Perseguição de Judeus

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Pogrom de Kaunas na Lituânia ocupada pelos alemães, Junho de 1941

A perseguição aos judeus tem sido um evento significativo na história judaica, provocando ondas de refugiados e a formação de comunidades da diáspora. Já em 605 a.C., judeus que viviam no Império Neobabilônico foram perseguidos e deportados.

O antissemitismo também foi praticado pelos governos de muitos impérios diferentes e pelos seguidores de muitas religiões diferentes, e também foi amplamente difundido em várias regiões do mundo.

Os judeus eram comumente usados como bodes expiatórios para tragédias e desastres, como nas perseguições que seguiram à da Peste Negra, no massacre de Granada de 1066, no Massacre de 1391 na Espanha, nos muitos Pogroms no Império Russo e nos princípios do Nazismo antes e durante a Segunda Guerra Mundial, que levaram ao Holocausto e ao assassinato de seis milhões de judeus.

Período antigo[editar | editar código-fonte]

Selêucidas[editar | editar código-fonte]

Quando a Judeia caiu sob a autoridade do Império Selêucida, o processo de helenização foi imposto por lei.[1] Isso efetivamente significava a exigência da prática religiosa pagã.[2] Em 167 a.C., o sacrifício judaico foi proibido, sábados e festas foram banidos e a circuncisão foi proibida. Altares aos deuses gregos foram erigidos e animais proibidos aos judeus foram sacrificados neles. Zeus Olímpico foi colocado no altar do Templo. A posse de escrituras judaicas tornou-se uma ofensa capital.

Império Romano[editar | editar código-fonte]

A Enciclopédia Judaica refere-se à perseguição dos judeus e à paganização de Jerusalém durante o reinado do imperador Adriano (117–138 d.C.):

Os judeus passaram por um período de amarga perseguição: sábados, festivais, o estudo da Torá e a circuncisão foram proibidos, e parecia que Adriano desejava aniquilar o povo judeu. Sua ira recaiu sobre todos os judeus de seu império, pois ele impôs um imposto de capitação opressivo. No entanto, a perseguição não durou muito, pois Antonino Pio (138–161) revogou os decretos cruéis. [3]

Período medieval[editar | editar código-fonte]

Na Idade Média, o antissemitismo na Europa era de natureza religiosa. Muitos cristãos, incluindo membros do clero, consideravam o povo judeu coletivamente responsável pela morte de Jesus. Como afirma o guia de encenações da Paixão do Boston College,

ao longo do tempo, os cristãos começaram a aceitar... que o povo judeu como um todo era responsável por matar Jesus. Segundo essa interpretação, tanto os judeus presentes na morte de Jesus Cristo quanto o povo judeu coletivamente e por toda a eternidade, cometeram o pecado de deicídio, ou 'assassinato de Deus'. Durante 1900 anos de história cristã-judaica, a acusação de deicídio levou ao ódio, à violência contra e ao assassinato de judeus na Europa e na América.[4]

Período moderno[editar | editar código-fonte]

Nazismo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: O Holocausto

A perseguição aos judeus atingiu a sua forma mais destrutiva nas políticas da Alemanha nazista, que fez da destruição dos judeus uma prioridade, culminando na morte de aproximadamente 6 milhões de judeus durante o Holocausto de 1941 a 1945.[5] Originalmente, os nazistas usavam esquadrões da morte, os Einsatzgruppen, para realizar massivos assassinatos ao ar livre de judeus no território que conquistaram. Em 1942, a liderança nazista decidiu implementar a Solução Final, o genocídio dos judeus da Europa e aumentar o ritmo do Holocausto, estabelecendo campos de extermínio especificamente para matar judeus, bem como outros indesejáveis, como pessoas que se opunham abertamente a Hitler.[6][7]

Referências

  1. VanderKam, James C. (2001). An Introduction to Early Judaism (em inglês). Grand Rapids, Mich.: Eerdmans. pp. 18–24. ISBN 978-0-8028-4641-9 
  2. «An Introduction to Early Judaism - 2001, Page viii by James C. Vanderkam» (em inglês). Consultado em 23 de março de 2016. Cópia arquivada em 4 de abril de 2016 
  3. Krauss, Samuel; Gottheil, Richard. «Hadrian». Jewish Encyclopedia (em inglês). Consultado em 18 de maio de 2024 
  4. Paley, Susan; Koesters, Adrian Gibbons. «A Viewer's Guide to Contemporary Passion Plays» (PDF) (em inglês). Creighton University. Consultado em 12 de março de 2006. Cópia arquivada (PDF) em 1 de março de 2011 
  5. Dawidowicz, Lucy. The War Against the Jews, Bantam, 1986.p. 403
  6. Manvell, Roger Goering New York:1972 Ballantine Books – War Leader Book #8 Ballantine's Illustrated History of the Violent Century
  7. «Ukrainian mass Jewish grave found». BBC News. 5 de junho de 2007. Consultado em 22 de novembro de 2011 
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