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Paio Guterres da Silva

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D. Paio Guterres
Paio Guterres da Silva
Nascimento c. 1090
Nome completo D. Paio Guterres da Silva
Cônjuge D. Sancha Anes

D. Urraca Rabaldes

Pai D. Guterre Peláes Alderete da Silva
Mãe D. Maria Pérez de Ambia
Filho(s) Mayor (Mor) Pais da Silva

Gomes Pais da Silva Pedro Pais da Silva «o Escacha» Mendo Pais da Silva Paio Pais da Silva Pedro Rabaldes Gotinha Pais da Silva

D. Paio Guterres da Silva «o Escacha» (c.1090 - ?) foi um nobre medieval do Condado Portucalense, pertencente a linhagem dos soberanos de Leão, pois D. Pelayo Froilaz «el Diácono» (c. 990 - c.1050), o bisavô do seu avô paterno, D. Pelaio Guterres (c.1050 - ?), era trineto do príncipe D. Aznar Fruelaz de Leão, um dos filhos de D. Fruela II,[1] Rei de Asturias e de Leão[2] (c. 874 - 925).

D. Paio Guterres da Silva é o 3o do nome Silva, segundo Salazar y Castro,[3] o que significa que seu avô, D. Pelaio Guterres (c.1050 - ?), foi o primeiro a usar o nome, e seu bisavô, D. Gutierre Peláez (de) Alderete, foi o progenitor da estirpe.[4] D. Paio Guterres foi um dos Ricos-Homens a confirmar a carta de confirmação do castelo de Soure aos Templários em 1129.[5] Ele é muitas vezes confundido com o seu avô e homónimo, D. Pelaio Guterres, cujo nome tinha a mesma grafia na escrita comum do século X (latim vulgar) e que ocupava os cargos de "Adiantado de Portugal" e "Vigário" del Rey". O facto de o jovem D. Afonso Henriques já governar no condado Portucale em 1129 exclui a possibilidade de D. Paio Guterres na altura ter ocupado os cargos mencionados. Embora não tenha alcançado estes altos cargos, como senhor feudal do Reino de Leão e como descendente dos monarcas da dinastia Astur-Leonesa, D. Paio Guterres fazia, sem dúvida, parte da alta nobreza.[6][7][8][9]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi o senhor feudal do Porto da Figueira, Alcaide do Castelo de Santa Eulália e do Castelo de Montemor-o-Velho. Foi que procedeu à fundação do Mosteiro de Cucujães e quem mandou reedificar do Mosteiro de Tibães[6][7][8]. Foi ainda em vida do rei D. Afonso VI de Leão e Castela senhor da Domus fortis denominada Torre da Silva. Foi também quem, segundo a Coreografia Portuguesa, procedeu à fundação em Campos do Mosteiro de Santa Maria de Valboa, que foi da Ordem de São Bento. Segundo a mesma Coreografia, foram os Senhores da Casa Silva seus padroeiros.[10]

Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Foi filho de D. Guterre Peláes Alderete da Silva (c. 1070 - ?) e de D. Maria Pérez de Ambia (c.1075 - ?). Casou por duas vezes. Do primeiro casamento com D. Sancha Anes (c. 1095 - ?) teve[6][7][8]:

  1. D. Mayor (Mór) Pais Silva (c. 1010 - ?), casada com Egas Moniz (c. 1115 - ?), que não deve ser confundido com Egas Moniz, o Aio.
  2. D. Gomes Pais da Silva (c. 1115 - ?), casado com Urraca Nunes Velho.
  3. D. Pedro Pais da Silva[11], «o Escacha» (c. 1120 - ?), casou com Elvira Nunes.

Do segundo casamento com D. Urraca Rabaldes (c. 1100 - ?) teve:

  1. D. Pedro Rabaldes, bispo do Porto.
  2. D. Gotinha Pais da Silva (c. 1130 - ?), que casou por duas vezes, a primeira com D. Pedro Soares de Belmir e a segunda com Mendo Afonso de Refóios, senhor de Refóios.

Referências

  1. Dom Luis de Salazar y Castro, HISTORIA GENEALOGICA DE LA CASA DE SILVA, TOMO 1, topo da página 61
  2. Suárez Fernández 1976, p. 253.
  3. Dom Luis de Salazar y Castro, HISTORIA GENEALOGICA DE LA CASA DE SILVA, TOMO 1, final da página 78
  4. Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra-3 vols. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2.ª Edição, Lisboa, 1973. vol. II-pg. 3.
  5. Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra-3 vols. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2.ª Edição, Lisboa, 1973. vol. II-pg. 4.
  6. a b c Cristovão Alão de Morais, Pedatura Lusitana - 6 vols. Carvalhos de Basto, 2.ª Edição, Braga, 1997. vol. II-pg. 410.
  7. a b c Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2.ª Edição, Braga, 1989. vol. IX-pg. 383 (Silvas).
  8. a b c Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra-3 vols. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2.ª Edição, Lisboa, 1973. vol. II-pg. 4.
  9. «O Morgado e a Casa da Silva (Barcelos) Subsídios para a sua história (parte 1)». Consultado em 21 de julho de 2012. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2013 
  10. «Freguesia de Campos - Vila Nova de Cerveira». Consultado em 21 de julho de 2012. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2012 
  11. Manuel José da Costa Felgueiras Gaio, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. IX-pg. 383 (Silvas).


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