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Palacete Passarinho

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Palacete Passarinho
Informações gerais
Tipo casarão
Arquiteto(a) José Sodrin
Inauguração 1927
Proprietário(a) inicial Benedicto Passarinho
Função inicial casarão
Proprietário(a) atual Iniciativa privada
Função atual churrascaria
Património nacional
Data 2004
Geografia
País Brasil
Cidade Belém, Pará
Coordenadas 1° 27′ 08″ S, 48° 28′ 26″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Palacete Passarinho é um casarão localizado em Belém, capital do Pará, construído no ano de 1927.[1][2] Localizada em São Brás, bairro nobre da cidade, sendo construída pelo farmacêutico e empresário, Benedicto Passarinho e tem a assinatura do arquiteto José Sidrin.[3][4][5]

Construída no ano de 1927, pelo farmacêutico e empresário Benedicto Passarinho, o Palacete Passarinho conta com elementos da arquitetura francesa, foi assinado por José Sidrin, notório arquiteto no contexto de Belém, nas primeiras décadas do século XX.[3][6]

No bairro de São Brás, bairro nobre da capital paraense, a construção possui a constituição por louças e metais dos banheiros trazidos da França.[3][5] Com forte inspiração francesa, possui um baldrame de cerca de 0.7m que eleva o pavimento térreo ao primeiro pavimento, possuindo também um jardim francês.[3]

O casarão foi projetado para abrigar a família Passarinho, tornando-se um dos principais imóveis de Belém.[7][8]

Getúlio Vargas

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No ano de 1933, Getúlio Vargas, então Presidente do Brasil no contexto do governo provisório varguista, viajou ao Pará escolheu que o Palacete Passarinho fosse o lugar que Getúlio residiria enquanto permanecesse na cidade.[9][10] À época, o casarão possuía telefone, sala de telégrafo e espaço para imprensa.[9] Para permanência de Vargas foram instalados mais dezessete telefones e foi inteiramente iluminado.[11]

A estadia de Vargas, foi muito comentada na imprensa do Rio de Janeiro, então sede do poder federal do país.[12][11] Os periódicos Correio da Manhã, A Noite, Jornal do Brasil e o Diário do Norte repercutiram a presença de Vargas no palacete.[11][13][14] A estadia de Getúlio no casarão também foi repercutida no Recife, no Pernambuco pelo Diario de Pernambuco e em São Luís, no Maranhão pelo O Combate, em São Paulo, a notícia obteve destaque no jornal O Estado de S. Paulo.[15][16][17]

Dada sua importância histórica e arquitetônica na trajetória de Belém, o Palacete Passarinho passou pelo processo de tombamento histórico em 4 de outubro de 2004, pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará, órgão responsável pela preservação de bens históricos do estado, durante a gestão de Simão Jatene (PSDB).[18][19][20]

No ano de 2015, a Associação dos Amigos do Patrimônio de Belém (AAPBel), denunciou ao Departamento de Patrimônio, Histórico, Artístico e Cultural do Pará (DPHAC), que parte de um gazebo anexo ao prédio estava sendo demolida.[21] Após a denúncia feita pela associação, a obra foi embargada pelo órgão de patrimônio.[21]

Atualmente, uma churrascaria funciona no bem tombado.[7][22]

Referências

  1. Pinto, Walter (15 de março de 2022). «Resenha». Beira do Rio - Universidade Federal do Pará. Consultado em 18 de abril de 2023 
  2. «Belém». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de abril de 2023 
  3. a b c d Nunes, Mateus Carvalho; Barreto, Pietra Paes (24 de setembro de 2021). «Cartas a José Sidrim: grafia dos afetos na Belém do Ecletismo». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material: e43. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/1982-02672021v29e43. Consultado em 18 de abril de 2023 
  4. Ana Léa Nasar Matos (2017). «José Sidrim (1881-1969): um capítulo da biografia de Belém» (PDF). Universidade Federal do Pará. Consultado em 18 de abril de 2023 
  5. a b «Os melhores bairros para morar em Belém, capital do Pará; vídeo». Revista Design.com. 13 de março de 2022. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023 
  6. Rafaela Verbicaro Pacheco (11 de junho de 2013). «A obra de José Sidrim: projetos residenciais no início do Século XX em Belém-PA» (PDF). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 18 de abril de 2023 
  7. a b Vivian Larissa Monteiro Albuquerque; Tavares, Maria (2019). «O patrimônio usado como negócio na Avenida Nazaré em Belém-PA». Papers do Naea - Universidade Federal do Pará. Consultado em 18 de abril de 2023 
  8. SANTOS, Milton (1985). Espaço e método. [S.l.]: Nobel 
  9. a b «A chegada de Getúlio no Palacete Passarinho (1933)». Laboratório Virtual ─ FAU ITEC Universidade Federal do Pará. 13 de junho de 2018. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2021 
  10. NETO, Lira (2012). Getúlio: Do governo provisório à ditadura do estado novo (1930-1945). [S.l.]: Companhia das Letras 
  11. a b c «Palacete Passarinho – "residência provisória" de Getúlio Vargas – 1933». Laboratório Virtual ─ FAU ITEC Universidade Federal do Pará. 5 de agosto de 2016. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2023 
  12. CASTRO, Ruy (13 de novembro de 2015). A noite do meu bem: A história e as histórias do samba-canção. [S.l.]: Companhia das Letras 
  13. «A viagem do chefe do governo provisório chega ao Norte». Jornal do Brasil. 28 de setembro de 1933. Consultado em 18 de abril de 2023 
  14. «Como o Sr. Getulio Vargas foi recebido no Pará». Jornal do Commercio. 29 de setembro de 1933. Consultado em 18 de abril de 2023 
  15. «A viagem do governo provisório ao Norte». Estadão. 29 de setembro de 1933. Consultado em 19 de abril de 2023. Cópia arquivada em 19 de abril de 2023 
  16. «A chegada da comitiva presidencial ao Pará». Diario de Pernambuco. 28 de setembro de 1933. Consultado em 18 de abril de 2023 
  17. «A estadia em Belem do presidente Getulio Vargas». O Combate. 28 de setembro de 1933. Consultado em 18 de abril de 2023 
  18. «Belém – Palacete Passarinho». iPatrimônio. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2021 
  19. «Departamento de Patrimônio e Serviços - Apresentação». Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023 
  20. «Cidade velha e feliz Lusitânia: cenários do patrimônio cultural em Belém» (PDF). Universidade Federal do Pará. Outubro de 2006. Consultado em 18 de abril de 2023 
  21. a b «Demolição no palacete Passarinho». Blog da Franssinete Florenzano. 24 de novembro de 2015. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023 
  22. «Palacete Passarinho restaurante, Belém - Avaliações de restaurantes». Restaurant Guru. Consultado em 18 de abril de 2023. Cópia arquivada em 19 de abril de 2023