Saltar para o conteúdo

Pabeco Paluni

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pabeco Paluni
Morte 451
Etnia Armênio
Ocupação Nobre
Religião Catolicismo

Pabeco Paluni (em latim: Pabecus; em armênio: Պապաք; romaniz.: Papakʼ) foi um nobre (nacarar) armênio do século V, membro da família Paluni, que esteve ativo no reinado do xainxá Perozes I (r. 459–484).

Nome[editar | editar código-fonte]

Pabeco (Pabecus; Πάβεκος, Pábekos),[1] Papaco (Papacus;[2] Πάπαχος / Πάπακος, Pápachos / Pápakos)[3][4] ou Pambeco (Pambecus; Παμβεκῷς, Pambekos)[5] são as formas latinas e gregas do persa médio e parta Pabague ou Pabaque (𐭯𐭠𐭯𐭪𐭩, Pābag / Pābak), que derivaram do iraniano antigo Papaca (*Pāpa-ka-; de *pāpa-, "pai", e o sufixo hipocorístico *-ka-).[6] Foi registrado em armênio como Papaque (Պապաք, Papakʼ) e persa novo como Babaque (بابک, Bābak).[4]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Dracma de Isdigerdes II (r. 438–457)

Após 387, o Reino da Armênia foi dividido em duas zonas de influência, a bizantina e a persa. Além disso, em 428, o último rei arsácida, Artaxias IV (r. 423-428), foi deposto pelo xainxá Vararanes V (r. 420–438) a pedido dos nacarares, inaugurando o Marzobanato da Armênia.[7] Muito rapidamente, os armênios desiludiram: em 449, Isdigerdes II (r. 438–457) ordenou que eles apostatassem e se convertessem ao zoroastrismo.[8] Sob a liderança de Vardanes II, se revoltaram, mas foram derrotados em junho (ou 26 de maio) de 451 na Batalha de Avarair; a maioria dos nacarares que participaram da revolta foram então deportados à capital persa de Ctesifonte.[9] Após Avarair, os armênios foram constantemente chamados pelos persas para expedições militares distantes e foram obrigados a aceitar o crescente poder dos apóstatas. No contexto, receberam bem o apelo da revolta de Vactangue I (r. 447/9–502/22), que sublevou contra os persas.[10]

Vida[editar | editar código-fonte]

A parentela de Pabeco é incerto, salvo que pertencia à família Paluni. Aparece em 482, quando participou na revolta contra o Império Sassânida liderada por Vaanes I na Armênia. De acordo com Lázaro de Farpe, esteve presente ao lado dos rebeldes na Batalha de Narseapate contra o grande exército iraniano liderado por Adanarses, que foi concluída com uma grande vitória armênia. Na ocasião, liderou a ala direita do exército.[11]

Referências

  1. Geiger 2020, p. 50, 532.
  2. Boeckhio & Franzius 1853, p. 279.
  3. Weber 2023.
  4. a b Ačaṙyan 1942–1962, p. 225.
  5. Dodgeon 2002, p. 10.
  6. Martirosyan 2021, p. 16.
  7. Mutafian 2005, p. 38.
  8. Dédéyan 2007, p. 187.
  9. Dédéyan 2007, p. 190.
  10. Dédéyan 2007, p. 192.
  11. Lázaro de Farpe 1985, p. 246-252 (II.70-71).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Պապաք». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Boeckhio, Augusto; Franzius, Ioannis (1853). Corpus Inscriptionum Graecarum. Academia Literaria Real da Prússia, Berlim: Berolini Ex Officina Academica 
  • Dodgeon, Michael H.; Greatrex, Geoffrey; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363-630 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-00342-3 
  • Geiger, Wilhelm; Kuhn, Ernst (2020) [1901]. Grundriß der iranischen Philologie, Band 1. Berlim: De Gruyter 
  • Lázaro de Farpe (1985). Bedrosian, Robert, ed. Ghazar P'arpec'i's History of the Armenians. Nova Iorque: Sources of the Armenian Tradition 
  • Martirosyan, Hrach (2021). «Faszikel 3: Iranian Personal Names in Armenian Collateral Tradition». In: Schmitt, Rudiger; Eichner, Heiner; Fragner, Bert G.; Sadovski, Velizar. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências