Na mesma década, ela mudou-se de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde
Ela gravou oito LPs e em mais de 40 discos de 78 rpm. Ao longo da carreira, cantou sambas-canções, boleros e jingles ao vivo em rádios paulistanas e cariocas. Em meados da década de 1950, foi indicada melhor cantora do rádio.[2]
Encerrou a carreira na década de 1960 por achar que não tinha mais voz para ser cantora. Atuou com confecção de moda praia até a década de 1980. Depois disso, costurava roupas para crianças carentes.[2]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Foi casada com Luís Drumond (1946-195?), com quem teve a primeira filha, Elizabeth. Depois casou-se com o Sr. da Silva (19??-19??), com quem teve a segunda filha: Carla. Além das filhas, teve três netos e um bisneto.[2]
Faleceu em 13 de fevereiro de 2011, após parada cardiorrespiratória.[2]
Prêmios
[editar | editar código-fonte]- 1942 - Primero lugar no concurso de calouros de Gabus Mendes da Rádio Record.[2][5]
- 1943 - "A Estrela do Ano", em concurso do cenário musical de São Paulo.[5]
- 1956 - "A melhor cantora do rádio de 1956", em pesquisa do Clube do Disco.[5]
- 1956 - Troféu "Disco de Ouro", do jornal O Globo.[5][6]
- 1956 - "A Melhor do Disco".[6]
- 1957 - "A melhor cantora do rádio de 1957", em pesquisa da "Revista do Rádio".[5]
Programas
[editar | editar código-fonte]- 1954 - Foi cantora no Programa Esso Agrícola (Rádio Nacional).[7]
- 1959 - Foi cantora no filme Mulheres à Vista.
- 1965/1966 - Foi atriz no programa O Tirano (TV Cultura).
- 1968/1969 - Foi atriz no programa Legião dos Esquecidos (TV Excelsior).
Discografia
[editar | editar código-fonte]- 1945 - "Mamboleado", de Luiz Gonzaga e Miguel Lima (Gravadora Continental).[5]
- 1945 - "Rádio mensagem", de Sereno (Gravadora Continental).[5]
- 1946 - "Sonho com você", de Mário Rossi e Valdemar de Abreu (Gravadora Continental).[5]
- 1946 - "Tudo acabado", de Luiz Bittencourt e Nelson Miranda (Gravadora Continental).[5]
- 1949 - "Foi você", de Manoel Pinto e Ayrão Reis (Gravadora Continental).[5]
- 1949 - "Compromisso", de Valfrido Silva, Gadé e Henrique de Almeida (Gravadora Continental).[5]
- 1950 - "Tamanduá", de Evaldo Rui e Max Nunes (Gravadora Sinter).[5]
- 1950 - "Ele já voltou", de Fernando Lobo e Nestor de Holanda (Gravadora Sinter).[5]
- 1951 - "Eu sei que ele chora", de Nestor de Holanda e Ismael Neto, com Lírio Panicali e orquestra (Gravadora Sinter).[5]
- 1951 - "Saudade adeus", de Nestor de Holanda e Ismael Neto (Gravadora Sinter).[5]
- 1952 - "Eu quero ver", de Ary Monteiro e Ruy Rey (Gravadora Sinter).[5]
- 1952 - "Marcha do beijo", de Irani de Oliveira e Ary Monteiro (Gravadora Sinter).[5]
- 1952 - "Os teus olhos dizem", de Nestor de Holanda e Manezinho Araújo, com Lírio Panicali e orquestra (Gravadora Sinter).[5]
- 1953 - "Quisera", de Getúlio Macedo, Lourival Faissal e Arlindo Nicolau, com Lirio Panicali e orquestra (Gravadora Sinter).[5]
- 1954 - "Canção pra ninar mamãe", de Miguel Gustavo (Gravadora Sinter).[5]
- 1954 - "Te cuida, Zeca", de Miguel Gustavo (Gravadora Sinter).[5]
- 1954 - "Eu não sei o que será", de Bruno Marnet (Gravadora Sinter).[5]
- 1954 - "Beija-me", de Astore e Mordeli, com versão de Lourival Faissal (Gravadora Sinter).[5]
- 1955 - "Adorei milhões", de Newton Ramalho e Nazareno de Brito (Gravadora Sinter).[5]
- 1955 - "Fica bonzinho", de Newton Ramalho e Nazareno de Brito (Gravadora Sinter).[5]
- 1956 - "Molambo", de Jaime Florence e Augusto Mesquita (Gravadora Sinter).[5]
- 1956 - "Siga", de Fernando Lobo (Gravadora Sinter).[5]
- 1956 - "Nunca jamais", de L. Guerreiro e Nelson Ferreira (Gravadora Sinter).[5]
- 1956 - "Caixa postal zero zero", de Luiz de França e Oscar Bellandi (Gravadora Sinter).[5]
- 1957 - "Salve o marujo", de J. Cascata e Nássara (Gravadora Sinter).[5]
- 1957 - "Que Deus me castigue", de Luiz Bittencourt e Luiz de França (Gravadora Sinter).[5]
- 1957 - "Não quero mais", de Ary Barroso (Gravadora Sinter).[5]
- 1958 - "O gondoleiro", de Marucci e De Angelis, com versão de Sérgio Porto (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1958 - "Olhe-me, diga-me", de Tito Madi (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1958 - "Picolísima serenata", de Fierroe Amurri, com versão de Sidney Morais (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1959 - "Menina de Copacabana", de Antônio Almeida e Bruno Marnet (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1959 - "Odeio-te meu amor", de Adelino Moreira (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1959 - "Quem sou eu?", de Dolores Duran e Ribamar (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1960 - "O amor e a rosa", de Antônio Maria e Pernambuco (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1960 - "Cantiga de quem está só", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia (Gravadora RCA Victor).[5]
- 1960 - "Meu doce bem", de Lourival Faissal e Edson Menezes (Gravadora RCA Victor).[5]
Referências
- ↑ Neusa Maria no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
- ↑ a b c d e f g «Folha de S.Paulo - Vasiliki Purchio (1923-2011): Neusa Maria, a "rainha do jingle" - 15/02/2011». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2023
- ↑ Antunes, Luciana. As mulheres do rádio paulistano: uma investigação sobre a presença feminina nas emissoras de São Paulo entre os anos 1920 e 1950. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de PósGraduação em Comunicação da Universidade Paulista, São Paulo, 2022.
- ↑ AGUIAR, Ronaldo Conde. As Divas do Rádio Nacional: as vozes eternas da Era de Ouro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2010.
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an ao ap aq ar as «Biografia de Neusa Maria». Last.fm. Consultado em 4 de outubro de 2023
- ↑ a b Redação (17 de setembro de 2013). «Neusa Maria, "a melhor do disco em 1956"». GGN. Consultado em 4 de outubro de 2023
- ↑ Correio da Manhã (22 de março de 1964). «Estréias». memoria.bn.br. Consultado em 4 de outubro de 2023