Olho-de-cão
Olho-de-cão | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Priacanthus arenatus (Georges Cuvier, 1829) |
O Priacanthus arenatus Cuv., comummente conhecido como olho-de-cão[1], é uma espécie de peixe teleósteo, perciforme, da família dos priacantídeos, que habita as águas tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico.
Nomes comuns
[editar | editar código-fonte]Dá ainda pelos seguintes nomes comuns: fura-vasos-comum[2] (ou simplesmente fura-vasos[3]), catalufa[4] e mirassol[5]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Do que toca ao nome científico:
- O nome genérico, Priacanthus,[6] resulta de uma aglutinação dos étimos gregos clássicos πρίων (prion)[7], que significa «serra», e άκανθα (akantha)[8], que significa «espinho».
- O epíteto específico, arenatus[9], que vem do latim clássico e significa «arnado; arenoso; coberto de areia».
Características
[editar | editar código-fonte]Tais peixes medem cerca de 40 cm de comprimento, sendo certo que o maior espécime alguma vez registado media 50 centímetros e pesava 2 quilos e 900 gramas.[10]
Além de possuírem carne de valor no mercado[11], contam com 10 espinhos dorsais, 14 espinhos dorsais, 3 espinhos anais e 15 raios anais.[10] Carateriza-se ainda pelos olhos grandes, boca larga e inclinada e pelo corpo avermelhado.[12]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma espécie que habita as águas tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico, marcando presença na costa do Atlântico Ocidental desde o Canadá[13], passando pelas Bermudas e até ao Norte da Argentina.[14]
No que toca à costa leste do Atlântico, marca presença do arquipélago da Madeira até à Namíbia, passando ainda pelo Mediterrâneo. [15]
Ecologia
[editar | editar código-fonte]Frequenta recifes de coral e os leitos rochosos do fundo do mar[14], a profundidades que podem variar entre os 10 e os 250 metros, sendo certo que, normalmente, se costumam encontrar mais entre os 30 e os 50 metros.[12]
Trata-se de uma espécie gregária, pelos que os espécimes adultos se tendem a juntar em pequenos cardumes, nas imediações dos recifes.[16] Geralmente estes cardumes evidenciam sinais de territorialidade, porquanto se costumam afastar uns dos outros.[12]
É uma espécie de hábitos arredios, pelo que não é fácil observá-la em estado selvagem.[12] Com efeito, o fura-vasos é uma espécie noctívaga, que se alimenta mormente de peixes pequenos, crustáceos e poliquetas.[14]
Os espécimes juvenis são pelágicos por natureza e costumam preferir as camadas mais citeriores da coluna de água.[12]
Referências
- ↑ Infopédia. «olho-de-cão | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». www.infopedia.pt. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «Common Names List - Priacanthus arenatus». www.fishbase.se. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ Infopédia. «fura-vasos | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». www.infopedia.pt. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «Priacanthus arenatus - Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ Infopédia. «mirassol | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». www.infopedia.pt. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «Priacanthus arenatus, Atlantic bigeye : fisheries, gamefish, aquarium». www.fishbase.se. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «πρίων - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «Akantha Meaning in Bible - New Testament Greek Lexicon - New American Standard». biblestudytools.com (em inglês). Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «ărēnātus - ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ a b «Priacanthus arenatus, Atlantic bigeye : fisheries, gamefish, aquarium». www.fishbase.se. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ «Fichas FAO de identificación de especies para los fines de la pesca: guía de campo de las especies comerciales marinas y de aquas salobres de la costa septentrional de Sur América – ScienceOpen». www.scienceopen.com. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ a b c d e Aiken, K.A. «Priacanthus arenatus- IUCN red List». IUCN red list. doi:10.2305/IUCN.UK.2015-4.RLTS.T198558A19929489.en
- ↑ Markle, Douglas F. (1989). «Review of Atlantic Fishes of Canada». Copeia (3): 812–814. ISSN 0045-8511. doi:10.2307/1445533. Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ a b c «FAO species identification sheets for fishery purposes : Western Central Atlantic (fishing area 31) / edited by W. Fischer». Smithsonian Institution (em inglês). Consultado em 1 de março de 2022
- ↑ PSOMADAKIS, PETER NICK. «Mediterranean fish biodiversity:». Dipartimento Scienze del Mare, Università Politecnica delle Marche. Zootaxa. Vol. 3263 (1): 1-66. doi:10.11646/zootaxa.3263.1.1. Consultado em 9 de abril de 2012
- ↑ Carpenter, K. E. (1 de junho de 1992). «Check-list of the fishes of the eastern tropical Atlantic (CLOFETA)». Reviews in Fish Biology and Fisheries (em inglês) (2): 182–184. ISSN 1573-5184. doi:10.1007/BF00042886. Consultado em 1 de março de 2022