Pabeco Paluni
Pabeco Paluni | |
---|---|
Morte | 451 |
Etnia | Armênio |
Ocupação | Nobre |
Religião | Catolicismo |
Pabeco Paluni (em latim: Pabecus; em armênio: Պապաք; romaniz.: Papakʼ) foi um nobre (nacarar) armênio do século V, membro da família Paluni, que esteve ativo no reinado do xainxá Perozes I (r. 459–484).
Nome
[editar | editar código-fonte]Pabeco (Pabecus; Πάβεκος, Pábekos),[1] Papaco (Papacus;[2] Πάπαχος / Πάπακος, Pápachos / Pápakos)[3][4] ou Pambeco (Pambecus; Παμβεκῷς, Pambekos)[5] são as formas latinas e gregas do persa médio e parta Pabague ou Pabaque (𐭯𐭠𐭯𐭪𐭩, Pābag / Pābak), que derivaram do iraniano antigo Papaca (*Pāpa-ka-; de *pāpa-, "pai", e o sufixo hipocorístico *-ka-).[6] Foi registrado em armênio como Papaque (Պապաք, Papakʼ) e persa novo como Babaque (بابک, Bābak).[4]
Contexto
[editar | editar código-fonte]Após 387, o Reino da Armênia foi dividido em duas zonas de influência, a bizantina e a persa. Além disso, em 428, o último rei arsácida, Artaxias IV (r. 423-428), foi deposto pelo xainxá Vararanes V (r. 420–438) a pedido dos nacarares, inaugurando o Marzobanato da Armênia.[7] Muito rapidamente, os armênios desiludiram: em 449, Isdigerdes II (r. 438–457) ordenou que eles apostatassem e se convertessem ao zoroastrismo.[8] Sob a liderança de Vardanes II, se revoltaram, mas foram derrotados em junho (ou 26 de maio) de 451 na Batalha de Avarair; a maioria dos nacarares que participaram da revolta foram então deportados à capital persa de Ctesifonte.[9] Após Avarair, os armênios foram constantemente chamados pelos persas para expedições militares distantes e foram obrigados a aceitar o crescente poder dos apóstatas. No contexto, receberam bem o apelo da revolta de Vactangue I (r. 447–522), que sublevou contra os persas.[10]
Vida
[editar | editar código-fonte]A parentela de Pabeco é incerto, salvo que pertencia à família Paluni. Aparece em 482, quando participou na revolta contra o Império Sassânida liderada por Vaanes I na Armênia. De acordo com Lázaro de Farpe, esteve presente ao lado dos rebeldes na Batalha de Narseapate contra o grande exército iraniano liderado por Adanarses, que foi concluída com uma grande vitória armênia. Na ocasião, liderou a ala direita do exército.[11]
Referências
- ↑ Geiger 2020, p. 50, 532.
- ↑ Boeckhio & Franzius 1853, p. 279.
- ↑ Weber 2023.
- ↑ a b Ačaṙyan 1942–1962, p. 225.
- ↑ Dodgeon 2002, p. 10.
- ↑ Martirosyan 2021, p. 16.
- ↑ Mutafian 2005, p. 38.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 187.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 190.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 192.
- ↑ Lázaro de Farpe 1985, p. 246-252 (II.70-71).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Պապաք». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Boeckhio, Augusto; Franzius, Ioannis (1853). Corpus Inscriptionum Graecarum. Academia Literaria Real da Prússia, Berlim: Berolini Ex Officina Academica
- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Éd. Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Dodgeon, Michael H.; Greatrex, Geoffrey; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363-630 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-00342-3
- Geiger, Wilhelm; Kuhn, Ernst (2020) [1901]. Grundriß der iranischen Philologie, Band 1. Berlim: De Gruyter
- Lázaro de Farpe (1985). Bedrosian, Robert, ed. Ghazar P'arpec'i's History of the Armenians. Nova Iorque: Sources of the Armenian Tradition
- Martirosyan, Hrach (2021). «Faszikel 3: Iranian Personal Names in Armenian Collateral Tradition». In: Schmitt, Rudiger; Eichner, Heiner; Fragner, Bert G.; Sadovski, Velizar. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências
- Mutafian, Claude (2007). Arménie, la magie de l'écrit. Paris: Somogy. ISBN 978-2-7572-0057-5
- Weber, Ursula (2023). «Pābag, Sohn des Wisfarr[ŠKZ IV 33]». Prosopographie des Sāsānidenreiches im 3. Jahrhundert n.Chr. (PDF)