Orlando Correia
Orlando Correia | |
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Informação geral | |
Nome completo | Orlando José Correia |
Nascimento | 5 de dezembro de 1928 |
Local de nascimento | Niterói, RJ Brasil |
Morte | 2002 (74 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, RJ Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação(ões) | Cantor |
Gravadora(s) | Todamérica, Continental, Revivendo |
Orlando José Correia (Niterói, 5 de dezembro de 1928 — Rio de Janeiro, 2002) foi um mecânico e cantor de música popular brasileira.[1]
Carreira musical
[editar | editar código-fonte]Em 1947, Orlando Correia foi descoberto por Cyro Monteiro em um festival de Niterói. Cyro o levou para a Rádio Mayrink Veiga, onde passou a cantar no Programa de Ademar Casé.[2] Em 1950, Orlando fazia parte da equipe de artistas da Rádio Guanabara.[3] Em seguida, passou à Rádio Clube do Brasil.[2]
"Meu sonho é você" foi sua primeira interpretação de sucesso, um samba-canção composto por Átila Nunes e Altamiro Carrilho e gravado pela Todamérica. Em agosto de 1951, Orlando Correia apareceu no quadro de honra na coluna Chacrinha Musical, de Abelardo Barbosa.[4] A música figurou na parada de sucessos da Revista do Rádio, estreando em 4º lugar em setembro e alcançando o 1º lugar em novembro.[5] Em dezembro, o Correio da Manhã elegeu "Meu Sonho é Você" como um dos 15 melhores discos de 1951, indicando Orlando Correia como maior revelação masculina do ano.[6]
Em 1953, "Sistema nervoso", samba de Arlindo Marques Júnior, Wilson Batista e Roberto Roberti, ficou em 3º lugar por três meses seguidos na parada de sucessos, entre outubro e dezembro.[7] No final desse ano, na Revista do Rádio, o cronista fonográfico Paulo Medeiros indicou "Sistema nervoso" como a melhor gravação brasileira de 1953.[8]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Orlando Correia começou a trabalhar como aprendiz aos 13 anos, após a morte do pai, de modo a ajudar no sustento da mãe e dos quatro irmãos mais novos. Orlando fez o curso noturno na escola e se diplomou como mecânico pela General Motors.[2] Orlando Correia casou-se em fevereiro de 1955.[9] Em 1958, participou da campanha bem-sucedida a deputado federal de José Gomes Talarico (PTB).[10]
Depois dos anos de sucesso na rádio, Orlando Correia foi dono de hotel e de oficina mecânica. A partir da década de 1980, morou em Maricá até falecer, em 2002.[1]
Referências
- ↑ a b «Orlando Correia». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 15 de junho de 2023
- ↑ a b c Caspary (6 de novembro de 1951). «Perdeu o emprêgo por causa do samba!». Revista do Rádio. pp. 12–13
- ↑ «A equipe da Rádio Guanabara». Revista do Rádio (0027). 1950. p. 48. 29 páginas
- ↑ Barbosa, Abelardo (21 de agosto de 1951). «Chacrinha Musical - Quadro de Honra». Revista do Rádio. p. 10. 52 páginas
- ↑ Machado, Adelcio C. (2016). O "Lado B" da Linha Evolutiva: Nelson Gonçalves e a "Má" Música Popular Brasileira dos Anos 1940 e 1950 (Tese de Doutorado). Campinas: Universidade Estadual de Campinas. p. 258-261. 301 páginas
- ↑ «Música Popular - Resenha de 51». Correio da Manhã (RJ). 30 de dezembro de 1951. Consultado em 15 de junho de 2023
- ↑ Machado, Adelcio C. (2016). O "Lado B" da Linha Evolutiva: Nelson Gonçalves e a "Má" Música Popular Brasileira dos Anos 1940 e 1950 (Tese de Doutorado). Campinas: Universidade Estadual de Campinas. p. 266. 301 páginas
- ↑ «Notas Soltas». Revista do Rádio. 1953. p. 34. Consultado em 15 de junho de 2023
- ↑ Machado, Adelcio C. (2016). O "Lado B" da Linha Evolutiva: Nelson Gonçalves e a "Má" Música Popular Brasileira dos Anos 1940 e 1950 (Tese de Doutorado). Campinas: Universidade Estadual de Campinas. p. 50. 301 páginas
- ↑ «Sistema de apuração atual criticado no Maracanã por locutores de TV e rádio». Jornal do Brasil. 7 de outubro de 1958. p. 15. Consultado em 15 de junho de 2023