Passagem do Chaco
Passagem do Chaco | |
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Autor | Pedro Américo |
Data | 1871 |
Gênero | pintura histórica |
Técnica | tinta a óleo, tela |
Dimensões | 198 centímetro, 205 centímetro x 240 centímetro, 259 centímetro |
Localização | Museu Histórico Nacional |
Descrição audível da obra no Wikimedia Commons | |
Passagem do Chaco é uma pintura de Pedro Américo, de 1871. A obra é do gênero pintura histórica e está localizada no Museu Histórico Nacional. Retrata um episódio da Guerra do Paraguai, em 1867, envolvendo Manuel Luís Osório. A pintura propõe-se a "glorificar" a atuação bélica brasileira no conflito no Paraguai, especialmente a Manobra de Piquissiri.[1][2][3][4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A obra foi produzida com pintura a óleo e suas medidas são: 198 centímetros de altura e 240 centímetros de largura. Faz parte da coleção de Museu Histórico Nacional.[1][2]
A representação privilegia a natureza, ficando a campanha militar brasileira, liderada por Osório, relegada a uma importância pictórica secundária. Sobre a obra, foi dito:[4]
“ | Na cena, os primeiros raios do vermelho da manhã caem sobre a infantaria montada. O pincel mágico de Américo teria colocado na tela os “vivos” primeiros raios do sol da manhã de forma tão sutil que o observador, na verdade, ainda não podia vê-los, mas já podia senti-los. Daí surge a pergunta: quem é que se atreveria a incomodar a tranquilidade dessa majestosa cena matinal? Apenas Osório, a “personificação da coragem” poderia fazê-lo; o herói, que havia atravessado o rio com uma tropa de doze soldados. Por um soldado tão corajoso e por um artista tão talentoso, o Brasil tinha que ser parabenizado. O quadro de Américo merecia aplauso também pelo simples fato de ter conseguido unir a representação de uma paisagem sublime com um acontecimento histórico glorioso para as futuras gerações. | ” |
A floresta representa o território brasileiro, enquanto a área pantanosa é o Paraguai. Na clareira, avista-se o campo militar paraguaio e, com isso, parece que a batalha vai iniciar-se.[5]
Contexto
[editar | editar código-fonte]Passagem do Chaco foi uma encomenda do governo imperial brasileiro para expor uma façanha bélica no contexto da Guerra do Paraguai. A obra foi possivelmente intitulada de início A passagem do Passo da Pátria e foi apresentada na Exposição Universal de 1876, na Filadélfia. Nessa apresentação inicial, a pintura de Pedro Américo foi aclamada como uma obra épica, com especial atenção aos detalhes e minúcias.[4][6]
Recepção
[editar | editar código-fonte]Aclamada, a obra de Pedro Américo também suscitou críticas, como a de Rozendo Moniz Barreto, segundo quem Passagem do Chaco teria privilegiado demais a natureza e não a façanha militar brasileira. Também foi criticada a falta de autenticidade na representação das condições geográficas da área representada no quadro.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «passagem do chaco – Portal do Instituto Brasileiro de Museus». www.museus.gov.br
- ↑ a b «Museu Histórico Nacional». www.museuhistoriconacional.com.br. Consultado em 4 de dezembro de 2017. Arquivado do original em 2 de dezembro de 2017
- ↑ «[Estudo para] Passagem do Chaco - Pedro Américo de Figueiredo e Melo - Google Arts & Culture»
- ↑ a b c d Schuster, Sven (15 de março de 2017). «A visão dos vencedores: O Brasil e a glorificação da Guerra do Paraguai nas exposições universais do século XIX». IBEROAMERICANA. 17 (64): 147–174. doi:10.18441/ibam.17.2017.64.147-174 – via journals.iai.spk-berlin.de
- ↑ «Passagem do Chaco (estudo) (Crossing the Chaco) (study)». Picturing the Americas. 30 de junho de 2015
- ↑ Cultural, Instituto Itaú. «Pintura Histórica | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural