Partido Trabalhista (Portugal)
Partido Trabalhista Aliança Operário-Camponesa | |
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Líder | Heduíno Gomes |
Fundação | 17 de setembro de 1974 |
Registo | 1975 (como AOC) |
Dissolução | 1983 |
Sede | Rua Ferreira Lapa, 25, 4.°, Lisboa, Portugal (quando AOC) |
Ideologia | Maoismo Nacionalismo de esquerda |
Espectro político | Extrema-esquerda |
Publicação | A Padeira de Aljubarrota[1] |
Dividiu-se de | PCP(ML) |
Cores | Vermelho |
O Partido Trabalhista (PT) foi um partido político de extrema-esquerda, maoista, criado a partir de uma facção do PCP(m-l), por iniciativa de Heduíno Gomes, de pseudónimo Vilar.
Inscrito oficialmente no STJ em 1975, com a denominação de Aliança Operário-Camponesa, alterou a sua denominação e sigla para "Partido Trabalhista" (PT) em 1979, tendo concorrido às eleições legislativas portuguesas de 1980, ano em que o seu símbolo passou a ser uma mão fechada empunhando uma rosa.[2]
Em 2000 foi decretada a sua extinção pelo Tribunal Constitucional por não desenvolver qualquer atividade, pelo desde 1983.
Tal como o PCP(m-l) e o MRPP, a AOC distinguia-se de outros grupos de extrema-esquerda por eleger o PCP e Álvaro Cunhal como inimigos principais ao invés da UDP, por exemplo, que coincidia com a esquerda tradicional ao designar o capitalismo e os Estados Unidos da América como principais adversários.
Em Julho de 2009 é aprovada pelo Tribunal Constitucional,[3] a constituição de um novo partido de nome quase idêntico mas ideologia completamente diferente, o Partido Trabalhista Português de centro-esquerda.
História
[editar | editar código-fonte]Em 1975 inscreveu-se como partido no Supremo Tribunal de Justiça com a denominação oficial de "Aliança Operária Camponesa" (A.O.C.)[4], tendo visto a sua atividade suspensa até às eleições para a Assembleia Constituinte de 1975, acusada de ações perturbadoras e antidemocráticas[5]. Posteriormente, como AOC, concorreu às eleições legislativas de 1976.
O seu logótipo era composto pelo castelo de Guimarães e o seu programa incluía a devolução de Olivença por parte de Espanha.[6] No entanto, o símbolo inicial da AOC era formado por uma espiga de trigo e por um martelo, que se cruzavam entre si sob uma estrela de cinco pontas.
Resultados Eleitorais
[editar | editar código-fonte]Eleições legislativas
[editar | editar código-fonte]Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | Notas |
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1975 | Banido[7] | ||||||||
1976 | José Nogueira da Silva[6] | 13.º | 15 778 | 0,29 / 100,00 |
0 / 263 |
Extra-parlamentar | |||
1979 | Não participou | ||||||||
1980 | 7.º | 39 408 | 0,65 / 100,00 |
0 / 250 |
Extra-parlamentar |
(fonte: Comissão Nacional de Eleições)
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista) — PCP(m-l)
- Partido Trabalhista Português — (PTP)
Referências
- ↑ «A_PADEIRA_d_aljubarrota_N1_ABR76.pdf». Google Docs. Consultado em 17 de dezembro de 2023
- ↑ «Partido Trabalhista». Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 20 de maio de 2010. Arquivado do original em 5 de setembro de 2007
- ↑ «Acórdão N.º 326/09». TC - Tribunal Constitucional. 1 de julho de 2009. Consultado em 11 de outubro de 2009
- ↑ «Acordão N.º 238/00». Tribunal Constitucional. Consultado em 20 de maio de 2010
- ↑ «Decreto-Lei n.º 137-E/75» (PDF). Diário da República. 17 de março de 1975. Consultado em 20 de maio de 2010
- ↑ a b «ALIANÇA OPERÁRIO-CAMPONESA (AOC)». EPHEMERA – Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira. 17 de maio de 2019. Consultado em 25 de novembro de 2023
- ↑ «COMISSÃO DEMOCRÁTICA PARA A REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO DA ALIANÇA OPERÁRIO-CAMPONESA (AOC)». EPHEMERA – Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira. 31 de agosto de 2013. Consultado em 17 de dezembro de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Informação» e «Símbolo da Aliança Operária Camponesa» no sítio da CNE
- «Informação» e «Símbolo do Partido Trabalhista» no sítio da CNE