Paulo José da Silva Gama
Paulo José da Silva Gama | |
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Nascimento | 1779 Rio de Janeiro |
Morte | 22 de março de 1826 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | político |
Paulo José da Silva Gama, primeiro barão com grandeza de Bagé (Rio de Janeiro, 1779 — Rio de Janeiro, 22 de março de 1826), foi um militar e político brasileiro, tendo sido o 48º governador da então província de Maranhão e 9º governador da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, de 30 de janeiro de 1803 a 9 de outubro de 1809,[1] além de almirante da armada real. Foi o 17º ministro do Superior Tribunal Militar.[2]
Filho dos portugueses Manuel da Silva Álvares, tenente-coronel, e de Teodora Joaquina da Gama. Casou-se em 1779 no Rio de Janeiro com Maria Joaquina Perpétua, com a qual gerou Paulo José da Silva Gama Filho, o segundo barão de Bagé.
O almirante Paulo Gama foi ministro do Superior Tribunal Militar, nomeado em 13 de janeiro de 1818.[3]
Durante o governo do Rio Grande do Sul realizou importantes obras na cidade de Porto Alegre, entre elas a abertura do Caminho Novo (hoje Avenida Voluntários da Pátria), doação à Câmara Municipal das áreas que hoje são o Parque Farroupilha e o Aeroporto Internacional Salgado Filho, calçou diversas ruas, apoiou a criação da Casa da Ópera, e fez construir o primeiro trapiche para a Alfândega.[4] Participou da fundação da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e foi o seu primeiro provedor.[5]
Durante seu governo a Capitania do Rio Grande de São Pedro, subordinada à Capitania do Rio de Janeiro, foi desanexada desta última, tornando-se a Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Foi a maior, a mais substancial e mais importante modificação até então verificada no governo da Capitania do Rio Grande de São Pedro. A real decisão foi expressa em carta-patente de 19 de setembro de 1807, representando o estabelecimento do governo rio-grandense independente, subordinado apenas ao vice-rei e capitão-general do Estado do Brasil.[6]
Faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de março de 1826, e foi sepultado no Convento de Santo Antônio (Rio de Janeiro).[7]
Títulos nobiliárquicos e honrarias
[editar | editar código-fonte]Agraciado cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo e fidalgo da Casa Real.
Barão de Bagé com honras de Grandeza, título conferido por decreto imperial em 26 de março de 1821; as grandezas foram concedidas em 22 de janeiro de 1823. Faz referência ao então povoado gaúcho de Bagé, significando cerro em charrua.
Seu nome batiza um jardim e uma rua em Porto Alegre.[4]
Referências
- ↑ Costa e Silva, Riograndino da. Notas à Margem da História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Globo, 1968, p. 215
- ↑ Ministros da Corte desde 1808. Esta fonte informa que seu nascimento ocorreu em 29 de março de 1748.
- ↑ Paulo José da Silva Gama
- ↑ a b Franco, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia Histórico. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS), 4ª edição, 2006, p. 185
- ↑ Meirelles, Pedro von Mengden. Os Filhos da Mãe Santíssima: Os Terceiros das Dores e os Irmãos da Misericórdia na Porto Alegre do século XIX (1800-1850). Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2021, pp. 262-270
- ↑ Costa e Silva, p. 119
- ↑ Sousa Docca, Emílio Fernandes de. História do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro : Edição da Organização Simões, 1954, p. 153
Precedido por Francisco João Roscio |
Governador do Rio Grande do Sul 1803 — 1809 |
Sucedido por Diogo de Sousa |
Precedido por José Tomás de Meneses |
Governador do Maranhão 1811 — 1819 |
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