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Onicofagia

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Unhas roídas.
Unha do polegar roída.

Roer unhas (conhecido pela medicina tradicional, por seu termo técnico onicofagia ou roeção de unha) é o hábito de morder as unhas dos dedos das mãos ou pés durante períodos de nervosismo, ansiedade, estresse, fome ou tédio.[1] Trata-se de visão mecanicista.

Atualmente, em razão da crise da medicinal ocidental (crise de seu paradigma)[2] tem se aprofundado nas causas psicossomáticas, que indica ser sinal de desordens mentais ou emocionais.

As crianças começam a roer as unhas por volta dos quatro ou cinco anos de idade[3].

Efeitos sociais negativos

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Roer unhas, alem de resultar num transporte de germes que vivem embaixo da superfície da unha até a boca, dentre outros malefícios[4], é sinal psicológico de baixa estima e indecisão da pessoa Predefinição:Autoconhecimento.

  1. https://www.revistaodontopediatria.org/ediciones/2011/1/art-15/
  2. Queiroz, Marcos de Souza (agosto de 1986). «O paradigma mecanicista da medicina ocidental moderna: uma perspectiva antropológica». Revista de Saúde Pública: 309–317. ISSN 0034-8910. doi:10.1590/S0034-89101986000400007. Consultado em 23 de fevereiro de 2023 
  3. Gomes da Silva Filho, Noel; Marília Alves Guedes, Albertina (2016). «JOGOS EDUCACIONAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA DE ENSINO DOS CONTEÚDOS ESCOLARES». Instituto Internacional Despertando Vocações. doi:10.31692/2358-9728.iiicointerpdvl.2016.00062. Consultado em 23 de fevereiro de 2023 
  4. Roer unha não, mas também a pele ao seu redor e a cutícula, possivelmente rompendo a pele, é suscetível a infecções oportunistas de micróbios e vírus. Esses patógenos podem se espalhar entre os dedos pela boca. Roer unhas também pode ser negativo por restringir o uso das mãos. Um roedor de unhas compulsivo pode ter sua habilidade para trabalhar restringida (por exemplo, escrever, digitar, desenhar, tocar instrumentos de corda, dirigir) por causa dos estragos feitos às unhas ou à pele em volta.

Algumas medicações têm se mostrado eficazes para a roeção de unhas. As medicações utilizadas para tratar o problema incluem potentes antidepressivos [carece de fontes?]. Estas medicações são também utilizadas para tratar tricotilomania e includem: clomipramina, fluoxetina, sertralina, paroxetina, fluvoxamina, citalopram, escitalopram, nefazodona e venlafaxina. Pequenas doses de medicamentos antipsicóticos utilizados no tratamento da esquizofrenia como: risperidona, olazapina, quetiapina, ziprasidona e aripiprazola podem também ser utilizados em conjunto com os antidepressívos. É importante salientar que o uso de antipsicóticos para tratar a onicofagia não quer dizer que o paciente sofra de psicose.

Uma outra opção é o uso da vitamina B (inositol) [carece de fontes?]. Ela reduz a vontade de roer unha ao aumentar a atividade de serotonina no cérebro [carece de fontes?].

A serotonina pode estar relacionada a desordens do sistema nervoso.

Terapia comportamental

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Alguns pacientes acharam a terapia comportamental benéfica por si própria ou como um complemento à medicação. A primeira terapia consiste no Treinamento de Reversão de Hábito (TRH), um processo de quatro partes que busca "desacostumar" a pessoa do hábito e possivelmente substituí-lo por outro hábito mais construtivo. Além do TRH, a terapia de Controle de Estímulo é usada tanto para identificar quanto para eliminar os estímulos que frequentemente geram a vontade de roer unhas.

Para o psicanalista Leonid R. Bózio[1], a onicofagia é considerada um mecanismo de defesa inconsciente utilizado para aliviar a ansiedade e reduzir o desconforto emocional, ainda que o indivíduo não perceba conscientemente o que está gerando essa tensão. Esse comportamento compulsivo geralmente se intensifica em situações de estresse ou nervosismo, revelando uma tentativa de lidar com emoções reprimidas. Para tratar a onicofagia, a psicanálise investiga processos inconscientes por meio da análise de sonhos, associação livre e exploração dos sentimentos reprimidos, o que permite ao paciente identificar a raiz de suas angústias. Essa abordagem considera a onicofagia não como um hábito isolado, mas como um sintoma de questões emocionais mais profundas que, uma vez abordadas, podem reduzir a compulsão. No contexto clínico, a psicanálise oferece um espaço de reflexão e autoconhecimento, permitindo ao paciente se conscientizar das causas emocionais subjacentes e encontrar formas mais saudáveis de lidar com o estresse e a ansiedade[2].

Outros tratamentos

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Existem várias formas[3] de terapia de aversão para ajudar as pessoas a parar de roer suas unhas.



Referências

  1. Bózio, Leonid Ronald (17 de setembro de 2020). Freud: Tópica Primeira ou Teoria Topográfica. [S.l.]: Leonid Ronald Bózio 
  2. Bózio, Leonid R. (31 de outubro de 2024). «Onicofagia e Psicanálise: o Hábito de Roer Unhas». Leonid R. Bózio psicanalista. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  3. Estas incluem métodos como cobrir as unhas com substâncias de gosto ruim (às vezes na forma de um esmalte especial) ou usar uma fita de borracha no pulso e pedir para que amigos e familiares (ou até mesmo a própria pessoa) a puxem quando verem a pessoa roendo as unhas. Para alguns é eficaz substituir o hábito de roer unhas pelo de mascar chicletes. Alguns métodos (incluindo os anteriormente citados) podem funcionar pois fazem com que a pessoa tome consciência de suas ações e procure outras coisas para fazer. Fazer uma anotação dos horários de quando a pessoa for roer as unhas e também é uma maneira de encontrar a origem do problema. Parte das pessoas que roem as unhas fazem tratamento ortodôntico para bruxismo, por exemplo e usam uma placa de acrílico que as impossibilitam de roer suas unhas com os dentes. Isso pode ter um efeito colateral de ajudar o indivíduo a superar seu hábito de roer unhas. Alguns roedores de unha, entretanto, acham a efetividade de todos esses métodos e medicamentos ser fraca. Para eles, é necessária uma grande determinação para acabar com o hábito. Algumas das táticas que eles acham úteis é imaginar uma nota mental para parar, e prometer que não vai mais roer, além de fazer o fim do hábito ser uma das promessas de ano novo. Assim como outros hábitos nervosos, o de roer unhas pode ser às vezes um sintoma de problemas emocionais. Nesses casos, resolver o problema emocional pode ajudar a diminuir ou até mesmo eliminar o hábito.