Carioca de nascimento, Paulo Simões cresceu em Campo Grande, antigo Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul, onde descobriu a música e muitos futuros parceiros. A começar pelos irmãos Espíndola: trabalhou sucessivamente com Geraldo, Celito, Tetê, Alzira e Jerry. De volta ao Rio, onde se formou em Comunicação Social, conheceu Geraldo Roca, com quem compôs, em 1975, a consagrada canção "Trem do Pantanal". Depois de atuar alguns anos como jornalista, no cenário cultural carioca, voltou a residir em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), para dedicar-se exclusivamente à música.
Seu primeiro disco individual data de 1992: Paulo Simões & o Expresso Arrasta-Pé Volume I, incluía suas composições mais conhecidas até então, como "Trem do Pantanal" (com Geraldo Roca), "Comitiva Esperança" e "Sonhos Guaranis" (com Almir Sater) e "O Lobo da Estrada" (com Pedro Aurélio), esta última transformada em sucesso nacional por Sérgio Reis. O disco marcou também o lançamento do selo "Sauá", de Simões e Guilherme Rondon, responsável por incluir Mato Grosso do Sul no mapa fonográfico brasileiro.
Em 1994, iniciou o projeto "Chalana de Prata", grupo que reúne quatro expoentes da música do Mato Grosso do Sul. Além do próprio Simões, dele participam Celito Espíndola, Guilherme Rondon e o sanfoneiro Dino Rocha, sendo seu primeiro CD lançado em 1998, com grande repercussão.
Sua discografia é ampliada, no mesmo ano, com lançamento do Expresso Arrasta-Pé Volume 2, onde se destacam músicas como "Vida Bela Vida" (com Rondon) e "Labaredas" (com Rondon e Celito Espíndola), logo gravadas por diversos artistas regionais.
O álbum Rumo a 2 Mil e Uns trouxe seus trabalhos em parceria com o multi-instrumentista Antonio Porto, responsável pela direção musical deste CD. Nele, prevalece a incorporação de elementos regionais e fronteiriços sul-matogrossenses ao universo da música popular brasileira.[4]
Pantanal Alerta Brasil (1987) – Projeto Memória Fonográfica de Mato Grosso do Sul (show ao vivo, realizado no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, nos dias 19 e 20 de dezembro de 1987, com diversos artistas do pantanal matro-grossense: Almir Sater, Alzira Espíndola, Celito Espíndola, Geraldo Espíndola, Guilherme Rondon, João Fígar, Paulo Simões e Toninho Porto);
Caramujo Som - A Música De Mato Grosso Do Sul (1993);
GerAções (2011) – "Conversas e promessas" (Márcio de Camillo e Rodrigo Sater) interpretada por Paulo Simões e Melissa Azevedo;
Pantanais (2012) - João Ormond e Paulo Simões, Natura Musical;
IV Festival do Vale do Paraíba (2021) ”Tributo a Paulo Simões” - Artista homenageado pelo conjunto da obra.
Pantanal (remake 2022) [6]: "Assim os dias passarão", "Chamamé Comanda", "Trem do Pantanal", "Mês de Maio", "Comitiva Esperança", "Peabirú";
Paraíso (2009)[7]: "Ordem natural das coisas" (tema do personagem "Zeca") gravação de Rodrigo Sater;
Bicho do Mato (2006) [8]: "Lua Nova", gravação de Almir Sater;
Rei do Gado (1996): "A saudade é uma estrada longa";
TV Colosso (1993 a 1997)[9][10][11]: "Coça-Coça" (tema das pulgas), gravação de Sandy & Junior e "No mato sem cachorro" (tema do personagem contador de histórias "Jaca Paladium"), gravação de Sérgio Reis;
Pantanal (1990)[12]: "Comitiva Esperança" (tema da "comitiva dos peões de José Leôncio") gravação de Sérgio Reis;
Paraíso (1982)[13]: "Varandas" (tema da personagem "Rosinha") gravação de Almir Sater.
Indicado ao 32º Prêmio da Música Brasileira (2024) pela composição "Nos dias atuais" em parceria com o, também intérprete da canção, Gabriel Sater[14].
Indicado ao 17º Grammy Latino 2016 na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa com a composição "D de Destino" em parceria com Almir Sater e Renato Teixeira no álbum "AR". [15][16][17][18]
Prêmio Sharp de Melhor Composição Regional por "Paiaguás" em parceria com Guilherme Rondon (1992)