Saltar para o conteúdo

Perfuração septal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Perfuração septal
Perfuração septal
Aparência de um septo perfurado
Sinônimos Septo nasal perfurado
Especialidade Otorrinolaringologia
Sintomas Chiado, crosta(s), cicatriz(es), obstrução nasal, epistaxe, coriza, dor no nariz, cefaleia, mal odor[1]
Complicações Hemorragia e consequente hematoma, abscesso, desvio de septo[2]
Causas Cirurgia prévia ao nariz, trauma, umidificante nasal, uso de cocaína, infecções nasais
Fatores de risco Modalidades de quimioterapia, trauma, uso de spray intranasal, cirurgia na região[1]
Método de diagnóstico Biópsia, exame tomográfico, endoscopia
Prevenção Moderar aplicação e reprodução dos fatores de risco
Tratamento Conservador, cirúrgico
Medicação Umidificantes, descongestionantes, pomadas
Prognóstico Variável, conforme tamanho da lesão e existência de sintomatologia
Frequência 1%[3][carece de fonte melhor]
Classificação e recursos externos
MeSH D061270
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Um quadro de perfuração septal remonta a uma condição médica, na qual o septo nasal, a parede óssea/cartilaginosa que cinde as cavidades nasais, acede a uma fissura ou frincha.

O espectro pode ser engendrado através de um mecanismo direto, como piercings nasais, ou indiretamente, como por aplicação tópica de drogas a longo prazo, incluindo etilfenidato, metanfetamina, cocaína, pílulas calcadas, sprays nasais, ou, então, eventos de epistaxe crônicos, rinotilexomania, e como complicação de cirurgias nasais, vide septoplastia e rinoplastia. Causas ponderavelmente menos usuais assinalam envolvimento com, a título de exemplo, condições inflamatórias granulomatosas, como granulomatose com poliangiite. Já foi declarado como efeito colateral de drogas anti-angiogências, conforme uso de bevacizumab e outras medicações.[4]

Sinais e sintomas

[editar | editar código-fonte]

Um septo perfurado varia em tamanho e localização, sendo, consequentemente, encontrado em regiões profundas do nariz. Pode não promover manifestações; entretanto, em caso de avanço de indícios, o estado da ruptura regerá a gravidade e distensão dos sintomas. Furamentos ínfimos ou pequenos podem fomentar, durante a respiração, surgimento de ruídos, análogos aos causados num assobio. Aberturas maiores, trivialmente, provocam fenômenos mais avultados. Pode haver uma combinação de crostas, sangramento, dificuldade em respirar, pressão nasal e desconforto.[1] Quanto mais próxima a perfuração estiver das narinas, maior a probabilidade de incitar sintomas.

Dentre causas afectivas, tem-se sífilis, lepra e rinoscleroma. Causas não afectivas destravam abuso de cocaína e drogas de utilização similar, ou um corpo estranho in situ.[5]

Perfurações septais são gerenciadas com técnicas volúveis. O tratamento frequentemente depende da severidade dos sintomas, bem como do tamanho das perfurações. De modo geral, perfurações do septo anterior são mais incômodas e sintomáticas. Perfurações do septo posterior, que ocorrem iatrogenicamente, são frequentemente tratadas com observação simples[6] e às vezes com porções destinadas à cirurgia da base do crânio. Perfurações que não implicam em incômodo podem ser manejadas com apenas observação; todavia, são incapazes de fechar-se espontaneamente. Devido a tanto, postula-se que lesões sem potencial de crescência não requiram tratamento adicional. Em situações em que afere-se sangramento ou dor, o gerenciamento inceptivo pode aludir a umidificação e aplicação de pomadas nas extremidades para promover a cicatrização.[7] A mucosalização das bordas contribuem para o controle de dores epistaxes crônicas. Na entestação entre os possíveis tratamentos, portanto, a cirurgia é menos preferenciada.

Para perfurações conciliadas a anosmia, perda de olfato e 'assobio' persistente, nas quais desconfortos podem concernir a preocupações, o emprego de um botão de silicone septal é uma opção viável. Mesmo em ambiente clínico podem ser instaladas, uma vez ausente a necessidade de sedação. Complicações, vulgarmente, restringem-se a desconforto nasal.[8]

Para pacientes que desejem peremptória correção, os recursos decaem para somente cirurgia; para aqueles que estão determinados a serem medicamente liberados para cirurgia, a localização anatômica e o tamanho da perfuração devem ser analisados.

Múltiplas manobras para acessar o septo já foram descritas na literatura. Embora abordagens sublabiais e subfaciais de desluvamento tenham sido relatadas, a práxis mais refinada atualmente atina à rinoplastia, incluindo métodos tanto abertos quanto fechados. O método aberto suscita uma cicatriz na columela nasal, ainda que permita maior visibilidade para o cirurgião; o método fechado, em contraste, utiliza uma incisão, disposta por absoluto no interior do nariz.[9] O conceito por detrás do fechamento considera uma união dos limites da mucosa, de cada lado da perfuração, com tensão mínima.[10] Um enxerto de interposição é casualmente usado, que fomenta superior estabilidade e, também, estrutura à área da perfuração. Classicamente, usava-se um enxerto de couro cabeludo utilizando fáscia temporal.

Uma estratégia de rinoplastia aberta também permite melhor acesso ao nariz, a fim de reparar qualquer deformidade nasal simultânea, como reproduzido no nariz em sela, que ocorre com uma perfuração septal.

Para determinar candidaturas ao fechamento cirúrgico, é necessário determinar a etiologia da perfuração, comumente praticado com albergue em biópsias da região da ruptura, já que doenças autoimunes e contusões podem estar correlacionadas.[11][1] Químicos irritantes devem ser guindados, pois envolvimento com drogas - que remonta a maioria das peças irritantes - é competente de inaugurar aberturas.[12] Endoscopias também são congruentes. Caso exerça-se operações cirúrgicas, é ordinária a solicitação de um scan de TC dos seios nasais, sem contraste, e uma avaliação por um otolaringologista.

As taxas gerais de sucesso no fechamento da perfuração são contingentes, e frequentemente determinadas pela habilidade do cirurgião, a técnica utilizada e a mensuração da ferida.[13]

Referências

  1. a b c d Silver, Natalie. «What Is a Perforated Septum?». Healthline. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  2. Eisele, David; Smith, Richard (2009) [1993]. «COMPLICATIONS OF NASAL SURGERY AND EPISTAXIS MANAGEMENT». In: Scheidt, Scott; Yard, Rachel. Complications in Head and Neck Surgery E-Book (em inglês) 2° ed. [S.l.]: Mosby. p. 537. 828 páginas. ISBN 978-1-4160-4220-4. Consultado em 12 de fevereiro de 2020 
  3. Yildiz, Erkan; Ulu, Şahin; Kahveci, Orhan (2019). «What are the Factors Leading to Nasal Septal Perforations after Septoplasty?» [Quais são os fatores que levam à perfuração do septo nasal após a septoplastia?]. Clinmed International Library. Journal of Otolaryngology and Rhinology (em inglês). 5: 1. 4 páginas. ISSN 2572-4193. doi:10.23937/2572-4193.1510065. Consultado em 12 de fevereiro de 2020. Although the incidence of septal perforation is reported to be around 1%, it is actually much more. 
  4. Downs, Brian; Sauder, Haley (2019). «Septal Perforation». PMID 30725893 
  5. N. Williams (2000). «What are the causes of a perforated nasal septum?» [Quais são as causas de um septo perfurado?]. Grã-Bretanha. Occupational Medicine. 50 (2). 135-136. ISSN 1471-8405 
  6. Rami K Batniji (11 de julho de 2018). Septal Perforation - Medical Aspects Treatment & Management (Relatório) (em inglês). Medscape. Consultado em 12 de fevereiro de 2020. Perforations of the anterior septum may cause the sensation of nasal obstruction or result in a whistling sound upon nasal breathing. 
  7. Batniji, K Rami; Chmiel, F James; 2018
  8. Batniji, K Rami et al., 2018
  9. Pedroza, Fernando; Patrocinio, Lucas; Arevalo, Osiris (2007). «A Review of 25-Year Experience of Nasal Septal Perforation Repair» [Uma revisão de 25 anos de experiência de Reparo de Perfuração de Septo Nasal] (PDF). JAMA Network. Arch Facial Plast Surg. (em inglês). 9 (1): 16. doi:10.1001/archfaci.9.1.12. Consultado em 12 de fevereiro de 2020. A large number of techniques have been described for the surgical repair of SP, suggesting that it poses a significant challenge to the surgeon. Various approaches have been advocated depending on the size and site of the perforation, including external rhinoplasty; alarotomy; and endonasal, sublabial, midfacial degloving, and endoscopic procedures. 
  10. Pedroza, Fernando; Patrocinio, Lucas Gomes; Arevalo, Osiris; 2007, p. 13
  11. Metzinger, Stephen; Guerra, Aldo; 2005, p. 525
  12. Metzinger, Stephen et al., 2005, p. 525
  13. Mota, Sofia; Moura, Ivo; Guimarães, Ana; Adónis, Cristina; Freire, Felipe (2015). «Técnica de reparação de perfuração septal com retalhos bipediculados: A propósito de 3 casos» (PDF) (publicado em 2 de novembro de 2017). Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. 55 (1): 26. Consultado em 10 de fevereiro de 2020