Octacílio Nóbrega de Queiroz
Otacilio Nobrega de Queiroz | |
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Dados pessoais | |
Nascimento | 31 de agosto de 1913 Patos, PB |
Morte | 29 de setembro de 1998 (85 anos) Brasília, DF |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Emerentina Nóbrega de Queiroz Pai: Bertino Eudócio de Medeiros Queiroz |
Cônjuge | Dirce Wanderley da Nóbrega |
Octacílio da Nóbrega de Queiroz (Patos, 31 agosto de 1913 - Brasília, 29 de setembro de 1998), foi um político brasileiro.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Filho do casal Bertino Eudócio de Medeiros Queiroz e Emerentina Nóbrega de Queiroz, fez o primário em sua cidade natal, com os seguintes professores: Maria Nunes de Figueiredo e Alfredo Lustosa Cabral. Ingressando no Curso Ginasial de Patos, se transferiu para o Instituto São José. A conclusão do ciclo se deu em 1935, no Liceu Paraibano, em João Pessoa. No ano de 1936, fez curso Pré-Jurídico no Ginásio Pernambucano e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife. Realizou depois, curso do Conselho Nacional de Economia, no Rio de Janeiro, sendo aluno do ministro Mário Henrique Simonsen.[1]
Através do ato do interventor da Paraíba, Odon Bezerra Cavalcanti , datado de 07 de março de 1946, foi nomeado promotor interino da Comarca de Patos e posteriormente foi para a condição de titular, noventa dias depois. Se elegeu deputado estadual em duas legislaturas, a partir da Constituinte de 1947. Também foi responsável pela apresentação de projetos para criação dos municípios de Malta e São José de Espinharas. Atuou de 1975 a 1983, como deputado federal, participando ativamente como vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia; foi integrante, como membro da delegação parlamentar da Câmara dos Deputados à União Soviética, em 1981, e à República Popular da China, em 1982, além de viagens para a Europa, Japão e Índia.[1]
Já nas eleições de 15 de novembro de 1982, disputou pelo PMDB, ficou novamente na primeira suplência, com um total de 29.997 votos. Devido a eleição do deputado Antônio Carneiro Arnaud para a Prefeitura de João Pessoa, em 1985, retornou a condição de titular e ficou no cargo até o fim de 1987. No intento de continuar no parlamento, obteve pouco mais de 18 mil votos, no ano anterior, conquistando a segunda suplência.[1]
Por causa de nova Lei Eleitoral aliada a participação exagerada de candidatos, abandonou de maneira definitiva a Política. Com sua esposa Dirce Wanderley Nóbrega, prosseguiu morando em Brasília com seus livros e a família. Culto e dedicado às pesquisas, com a publicação de vários estudos fazendo referência a retrospectiva do estado da Paraíba, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba.[1]
Falecido em 29 de setembro de 1998, deixou quatro filhos e duas filhas, tendo sido sepultado no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.[1]
Atuação na imprensa[editar | editar código-fonte]
Fundou o Jornal Reflexo, órgão de comunicação estudantil, além de figurar no meio dos colaboradores da Revista Luta. Tornou-se redator do “Diário de Pernambuco”, no período de 1936 a 1940, quando nesta época retornou para João Pessoa e desenvolveu a mesma função no Jornal A União, assumindo a direção do jornal e também da Imprensa Oficial, entre 23 de fevereiro de 1943 e 27 de abril de 1944, quando foi nomeado professor do Liceu Paraibano. Também escreveu para o Correio da Paraíba, o Norte, o Estado, o Jornal do Comércio (em Recife) e Jornal da Manhã (no Rio de Janeiro).[2]
No ano de 1954, não teve sucesso nas eleições, retornando aos quadros de A União, mantendo a coluna De Hoje & de Ontem, tratando vários temas com destaque para questões do semiárido nordestino. Retornando à direção do jornal no intervalo de 15 de janeiro a 30 de julho de 1958, se afastou do cargo na tentativa de voltar à Assembleia, pelo PSD.[2]
Obras[editar | editar código-fonte]
Publicou diversos títulos, entre eles:[1]
- O Cardeal Mindszenty e o Espírito Anti-Religioso (1949)
- O Homem Gordo do Tauá (1968);
- Por uma Universidade Federal para Campina Grande (1975);
- Uma voz no Plenário (1976);
- Weder e a Política Nacional (1976);
- De um e outros Juízes (1976);
- Código de Água e outros dizeres (1977);
- Nome, Política e Debates (1977);
- Nordeste e Energia Solar (1977);
- Falando para o Povo (1978);
- A Federação e outros temas (1980);
- Discursos Regionais e Memórias de Nomes (1981).
Referências
- ↑ a b c d e f Lucena, Damião (2015). «Capítulo IV - Evolução Política e Administrativa». Patos de todos os tempos A Capital do Sertão da Paraíba. [S.l.]: A UNIÃO. pp. 83 e 84. ISBN 978-85-8237-052-0
- ↑ a b Damião Lucena. «Octacílio Queiroz Força Intelectual e Política». Patos em Revista. Consultado em 4 de maio de 2016