Ofensiva de Huesca
Ofensiva de Huesca | |||
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Parte da Guerra Civil Espanhola | |||
Zonas republicanas e nacionalistas em Aragão em Junho de 1937 | |||
Data | 12-19 de Junho de 1937 | ||
Local | Huesca e arredores, Espanha | ||
Desfecho | Vitória dos nacionalistas | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Baixas | |||
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A Ofensiva de Huesca foi uma malfadada operação executada durante a Guerra Civil Espanhola, pelos Republicanos, em Junho de 1937, a fim de tomar a cidade aragonesa de Huesca. O escritor e comandante comunista húngaro Máté Zalka foi morto no curso da ofensiva.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Em Abril de 1937, os Nacionalistas começaram uma ofensiva contra a Província de Biscaia, e no final de Maio alcançaram o lado oriental das defesas de Bilbao. O governo republicano decidiu lançar duas ofensivas de diversão uma em Aragão e outra na frente de Madrid, a fim de desviar as tropas Nacionalistas.[1]
A Ofensiva
[editar | editar código-fonte]O governo Republicano decidiu lançar um ataque contra a cidade de Huesca controlada pelos nacionalista. Após as Jornadas de Maio, as forças Republicanas na frente de Aragão tinham sido reorganizadas e o governo Republicano estabeleceu um novo Exército do Oriente. Esta força, sob o comando do General Pozas, foi reforçada com a XII Brigada Internacional, liderada pelo General Lukacs e outras quatro brigadas da frente central. As forças Republicanas eram em maior número que as forças Nacionalistas em Huesca,[2] mas as tropas Nacionalistas estavam bem entrincheiradas tendo mais artilharia e apoio blindado.
O ataque contra Huesca começou em 12 de Junho, liderado por Lukács. As tropas Republicanas atacando em campo aberto, desprovido de árvores e rochas, cuja única proteção eram alguns arbustos que mal chegavam aos joelhos dos soldados, foram dizimadas pelas metralhadoras e artilharia dos Nacionalistas que se encontravam bem entrincheirados. No mesmo dia, Lukács foi atingido pela artilharia Nacionalista morrendo pouco depois. Em 16 de Junho, as tropas Republicanas atacaram as aldeias de Alerre e Chimillas mas sob intenso fogo inimigo tiveram que suspender o assalto. Em 19 de Junho, os Nacionalistas entraram em Bilbau e a ofensiva foi cancelada, depois de dois dias de assaltos falhados pelos Republicanos.[3]
Consequencias
[editar | editar código-fonte]As tropas Republicanas tiveram pesadas baixas (de acordo com Beevor, 9000), principalmente anarquistas e membros do POUM.[2] A ofensiva logo após as recentes Jornadas de Maio em Barcelona, aumentou o derrotismo e as suspeitas entre as tropas Republicanas em Aragão[4] de que a ofensiva, comandadas pelos oficiais superiores comunistas não fora bem planeada.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. (2001). Penguin Books. London. p.667
- ↑ a b Thomas, Hugh. The Spanish Civil War. (2001). Penguin Books. London. p.668
- ↑ Beevor, Antony. (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. pág.277
- ↑ Beevor, Antony. (2006). The Battle for Spain. The Spanish Civil War, 1936-1939. Penguin Books. p.277
- ↑ Antony Beevor (2007). «24». "The Battle for Spain". Londres: Phoenix Paperback. p. 310-311. ISBN 978-0-7538-2165-7
- Maldonado Moya, José Mª (2007); El frente de Aragón. La Guerra Civil en Aragón (1936–1938). Mira Editores. ISBN 978-84-8465-237-3.
- Martínez Bande, J.M. (1973), La gran ofensiva sobre Zaragoza, Editorial San Martín. ISBN 84-7140-060-X
- Thomas, Hugh (1976); Historia de la Guerra Civil Española. Madrid: Ruedo Ibérico. ISBN 0-06-014278-2.