Saltar para o conteúdo

Vacina contra a COVID-19

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa mundial da proporção de pessoas que receberam pelo menos uma dose da vacina COVID-19 por país
Como a vacina do COVID-19 funciona. O vídeo mostra o processo de vacinação, desde a injeção com RNA ou vacinas de vetores virais, até a captação e tradução, e até a estimulação e efeito do sistema imunológico

As vacinas contra a COVID-19 são o conjunto de estudos e experimentos científicos para o desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19. Assim que a pandemia começou a apresentar um alto número de contágios pelo mundo inteiro, muitos laboratórios começaram a desenvolver e testar vacinas para erradicar a pandemia.

Em estudos de fase III de desenvolvimento, várias vacinas contra a COVID-19 demonstraram eficácia de até 95% na prevenção de infecções sintomáticas da doença.[a] Em março de 2021, 12 vacinas foram autorizadas por pelo menos uma autoridade reguladora nacional para uso público: duas vacinas de RNA (a Pfizer–BioNTech e a Moderna), quatro inativadas convencionais (BBIBP-CorV, CoronaVac, Covaxin e CoviVac), quatro de vetor viral (Sputnik V, a Oxford–AstraZeneca, a Convidecia e a Janssen da Johnson & Johnson) e duas de subunidade proteica (EpiVacCorona e RBD-Dimer). No total, em março de 2021, 308 vacinas candidatas estavam em vários estágios de desenvolvimento, com 73 em pesquisa clínica, incluindo 24 em testes de fase I, 33 em testes de fase II e 16 na fase III.[2]

Muitos países implementaram planos de distribuição em fases que priorizam aqueles com maior risco de complicações, como idosos, e aqueles com alto risco de exposição e transmissão, como profissionais de saúde.[3] Em 25 de março de 2021, 508,16 milhões de doses de vacinas contra COVID-19 foram administradas em todo o mundo com base em relatórios oficiais de agências nacionais de saúde.[4] A AstraZeneca-Oxford prevê produzir 3 bilhões de doses em 2021, Pfizer-BioNTech 1,3 bilhão de doses e Sputnik V, Sinopharm, Sinovac e Johnson & Johnson 1 bilhão de doses cada. Moderna tem como objetivo a produção de 600 milhões de doses e Convidecia 500 milhões de doses em 2021.[5][6] Em dezembro de 2020, mais de 10 bilhões de doses de vacinas foram encomendadas por vários países,[7] sendo que cerca de metade das doses foram adquiridas por países de alta renda, que compreendem apenas 14% da população mundial.[8]

Uma pesquisa em 2022 concluiu que as vacinas evitaram 20 milhões de mortes em todo o mundo no primeiro ano.[9]

Últimas atualizações

[editar | editar código-fonte]
  • Em 11 de março de 2021, a Novavax anunciou que a vacina NVX-CoV2373 tinha eficácia geral de 96,4% e previna 100% dos casos graves de covid;[10]
  • Também no dia 11, a EMA anunciou que havia liberado o uso da vacina da Jannsen na União Europeia;[11]
  • Em 27 de fevereiro, a FDA anunciou que tinha liberado a vacina da Janssen (Ad26.COV2.S) para uso emergencial em adultos nos Estados Unidos;[12]
  • Em 26 de fevereiro o Governo do Brasil anunciou que compraria 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin;[13]
  • Em 24 de fevereiro, Gana se tornou o primeiro país a receber vacinas do programa da OMS Covax Facilty.[14]

Vacinas aprovadas

[editar | editar código-fonte]

As seguintes vacinas estavam aprovadas para uso emergencial em setembro de 2021.[15]

COVID‑19: lberadas emergencialmente (Setembro de 2021)
Candidato vacinal

(desenvolvedor/financiador)

Situação atual País de origem Tecnologia Fase de teste; número de participantes Efeitos adversos Referências e notas
Comirnaty ou Tozinameran ou BNT162b2 (Pfizer-BioNTech) Liberada para uso emergencial, inclusive pela OMS para o programa Covax Facility[16] Alemanha e Estados Unidos RNA mensageiro Fase 3 encerrada; 43 548 participantes Comuns: fadiga e dor de cabeça

Raros: reação alérgica moderada ou grave

[17][18]
Moderna ou mRNA-1273 (Moderna, US National Institute of Allergy and Infectious Diseases e BARDA) Liberada para uso emergencial[16] Estados Unidos RNA mensageiro Fase 3 encerrada; 30 420 participantes Comuns: dor no local a aplicação, podendo às vezes ocorrer vermelhidão e inchaço

Raros: reação alérgica moderada ou grave

[18][19]
Oxford-AstraZeneca ou ChAdOx1 ou Covishield ou AZD1222 (University of Oxford e AstraZeneca) Liberada para uso emergencial, inclusive pela OMS para o Covax Facility[16] Reino Unido Vetor Viral não replicante Comuns: dor, sensação de calor e vermelhidão

Incomuns: coceira, inchaço; hematoma (manchas roxas), caroço no local da aplicação, sensação de indisposição de forma geral, sensação de cansaço, calafrio, sensação febril, febre, dor de cabeça, enjoos (náusea), dor nas articulação, dor muscular

[18][20]
Janssen Covid-19 ou Ad26.COV2.S ouJNJ-78436735 (Jannsen-Cilag) Liberada para uso emergencial[12] Estados Unidos Vetor viral não replicante Fase 3, com 44 000 voluntários [21][22]
CanSino ou Ad5-nCoV CanSino Biologics, Institute of Biotechnology of the Academy of Military Medical Sciences) Liberada para uso emergencial[16] China Vetor viral não replicante Fase 3 em andamento; 40 mil participantes Comuns: febre, dor e fadiga [23][24][25][26][27]

Nota: foi a primeira vacina a obter uma patente na China, em agosto de 2020.

CoronaVac ou Sinovac (Sinovac Biotech) Liberada para uso emergencial l[16] China Vírus inativado Fase 3 encerrada; 4 653 participantes Comuns: dor no local da aplicação, fadiga, febre, mialgia, diarreia, náusea e dor de cabeça [18]
Sinopharm-Pequim

(Sinopharm)

Liberada para uso emergencial[16] China Vírus inativado [28]
Covaxin ou BBV152

(Bharat Biotech)

Liberada para uso emergencial[29] Índia Vírus inativado Fase 3 encerrada; 25 800 participantes Comuns: dor no local da injeção, dor de cabeça, fadiga e febre [30][31][32]

Nota 1: a vacina foi liberada na Índia antes dos dados da fase 2 dos testes

Nota 2: no Brasil ela seria produzida em parceria com a Precisa Medicamentos

Sputnik V ou Gam-COVID-Vac (Instituto Gamaleya) Liberada para uso emergencial[16] Rússia Vetor viral não replicante Fase 3 em andamento; 19 866 Os eventos adversos, registrados por 94% dos participantes do estudo, mais comuns foram sensações parecidas com as causadas pela gripe, reações no local da injeção, dor de cabeça e astenia. [33][34] Nota: a vacina foi liberada antes do final dos testes da fase 3 como estratégia do governo russo para que ela fosse conhecida como a primeira registrada no mundo

Nota 2: no Brasil ela será produzida em parceria com a União Química

EpiVacCorona (Novosibirsk Scientific Center Vector) Liberada para uso emergencial[16] Rússia Sublinidade de proteína [35]

Nota: como acontece com a vacina Sputnik V, faltam dados robustos e certificados internacionalmente sobre a vacina

BBIBP-CorV Liberada para uso emergencial China Vírus inativado Fase 3
ZyCoV-D (Zydus Cadila) Liberada para uso emergencial India DNA Fase 3 em andamento. [36]
Medigen - Dynavax Liberada para uso emergencial Taiwan Sublinidade de proteica Fase 2/3 em andamento [37]
Abdala

(Centro de Ingeniería Genética y Biotecnología (CIGB)

Liberada para uso emergencial Cuba Sublinidade de proteína Fase 3 (48.000 voluntários) Está sendo estudada a aplicação intramuscular e intranasal[38]
Soberana 2 (FINLAY-FR-2) Liberada para uso emergencial Cuba Subunidade de proteína Fase 3 (44.010) [39]
Soberana Plus (Instituto Finlay) Liberada para uso emergencial Cuba Subunidade de proteína Fase 3 [39]

Vacinas em estudo

[editar | editar código-fonte]
COVID‑19: vacinas candidatas em (ao menos) teste de fase 1,2,3 (Setembro/2021)
Candidato vacinal

(desenvolvedor/financiador)

Situação atual País de origem Tecnologia Fase de teste; número de participantes Efeitos adversos Duração Referências e notas
NVX-CoV2373 ou Novavax Fase 3 Austrália Nanopartícula da proteína "spike" SARS-CoV-2 com adjuvante Fase 3 encerrada; >15 000 participantes Março de 2020 até Julho de 2021 [10][40]
Turkovac/ ERUCOV-VAC(Erciyes University) Fase 3 Turquia Vírus inativado Fase 3: 40 mil voluntarios, [41]
CovVLP (Medicago e GSK GlaxoSmithKline) Fase 3 Canadá e Estados Unidos Glicoproteína da spike do vírus Fase 3; 30 mil pessoas devem iniciar os testes em março de 2021 [42][43]
Arcturus (Arcturus Therapeuticse Duke-NUS Medical School) Fase 2 Califórnia (EU) e Singapura RNA Fase 2 (800 vonluntários) [41]
SCB-2019

(Clover Biopharm, GlaxoSmithKline)

Fase 2/3 Proteína "spike" trimérica com adjuvante GSK Fase 2/3( 22.000) Junho de 2020 até Março de 2021 [44]
Brilife (Israel Institute for Biological Research) Fase 2 Israel Vírus da estomatite vesicular alterado Fase 2, com 1.000 voluntários [41]
Genexine ou ARCoV ou GX-19

(Genexine Consortium, International Vaccine Institute)

Fase 2 Coreia do Sul Vacina de DNA Fase 1 (210) Junho de 2020 até Junho de 2022 Os testes iniciais foram ruins, tendo então a empresa reiniciado seus testes com uma vacina modificada.
INO-4800

(Inovio Pharmaceuticals, CEPI, Korea National Institute of Health, International Vaccine Institute)

Fase 1/2 Estados Unidos e Coreia do Sul Plasmid de DNA por electroporation Fase 1-2 (210) Abril de 2020 até Novembro de 2020 Fase I–II sul-coreana em paralelo com fase I nos Estados Unidos.[45]
LV-SMENP-DC

(Shenzhen Geno-Immune Medical Institute)

Fase 1/2 China Vacina de minigene lentiviral, células dendríticas modificadas com vetores lentivirais Fase 1/2 (100) Março 2020 até 2023
Vido ou Covac (University of Saskatchewan) Fase 1/2 Canadá Subunidades de proteína 108 [41]
Butanvac (Instituto Butantan) Fase 1 Brasil Vírus inativado da Doença de Newcastle Fase 1 e 2 com 1 800 voluntários [46]
Covid-19/aAPC

(Shenzhen Geno-Immune Medical Institute)

Fase 1 China Vetor lentiviral, dendritic cells para apresentação de antígenos patógeno-específica Fase 1 (100) Março de 2020 até 2023 [47]
Sputnik Light (Gamaleya e AstraZeneca) Fase 1 Rússia e Reino Unido Em dezembro de 2020, o Instituto Gamaleya e a farmacêutica AstraZeneca anunciaram que combinar suas vacinas Sputnik V e ChAdOx1 para criar a Sputnik Light.[41]
Versamune (Faculdade de Medicina de Ribeirão PretoUSP) Fase 1 Brasil Proteína recombinante [48]
SIlba / SARS-CoV-2 Inactivated for Lung B and T cell Activation (Immunethep) Ensaios não clínicos Portugal Vírus inativado [49]
Merck-IAVI Abandonado. Vetor viral [50]
LNP-nCoVsaRNA

(Medical Research Council (Clinical Trials Unit) na Imperial College)

Abandonado. Reino Unido RNA mensageiro

Processo de produção

[editar | editar código-fonte]

Pesquisa pré-clínica

[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento de vacinas no geral tem falha de 84 a 90%.[47][51] Como a covid-19 é causada por um vírus novo, os riscos associados ao desenvolvimento de uma vacina bem-sucedida em todas as etapas da pesquisa pré-clínica e clínica são possivelmente ainda mais altos. Para avaliar o potencial de eficácia da vacina, simulações de computador e novos modelos animais específicos para covid estão sendo desenvolvidos multinacionalmente, mas esses métodos não são testados por características desconhecidas do vírus da covid-19.[47]

Provavelmente, muitas candidatas a vacinas para a covid-19 apresentarão limitações devido à toxicidade, ineficácia em induzir respostas imunes ou falhas de dosagem em animais de laboratório ou devido ao subfinanciamento.[52][53] A probabilidade de sucesso de uma candidata à vacina contra doenças infecciosas ultrapassar barreiras pré-clínicas e atingir a Fase I é de 41 a 57%.

O comprometimento com o teste pela primeira vez em humanos de uma candidata a vacina representa um custo de capital substancial, estimado em US$ 14 milhões a US$ 25 milhões, atingindo até US$ 70 milhões.[52][54] Para comparação, durante a epidemia do vírus Ebola de 2013-16, havia 37 candidatas em desenvolvimento urgente, mas apenas uma acabou sendo bem-sucedida, envolvendo um custo total para confirmar a eficácia na Fase Ensaios II-III de cerca de US$ 1 bilhão.

Testes de Fase 1, 2 e 3

[editar | editar código-fonte]

Os ensaios da Fase I testam principalmente segurança e dosagem preliminar em algumas dezenas de indivíduos saudáveis, enquanto a Fase II avaliar imunogenicidade, dose e efeitos adversos.[55][56]

Uma fase combinada I-II consiste em testes preliminares de segurança e imunogenicidade, geralmente randomizados, controlado por placebo e em vários locais, enquanto determina doses mais precisas e eficazes.

O estágio III geralmente envolve mais participantes, incluindo um grupo controle, e testam a eficácia da vacina para prevenir a doença, enquanto monitoram os efeitos adversos na dose ideal.

Vacinas inespecíficas

[editar | editar código-fonte]

Algumas vacinas têm efeitos inespecíficos além da doença que previnem, apenas por estimular o sistema imune e inicialmente duas vacinas pareciam indicar que poderiam ajudar a combater covid-19: a BCG e a tríplice-viral ou MMR (sarampo-caxumba-rubéola).[57][58]

"A possibilidade [sobre a BCG] foi levantada formalmente em estudo ecológico proposto por Miller et al. (2020) em que indicava taxas de morbidade de 60 indivíduos por milhão de pessoas em países com vacinação universal com BCG, e de 265 por milhão em países sem essa política vacinal", reportou o website especializado PebMed em novembro de 2020, indicando também que havia limitações neste estudo que não haviam levado em conta o estágio da pandemia em cada país.

No entanto, um estudo - o Brace Trial - foi lançado com 10 mil voluntários na Austrália, Reino Unido, Espanha, Holanda e Brasil, sendo que até novembro de 2020 não havia conclusões.[59][60]

Quanto à MMR, um estudo feito com 80 pessoas e divulgado no mBio, jornal científico da American Society for Microbiology, indicou que quem foi imunizado com a vacina parecia ter tido sintomas mais leves do novo coronavírus.[58]

Potenciais limitações

[editar | editar código-fonte]

O rápido desenvolvimento e a urgência de produzir uma vacina para a pandemia de covid-19 podem aumentar os riscos e a taxa de falhas da entrega de uma vacina segura e eficaz.[47][61][62] Um estudo constatou que entre 2006 e 2015, a taxa de sucesso de obter aprovação para progresso da Fase I para fase III foram era de 16,2% para vacinas[51] e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) indica uma taxa de sucesso potencial de apenas 10% para candidatos a vacinas em desenvolvimento em 2020.

Um relatório do CEPI de abril de 2020 declarou: "É necessária uma forte coordenação e cooperação internacional entre desenvolvedores, reguladores, formuladores de políticas, financiadores, órgãos de saúde pública e governos para garantir que os candidatos promissores das vacinas em estágio avançado possam ser fabricados em quantidades suficientes e fornecidos equitativamente a todas as áreas afetadas, particularmente as regiões com poucos recursos".[47] No entanto, cerca de 10% da população considera as vacinas inseguras e desnecessárias, recusando a vacinação (a vacilação vacinal[63]  – o que aumenta o risco de propagação viral adicional que pode levar a surtos de covid-19.[64]

Preocupação com biossegurança

[editar | editar código-fonte]

Pesquisas iniciais para avaliar a eficácia da vacina usando modelos animais específicos do covid-19 precisam ser feitos num ambiente como nível 3 de biossegurança.[47][61]

Potencialização da doença por anticorpos

[editar | editar código-fonte]

Embora a qualidade e a quantidade de produção de anticorpos por uma vacina em potencial pretenda neutralizar a infecção por covid-19, uma vacina pode ter efeitos indesejados, causando a potencialização da doença por anticorpos (ADE, Antibody Dependent Enhancement), associada ao aumento da ligação do vírus ao seus alvos celulares, regulação positiva da secreção pró-inflamatória de citocinas e aumento da patologia de órgãos.[61][65] A plataforma de tecnologia da vacina, a dose da vacina e idade avançada são fatores que determinam o risco e extensão do ADE. A resposta de anticorpo a uma vacina é uma variável levada em consideração no desenvolvimento. Isso é considerado na avaliação de precisão do mecanismo vacinal e na escolha da via de administração (intramuscular, intradérmica, oral ou nasal).[66]

Causas possíveis de falha

[editar | editar código-fonte]

Falhas de produtos vacinatis resultam de vários fatores.[66] Inadequações da própria vacina podem ocorrer devido à eficácia tecnológica incompleta (menos de 60% da eficácia resulta em falha na criação de imunidade de grupo),[67] ineficácia da via de vacinação (músculo vs. pele, oral ou nasal) ou até falha na distribuição, sem uma cadeia de refrigeramento de vacinas para distribuição ou armazenamento. Determinantes relacionados ao hospedeiro ("vacinado") que tornam uma pessoa suscetível à infecção, como genética, estado de saúde (doença subjacente, nutrição, gravidez, sensibilidades ou alergias ), competência imune, idade e ambiente econômico ou cultural podem afetar a gravidade da infecção e a resposta a uma vacina. Pessoas idosas (acima de 60 anos), hipersensíveis a alérgenos e obesas têm suscetibilidade a imunogenicidade comprometida, o que impede ou inibe a eficácia da vacina, possivelmente exigindo tecnologias de vacina separadas para essas populações específicas ou vacinas repetitivas de reforço para limitar a transmissão do vírus.

Os desenvolvedores de vacinas precisam investir recursos para encontrar participantes suficientes para os ensaios clínicos da Fase II-III.[68] Como exemplo, em junho, o desenvolvedor chinês de vacinas, Sinovac, formou alianças na Malásia, Canadá, Reino Unido e Brasil para recrutar participantes de ensaios e fabricar doses de vacina suficientes para um possível estudo de Fase III no Brasil, onde a transmissão do covid-19 ainda está acelerando em junho.[69] À medida que a pandemia de covid-19 na China se tornava mais isolada e controlada, os desenvolvedores chineses de vacinas buscaram conduzir estudos humanos avançados em vários países, competindo com outras vacinas em desenvolvimento pelos Estados Unidos, por exemplo. Além da competição pelo recrutamento de participantes, os organizadores de ensaios clínicos podem encontrar pessoas que não desejam ser vacinadas devido ao movimento antivacina[64] ou não acreditam na ciência da tecnologia da vacina e em sua capacidade de prevenir a infecção.[70]

Limitações de pessoal treinado pode prejudicar também o desenvolvimento dos tests.[68] A definição de segurança, eficácia e desfechos clínicos da vacina em um estudo de Fase III pode variar entre os estudos de diferentes empresas, como a definição do grau de efeitos colaterais.[71][72] Além disso, existe a possibilidade do vírus sofrer mutação, fugindo dos alvos vacinais.[73][74]

Uma vacina eficaz para o coronavírus poderia economizar trilhões de dólares em impacto econômico global, justificando os investimentos na casa de bilhões.[75] Não há garantia que seja possível criar uma vacina para esse vírus, e caso seja possível, não é possível saber o custo de desenvolvimento antecipadamente.[76] Há risco de que bilhões de dólares possam ser investidos sem sucesso.[67][77][78]

Desafio com patógeno

[editar | editar código-fonte]

Estudos de desafio (nos quais os voluntários são infectados com a doença) foram implementados no passado para doenças menos fatais que a covid-19, como influenza comum, febre tifóide, cólera e malária. Após a prova preliminar de segurança e eficácia de uma vacina candidata em animais de laboratório e humanos saudáveis, estudos de desafio controlado podem ser implementados para contornar a fase III de pesquisa típica, fornecendo um caminho acelerado para licenciar uma vacina covid-19.[79]

Após os estudos pré-clínicos e de fase I, na fase II-III, voluntários previamente não infectados e de baixo risco (como adultos jovens), seriam deliberadamente infectados com covid-19 para comparação com um grupo controle com placebo.[79][80][81] Após o desafio, os voluntários seriam monitorados de perto nas clínicas com recursos para salvar vidas, se necessário. O risco de voluntariado para um estudo de desafio à vacina durante a pandemia do covid-19 pode ser comparado ao serviço de emergência da assistência de saúde a pessoas infectadas, bombeiros ou doadores de órgãos do covid-19.

Embora os estudos de desafio sejam eticamente questionáveis devido aos riscos desconhecidos para os voluntários, os estudos de desafio podem ser a única opção para produzir rapidamente uma vacina eficaz, evitando parte das milhões de mortes previstas devido à infecção por covid-19,[80][82] acordo com alguns especialistas em doenças infecciosas.[79][81] A Organização Mundial da Saúde desenvolveu um documento de orientação com critérios para a realização de estudos de desafio covid-19 em pessoas saudáveis, incluindo avaliação científica e ética, consulta e coordenação pública, seleção e consentimento informado dos participantes e monitoramento por especialistas independentes.[83]

No final de fevereiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não esperava que uma vacina contra o SARS-CoV-2, o vírus causador, estivesse disponível em menos de 18 meses.[84] Tentativas anteriores de desenvolver uma vacina contra as doenças dos coronavírus do SARS e MERS, estabeleceram um conhecimento considerável sobre a estrutura e a função dos coronavírus, o que acelerou o desenvolvimento de várias plataformas tecnológicas para uma vacina covid-19.[61]

No final de junho, a candidata vacinal desenvolvido pela Cansino Biotech, com bons resultados preliminares em humanos,[85] recebeu uma licença emergencial para uso para membros das forças armadas da China.[86] Esse foi o primeiro candidato a vacina contra a covid-19 a ser aprovado para uso não experimental.[86]

Em dezembro, cerca de 59 vacinas candidatas estavam em investigação clínica, 42 em testes de Fase I–II e 17 em testes de Fase II–III. Nenhuma vacina candidata ainda completou totalmente um ensaio de Fase III.[33][87][88]

Em novembro de 2020, a Pfizer Inc.,[89] Moderna[90] e a Universidade de Oxford (em colaboração com a AstraZeneca)[91][92] anunciaram resultados positivos de análises provisórias de seus ensaios de vacinas de Fase III. Em 2 de dezembro, a aprovação regulatória temporária foi concedida pela reguladora de medicamentos do Reino Unido, a MHRA, para a vacina Pfizer-BioNTech,[93] que também está sob avaliação para status de autorização de uso de emergência pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos e de diversos outros países.[94]

Antecedentes: esforços anteriores contra outros coronavírus

[editar | editar código-fonte]

Foram produzidas vacinas contra várias doenças causadas por coronavírus para uso animal, incluindo o vírus da bronquite infecciosa em aves, o coronavírus canino e o coronavírus felino.[95]

Esforços anteriores para desenvolver vacinas contra vírus da família Coronaviridae que afetam seres humanos foram direcionados ao coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS) e à síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). Vacinas contra SARS[96] e MERS[97] foram testadas em animais. Em 2020, não havia cura ou vacina protetora para a SARS que demonstrasse ser segura e eficaz em humanos.[98][99] De acordo com trabalhos de pesquisa publicados em 2005 e 2006, a identificação e desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos para o tratamento da SARS é uma prioridade para governos e agências de saúde pública em todo o mundo.[100][101][102]

Também não há vacina comprovada contra a MERS.[103] Quando o MERS se tornou predominante, acreditava-se que a pesquisa existente sobre o SARS pudesse fornecer um modelo útil para o desenvolvimento de vacinas e terapêuticas contra uma infecção por MERS-CoV.[98][104] A partir de 2016, os candidatos a vacina aguardavam testes clínicos.[105][106][107]

Esforços em 2020

[editar | editar código-fonte]

O SARS-CoV-2 foi identificado no final de 2019 como a causa da que mais tarde seria chamada covid-19. Uma pandemia se espalhou pelo mundo em 2020, levando a investimentos consideráveis em pesquisas para desenvolver uma vacina.

Muitas organizações estão usando genomas publicados para desenvolver possíveis vacinas contra o SARS-CoV-2.[108][109][110]

Os órgãos que trabalham para desenvolver as vacinas incluem o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças,[111][112] da Universidade de Hong Kong,[113] o Shanghai East Hospital, e outras universidades, como a Universidade de Washington em St. Louis.[114] Três projetos de vacina estão sendo apoiados pela CEPI, incluindo projetos das empresas de biotecnologia Moderna,[115] Inovio Pharmaceuticals e Universidade de Queensland.[116] Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) estão cooperando com a Moderna para criar uma vacina de RNA correspondente a um pico na superfície do coronavírus e pretendem iniciar testes em humanos em maio de 2020.[108] A Inovio Pharmaceuticals está desenvolvendo uma vacinação baseada em DNA em colaboração com uma empresa chinesa, planejando ensaios clínicos em humanos no verão do Hemisfério Norte de 2020.[117]

Na Austrália, a Universidade de Queensland está investigando o potencial de uma vacina de grampo molecular que modifica geneticamente proteínas virais para estimular uma reação imune.[116] No Canadá, o Centro Internacional de Vacinas (VIDO-InterVac), Universidade de Saskatchewan, recebeu financiamento federal para trabalhar em uma vacina, com o objetivo de iniciar testes em animais em março de 2020 e testes em humanos em 2021.[118][119]

Em janeiro de 2021, as Empresas Farmacêuticas Janssen começaram a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina, usando as mesmas tecnologias de sua vacina experimental contra o ébola para erradicar.[120] No mês seguinte, a Autoridade Biomédica Avançada de Pesquisa e Desenvolvimento do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (BARDA) anunciou que iria colaborar com a Janssen e, mais tarde, com a Sanofi Pasteur, para desenvolver uma vacina.[121] A Sanofi já havia trabalhado em uma vacina para a SARS e afirmou esperar ter um candidato a vacina dentro de seis meses, que poderia estar pronto para testar em pessoas dentro de um ano a 18 meses.[122] A Janssen está desenvolvendo uma vacina oral com seu parceiro de biotecnologia, Vaxart.[123]

A empresa de biotecnologia búlgara Micar21 vem desenvolvendo uma vacina geral contra o coronavírus nos últimos quatro anos e anunciou que iniciará os ensaios clínicos de uma vacina SARS-CoV-2 com base nessa pesquisa em meados de 2020.[124]

Em 26 de fevereiro de 2020, uma autoridade sanitária dos EUA do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) disse que levará "pelo menos um ano a um ano e meio na melhor das hipóteses" para desenvolver uma vacina para o coronavírus.[125]

Em 27 de fevereiro, o Folding@home, um projeto de computação distribuída que utiliza recursos computacionais voluntários para a pesquisa de doenças, anunciou que estava promovendo o desenvolvimento de vacinas usando simulações em computador para modelar a estrutura da proteína spike SARS-CoV-2.[126][127]

No início de março de 2020, a imprensa informou que o teste inicial da fase 1 de uma vacina SARS-CoV-2 da empresa de biotecnologia Moderna deve começar em breve.[128][129]

A Emergent Biosolutions se uniu à Novavax Inc. no desenvolvimento e fabricação de uma vacina. A Emergent produzirá a vacina em uma de suas instalações em Maryland, com base na tecnologia desenvolvida pela Novavax. Os parceiros planejam testes pré-clínicos e um ensaio clínico de fase 1 até julho de 2020.[130] A Emergent solicitou a Autoridade Biomédica Avançada de Pesquisa e Desenvolvimento (BARDA) do governo federal para ser escolhida para o projeto.[131] A Emergent também está desenvolvendo um tratamento que seria obtido no plasma sanguíneo daqueles que se recuperaram da covid-19.[132]

Em 12 de março de 2020, a autoridade do Ministério da Saúde da Índia do Instituto Nacional de Virologia, Pune, disse que eles isolaram com sucesso 11 cepas de coronavírus e que, mesmo em ritmo acelerado, levaria pelo menos um ano e meio a dois anos para desenvolver uma vacina.[133]

Entidades envolvidas

[editar | editar código-fonte]

A rápida expansão da pandemia em todo o mundo estimulou alianças internacionais e esforços governamentais para prover recursos para produção de vacinas,[134] inicialmente com quatro candidatas à vacina Covid entrando na fase de testes em humanos em março (veja a tabela de ensaios clínicos em 2020 abaixo).

A OMS, a CEPI e a Fundação Gates, entre outras entidades, passaram a dedicar dinheiro e outros recursos organizacionais para a perspectiva de várias vacinas serem necessárias para acabar com a pandemia e evitar surtos no futuro. A OMS estima um custo total de US$8 bilhões para desenvolver um conjunto de três ou mais vacinas com diferentes tecnologias e distribuição para prevenir covid-19 em todo mundo.

Em abril de 2020, a OMS a CEPI e outros lançaram a iniciativa ACT-Accelerator para acelerar o desenvolvimento de uma vacina. Na época, a OMS estimava que seriam necessários cerca de 30 bilhões de dólares entre 2020 e 2021 para a iniciativa.[135]

Organizações internacionais

[editar | editar código-fonte]

A CEPI (que está organizando um fundo mundial de US$2 bilhões para rápido investimento e desenvolvimento de candidatos a vacinas)[136] indicou em Abril que uma vacina pode estar disponível sob protocolos de uso emergencial em menos de 12 meses, ou no início de 2021.[47] Em maio de 2020, a OMS organizou um teleton que recebeu US$ 8,1 bilhões em promessas de investimento para apoiar o desenvolvimento de vacinas contra covid-19.[137] Em maio, anunciou também a implantação de um "ensaio de solidariedade" internacional para avaliação simultânea de vários candidatos a vacina atingindo os ensaios clínicos de Fase II-III.[134]

A CEPI criou um fundo de US$ 8 bilhões para pesquisa de oito candidatos a vacinas, e, subsequentemente, financiando três candidatos para licenciamento completo no período de 2020-21.[47][138][139] O Reino Unido, Canadá, Bélgica, Noruega, Suíça, Alemanha e Holanda já haviam doado US$ 915 milhões à CEPI até o início de maio.[78]

A Fundação Bill & Melinda Gates (Gates Foundation), uma organização de caridade privada, doou US$ 250 milhões em apoio à CEPI para pesquisa e apoio educacional público às vacinas covid-19.[67][76][77][140]

A Colaboração Global em Pesquisa para Preparação de Doenças Infecciosas (GLoPID-R) está trabalhando em estreita colaboração com a OMS e os Estados membros para identificar o as prioridades de pesquisa de financiamento específico para uma vacina covid-19, coordenando organizações internacionais para evitar duplicação de fundos.[141][142]

O Consórcio Internacional de Infecções Respiratórias Agudas Graves e Emergentes está organizando e divulgando informações clínicas sobre a pesquisa sobre a covid-19 para informar as políticas de saúde pública sobre eventual distribuição de vacinas.[143]

Em 4 de junho, uma cúpula virtual em Londres, Reino Unido reuniu representantes privados e governamentais de 52 países, incluindo 35 chefes de estado dos países do G7 e do G20, para arrecadar US$ 8,8 bilhões em apoio à misso da Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI) de preparar para as vacinas com covid-19 de 300 milhões de crianças em países subdesenvolvidos até 2025.[67][144][145] As principais contribuições foram de US$ 1,6 bilhão da The Gates Foundation[146] e £ 330 milhões por ano, durante cinco anos, pelo governo do Reino Unido (aproximadamente US$ 2,1 bilhões no total, na conversão de junho de 2020).

União Europeia

[editar | editar código-fonte]

Entre os países da União Europeia, a França anunciou um investimento de US$4.9 milhões em um consórcio de pesquisa de vacinas covid-19 via CEPI envolvendo o Institut Pasteur, Themis Bioscience (Viena, Áustria) e a Universidade de Pittsburgh, elevando o investimento total da CEPI na vacina covid-19 at a soma de US$ 480 milhões (até maio).[147][148]

Em março, a Comissão Europeia fez um investimento de € 80 milhões na CureVac, uma empresa alemã de biotecnologia, para desenvolver uma vacina de mRNA.[149] O governo alemão anunciou um investimento separado de € 300 milhões no CureVac em junho.[150] Bélgica, Noruega, Suíça, Alemanha e Holanda foram os principais contribuintes do esforço da CEPI na pesquisa de vacinas covid-19 na Europa.[78]

Governos nacionais

[editar | editar código-fonte]

Com a necessidade global de uma vacina, grupos de pesquisa brasileiros também voltaram a atenção para o desenvolvimento de uma vacina contra o SARS-CoV-2.

Uma das linhas de pesquisa é desenvolvida pelo InCor em parceria com a FMUSP e se encontra na fase de testes em animais.[151] A vacina desenvolvida por essa equipe é baseada na tecnologia de partículas pseudovirais (viral-like particles), que contém proteínas do vírus, mas sem material genético. Dessa forma a partícula é incapaz de se replicar, mas ainda induz uma resposta imunológica vacinal.[152][153] Também na Universidade de São Paulo, uma equipe com coordenação por professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP está formulando uma vacina com nanopartículas para imunização. Esse candidato vacinal encontra-se em fase de formulação e preparo para testes em animais.[154]

A falha na contenção da pandemia no Brasil (até Junho de 2020, ao menos) tornou o país atraente para os testes avançados de candidatos vacinais. Empresas em estágio avançado de desenvolvimento de candidatos vacinais, como a Sinovac e a AstraZeneca montaram parcerias em São Paulo com milhares de pessoas.[155][156]

O governo canadense, anunciou CA$ 275 milhões em financiamento para 96 projetos de pesquisa de vacinas.[157][158] Um investimento adicional de CA$ 1,1 bilhão foi adicionado para apoiar ensaios clínicos no Canadá e desenvolver cadeias de fabricação e fornecimento de vacinas[142] Em maio, o governo canadense comprometeu CA$ 850 milhões no esforço de transmissão ao vivo da OMS para arrecadar US$ 8 bilhões em vacinas e preparação para covid-19.[159]

Na China, o governo está concedendo empréstimos a taxas baixas a desenvolvedores de vacinas por meio de seu banco central e permitiu transferências de terras para construir fábricas de produção.[78] Em junho de 2020, seis dos 11 candidatos à vacina covid-19 em testes no estágio inicial de testagem em humanos eram desenvolvidos por organizações chinesas (ver tabela).[77] Em 18 de maio, a China prometeu US$ 2 bilhões para apoiar os esforços gerais da OMS para programas contra o covid-19.[160]

Estados Unidos

[editar | editar código-fonte]
Diagrama (em inglês) do Escritório de Responsabilidade do Governo dos EUA comparando um cronograma tradicional de desenvolvimento de vacinas com um possível cronograma acelerado

A Autoridade Biomédica Avançada de Pesquisa e Desenvolvimento dos Estados Unidos (BARDA), uma agência federal que financia tecnologia de combate a doenças, anunciou investimentos de quase US$ 1 bilhão para apoiar o desenvolvimento da vacina covid-19 americana e preparar-se para fabricar os candidatos mais promissores. Em 16 de abril, a BARDA fez um investimento de US$ 483 milhões na desenvolvedora de vacinas Moderna e sua parceira Johnson & Johnson.[78][161] A BARDA possui US$ 4 bilhões adicionais para investir no desenvolvimento de vacinas e pretende contribuir para levar seis a oito candidatos a vacinas para estudos clínicos entre 2020 e 2021 por empresas como Sanofi Pasteur e Regeneron.[110]

O então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visita uma fábrica da Pfizer, em Kalamazoo, Michigan, onde estava sendo produzido uma das vacinas contra o COVID-19.

Em 15 de maio, o governo dos EUA anunciou financiamento federal para um programa acelerado chamado Operação Warp Speed, que tem como objetivo ambicioso colocar diversos candidatos a vacinas em ensaios clínicos até o outono (norte-americano) de 2020 e fabricar 300 milhões de doses de uma vacina licenciada até janeiro 2021. O consultor chefe do projeto é Moncef Slaoui e seu diretor operacional é o general do exército Gustave Perna.[162][163] Em junho, a equipe da Warp Speed disse que trabalharia com sete empresas desenvolvendo candidatas à vacina covid-19: Moderna, Johnson & Johnson (Janssen), Merck, Pfizer e Universidade de Oxford, em colaboração com a AstraZeneca, além de duas outras.[164]

Em junho de 2020, pesquisadores do Exército dos EUA identificaram uma vacina de nanopartícula de Spike-Ferritina (SpFN) junto ao ajudante da Formulação Lipossômica do Exército (Army Liposome Formulation) como principal candidato e anunciaram que os testes em humanos começariam em breve.[165][166][167]

A Immunethep, sedeada no Biocant Park, em Cantanhede, está a desenvolver uma vacina para a COVID-19, composta pelo vírus inativado e destinada a potenciar a imunidade pulmonar. Sem necessidade do recurso a seringas e agulhas, esta vacina vai ser administrada por via nasal.[168] No mês de julho de 2021, a biotecnológica anunciou que os ensaios não clínicos da sua vacina contra o coronavírus já terminaram e demonstraram «uma elevada segurança e eficácia» numa infeção letal por SARS-CoV-2.[169] Embora o projeto já esteja pronto para ensaio clínico, ainda continuam à espera de 20 milhões de euros por parte do governo português.[170]

Em Abril de 2020, o governo do Reino Unido formou uma força-tarefa de vacina contra a covid-19 para estimular os esforços por meio de colaborações múltiplas.[171] As iniciativas de desenvolvimento de vacinas da Universidade de Oxford e da Imperial College de Londres foram financiadas com £ 44 milhões em abril.[172][173]

Parcerias e concorrência

[editar | editar código-fonte]

Estudo de solidariedade da OMS (WHO Solidarity trial)

[editar | editar código-fonte]

A OMS desenvolveu uma coalizão multinacional de cientistas de vacinas definindo um Perfil de Produto-Alvo Global (Target Product Profile, TPP) para a covid-19, identificando as características para de vacinas seguras e eficazes em duas grandes categorias: vacinas para proteção a longo prazo de pessoas com maior risco da covid-19, como profissionais de saúde, e vacinas para fornecer imunidade de resposta rápida a novos surtos.[134]

A equipe internacional de TPP foi formada para:

  1. avaliar o desenvolvimento das vacinas candidatas mais promissoras;
  2. mapear vacinas candidatas e seus ensaios clínicos em todo o mundo, publicando um "cenário" atualizado de vacinas em desenvolvimento;[33]
  3. avaliar rapidamente e rastrear as vacinas candidatas mais promissoras simultaneamente antes de serem testadas em seres humanos; e
  4. projetar e coordenar um ensaio clínico randomizado controlado internacionalmente em vários locais.[174]

Projeto adaptável do estudo Solidariedade

[editar | editar código-fonte]

Um desenho de estudo clínico em andamento pode ser modificado como um "desenho adaptável" se a os dados preliminares do estudo fornecer informações precoces sobre a eficácia positiva ou negativa do tratamento.[175][176] O teste de solidariedade da OMS é construído de forma a facilitar a alteração de parâmetros do teste à medida que os resultados surgirem.[174] As vacinas candidatas podem ser adicionadas ao Solidarity Trial à medida que se tornarem disponíveis (se os critérios de prioridade forem atendidos). Os candidatos a vacinas que demonstrarem pouca evidência de segurança ou eficácia em comparação com o placebo ou outras vacinas serão retirados do estudo internacional.

Os projetos adaptativos em ensaios clínicos de Fase II-III para vacinas candidatas podem encurtar a duração dos testes e usar menos sujeitos, agilizando as decisões quanto ao término ou sucesso precoce, evitando a duplicação dos esforços de pesquisa.[174][175]

Parcerias, concorrência e distribuição

[editar | editar código-fonte]

Grandes empresas farmacêuticas com experiência em produzir vacinas em escala, incluindo Johnson & Johnson, AstraZeneca e GlaxoSmithKline (GSK), estão formando aliança para acelerar a progressão para uma vacina eficaz.[77][78] Para combinar recursos, GSK se juntou à Sanofi em uma parceria incomum de empresas multinacionais para apoiar o desenvolvimento acelerado de vacinas.[177]

Devido à velocidade da pandemia, diversas organizações estão avaliando a distribuição das possíveis vacinas.[134] Os especialistas enfatizam que as vacinas licenciadas devem estar disponíveis e acessíveis para os profissionais da saúde e com as maiores necessidades.[178] Sob seu acordo com a AstraZeneca, o governo do Reino Unido e a equipe de desenvolvimento de vacinas da Universidade de Oxford e concordaram que os cidadãos do Reino Unido não teriam acesso preferencial a uma nova vacina da covid-19 desenvolvida pela universidade financiada pelos contribuintes, mas consentiram em ter uma vacina licenciada distribuída multinacionalmente. em cooperação com a OMS.[172] Várias empresas planejam fabricar uma vacina inicialmente a baixo custo, depois aumentam os custos em termos de rentabilidade mais tarde, após a contenção da pandemia.

A OMS e a CEPI estão desenvolvendo diretrizes financeiras para a implantação global de três ou mais vacinas covid-19, reconhecendo que a necessidade é diferente nos países e nos segmentos populacionais.[47][134][138][174] Tanto a OMS quanto a CEPI tem preocupações de que os países ricos não devam ter acesso prioritário ao suprimento global de eventuais vacinas covid-19.

Linhas de tempo comprimidas

[editar | editar código-fonte]

Questões geopolíticas, preocupações de segurança para populações vulneráveis e desafios de fabricação estão comprimindo os cronogramas de desenvolvimento da vacina.

Essa compressão leva a redução das etapas de testes para a escala de meses, em lugar da escala convencional de anos.[77] Como exemplo, os desenvolvedores chineses de vacinas e o Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças do governo começaram seus esforços em janeiro de 2020[179] e em março estavam perseguindo inúmeros candidatos em prazos curtos.[180]

Devido à velocidade necessária, os desenvolvedores e governos estão aceitando um alto risco de "curto-circuito" no processo de desenvolvimento da vacina, com riscos adicionais.[78]

Antes do licenciamento, precisam ser avaliados o nível de toxicidade aceitável da vacina (a segurança), sistemas especiais de administração (como oral ou nasal, em vez de por injeção), a dosagem e as características de estabilidade e armazenamento[67][181] Se uma vacina falhar no desenvolvimento (84-90% dos candidatos a vacina falham[47][51]) o investimento de um fabricante em uma candidata a vacina pode exceder US$ 1 bilhão e terminar com pouca utilidade prática.[77]

À medida que a pandemia se expande em 2020, as pesquisas nas universidades são obstruídas pela necessidade de distanciamento físico e fechamento de laboratórios.[182][183] Globalmente, os suprimentos críticos para pesquisa e desenvolvimento de vacinas são cada vez mais escassos devido à competição internacional ou ao sequestro de bens por outras nações.[184]

Cronogramas para a realização de pesquisas clínicas  – normalmente um processo seqüencial que requer anos  – estão sendo compactados em testes de segurança, eficácia e dosagem em execução simultânea durante meses, comprometendo potencialmente a garantia de segurança.[77][78]

Plataformas tecnológicas

[editar | editar código-fonte]
Candidatos em potencial para a produção de proteínas do SARS-CoV-2 que elicitem uma resposta imune

Em abril, os cientistas associados à CEPI de dez plataformas tecnológicas diferentes estavam em desenvolvimento.[47] Segundo a CEPI, as plataformas baseadas em DNA ou RNA mensageiro, ou seja, as vacinas de DNA ou RNA oferecem uma promessa considerável de obter respostas imunológicas fortes e podem ser rapidamente avaliadas, refinadas para estabilidade a longo prazo e preparadas para capacidade de produção em larga escala. Outras plataformas que estão sendo desenvolvidas em 2020 focam em vetores virais não replicantes, peptídeos, proteínas recombinantes, vírus vivos atenuados e vírus inativados.

Em geral, as tecnologias de vacinas que estão sendo desenvolvidas para o covid-19 não são como as vacinas já em uso para prevenir a gripe, mas estão usando estratégias de "próxima geração".[47] As plataformas também são projetadas levando em consideração mecanismos de suscetibilidade à infecção pelo covid-19 em subgrupos populacionais específicos, como idosos, crianças, mulheres grávidas e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido existente.

Comercialização e acesso justo

[editar | editar código-fonte]

Problemas de comercialização

[editar | editar código-fonte]

Até junho de 2020, dezenas de bilhões de dólares foram investidos por empresas, governos, organizações internacionais de saúde e grupos de pesquisa universitários para desenvolver dezenas de candidatos a vacinas.[76][185][186][187]

O investimento corporativo e a necessidade de gerar valor para os acionistas públicos levantam preocupações sobre uma "abordagem baseada no mercado", que pode prejudicar o acesso às vacinas.[77]

A colaboração da Universidade de Oxford com a AstraZeneca (uma empresa farmacêutica global com sede no Reino Unido) levantou preocupações sobre preço e compartilhamento de lucros, devido às entidades públicas envolvidas. A AstraZeneca afirmou que o preço inicial de sua vacina não incluiria uma margem de lucro para a empresa enquanto a pandemia ainda estivesse em expansão.

No início de junho, a AstraZeneca fez acordos com a CEPI e a GAVI para fabricar até dois bilhões de doses de vacina, se seu candidato à vacina de Oxford se mostrar seguro e eficaz.[188] A comercialização de vacinas pandêmicas é um empreendimento comercial de alto risco, potencialmente perdendo bilhões de dólares se as vacinas candidatas não forem seguras e eficazes.[76][77][78][185]

A multinacional farmacêutica Pfizer indicou que não estava interessada em uma parceria governamental, pois esse "terceiro" poderia desacelerar o progresso no programa de vacinas da Pfizer.[189]

Além disso, há preocupações de que os programas de desenvolvimento rápido – como o plano Operation Warp Speed dos Estados Unidos – estejam escolhendo candidatos a vacina principalmente por suas vantagens de fabricação (para adiantar o cronograma), em vez da tecnologia de vacina mais promissora em termos de segurança e eficácia.

Soberania nacional

[editar | editar código-fonte]

A distribuição preferencial de vacinas para países específicos, ( denominada "soberania vacinal") é uma crítica a algumas das parcerias de desenvolvimento de vacinas.[186][190] Para o candidato a vacina AstraZeneca-University of Oxford, há dúvidas sobre se há poderá ser priorizada a distribuição no Reino Unido e ao "maior lance" (os Estados Unidos, que fizeram um adiantamento de US$ 1,2 bilhão para garantir 300 milhões de doses de vacina).[187][191][192] Existem preocupações sobre se alguns países que produzem vacinas podem impor controles protecionistas que restringiriam exportação e até importação de vacinas para covid-19.[185]

Em junho, o Serum Institute of India – um grande fabricante de vacinas globais – recebeu um pedido antecipado da AstraZeneca por 100 milhões de doses de vacina e indicou que as doses fabricadas na Índia podem ir primeiro para os cidadãos indianos, conforme exigido pelo governo indiano.[193][194] Pode haver distribuição preferencial semelhante se uma vacina for fabricada na Austrália.[195]

Em meio às preocupações de que as vacinas produzidas na China seriam distribuídas primeiro por lá, o governo chinês prometeu em maio que uma vacina chinesa bem-sucedida se tornaria um "bem público global", inferindo que doses suficientes seriam fabricadas para distribuição nacional e global.[196]

Acesso igualitário

[editar | editar código-fonte]
Idoso recebendo a segunda dose da vacina CoronaVac na vacinação em massa no Rio Grande do Sul.

A OMS, CEPI e GAVI criaram a iniciativa COVAX, que trabalha para o acesso equitativo e global às vacinas covid-19.[197]

A CEPI orientou governos a garantir a implementação de um sistema justo para eventuais vacinas.[138] Tendo sido criado para monitorar a distribuição justa de vacinas contra doenças infecciosas para países de baixa e média renda,[190][198] a CEPI publicou diretrizes em junho para a distribuição equitativa das vacinas covid-19:

  1. "os preços das vacinas serão o mais baixo possível para territórios que são ou podem ser afetados por um surto de uma doença para a qual a CEPI foi usado para desenvolver uma vacina";
  2. "informações, know-how e materiais relacionados ao desenvolvimento de vacinas devem ser compartilhados com (ou transferidos para) a CEPI", de forma que este possa assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento de vacinas se uma empresa interromper o investimento em um candidato a vacina;
  3. a CEPI teria acesso e possível gerenciamento de direitos de propriedade intelectual (isto é, patentes ) para vacinas promissoras;
  4. "A CEPI receberia uma parte dos benefícios financeiros que poderiam advir do desenvolvimento de vacinas patrocinadas pela CEPI, para reinvestir no apoio à sua missão de fornecer benefícios globais à saúde pública"; e
  5. a transparência dos dados entre os parceiros de desenvolvimento deve manter a Declaração da OMS sobre Divulgação Pública dos Resultados dos Ensaios Clínicos e incentivar a publicação dos resultados em periódicos publicamente disponíveis. Alguns fabricantes de vacinas se opuseram a partes dessas propostas.[186]

Grupos internacionais, como o Centro de Ativismo Artístico e as Universidades Aliadas para Medicamentos Essenciais, defendem o acesso equitativo às vacinas para covid-19.[199][200]

Os cientistas[quais?] encorajaram que a OMS, CEPI, empresas e governos colaborem para garantir a alocação de eventuais vacinas contra covid-19 para populações mais vulneráveis aos impactos da doença.[76][185][186][190][198]

As diferentes vacinas podem possuir eficácia diferente para cada variante da doença.[1] Em 2022, a variante predominante no mundo é a Omnicron.[201][202] Uma das características da Ómicron é o escape a anticorpos neutralizantes - tanto aqueles desenvolvidos naturalmente, através da contração da doença, como aqueles obtidos através da vacinação.[203][204][205]

Referências

  1. a b «Coronavirus Disease 2019 (COVID-19)». Centers for Disease Control and Prevention (CDC). 11 de fevereiro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2021. Current evidence indicates that the level of protection may not be the same for all viral variants. 
  2. «COVID-19 vaccine development pipeline (Refresh URL to update)». Vaccine Centre, London School of Hygiene and Tropical Medicine. 1 de março de 2021. Consultado em 10 de março de 2021 
  3. Beaumont, Peter (18 de novembro de 2020). «Covid-19 vaccine: who are countries prioritising for first doses?». The Guardian. ISSN 0261-3077. Consultado em 26 de dezembro de 2020 
  4. «Coronavirus (COVID-19) Vaccinations – Statistics and Research». Our World in Data. Consultado em 7 de fevereiro de 2021 
  5. «Which companies will likely produce the most COVID-19 vaccine in 2021?». Pharmaceutical Processing World. 5 de fevereiro de 2021. Consultado em 1 de março de 2021 
  6. «China can hit 500-mln-dose annual capacity of CanSinoBIO COVID-19 vaccine this year». Yahoo! Sport. Consultado em 1 de março de 2021 
  7. Mullard, Asher (30 de novembro de 2020). «How COVID vaccines are being divvied up around the world Canada leads the pack in terms of doses secured per capita». Nature. doi:10.1038/d41586-020-03370-6 
  8. So, Anthony D; Woo, Joshua (Dezembro de 2020). «Reserving coronavirus disease 2019 vaccines for global access: cross sectional analysis». BMJ. 371: m4750. ISSN 1756-1833. PMC 7735431Acessível livremente. doi:10.1136/bmj.m4750 
  9. Lancet, The (24 de junho de 2022). «New Research: COVID-19 Vaccines Saved 20 Million Deaths Worldwide in the First Year». SciTechDaily (em inglês). Consultado em 24 de junho de 2022 
  10. a b «Novavax Confirms High Levels of Efficacy Against Original and Variant COVID-19 Strains in United Kingdom and South Africa Trials | Novavax Inc. - IR Site». ir.novavax.com (em inglês). Consultado em 12 de março de 2021 
  11. EMA (11 de março de 2021). «EMA recommends COVID-19 Vaccine Janssen for authorisation in the EU». EMA. Consultado em 12 de março de 2021 
  12. a b Commissioner, Office of the (27 de fevereiro de 2021). «FDA Issues Emergency Use Authorization for Third COVID-19 Vaccine». FDA (em inglês). Consultado em 28 de fevereiro de 2021 
  13. «Covid-19: no Brasil, governo assina contrato para compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin - Wikinotícias». pt.wikinews.org. Consultado em 28 de fevereiro de 2021 
  14. «COVID-19 vaccine doses shipped by the COVAX Facility head to Ghana, marking beginning of global rollout». www.who.int (em inglês). Consultado em 28 de fevereiro de 2021 
  15. «Coronavirus (COVID-19) Vaccinations - Statistics and Research». Our World in Data. Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  16. a b c d e f g h «50 países começaram a vacinação contra covid-19; leia a lista». Poder360. 31 de dezembro de 2020. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  17. Polack, Fernando P.; Thomas, Stephen J.; Kitchin, Nicholas; Absalon, Judith; Gurtman, Alejandra; Lockhart, Stephen; Perez, John L.; Pérez Marc, Gonzalo; Moreira, Edson D. (31 de dezembro de 2020). «Safety and Efficacy of the BNT162b2 mRNA Covid-19 Vaccine». New England Journal of Medicine (27): 2603–2615. ISSN 0028-4793. doi:10.1056/NEJMoa2034577. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  18. a b c d «A eficácia da CoronaVac e demais vacinas explicada em 4 gráficos». BBC News Brasil. Consultado em 29 de janeiro de 2021. De acordo com os dados, na prática, a eficácia de 50% significa que quem não tomar a vacina terá o dobro de chances de desenvolver a covid-19 caso pegue o vírus 
  19. Baden, Lindsey R.; El Sahly, Hana M.; Essink, Brandon; Kotloff, Karen; Frey, Sharon; Novak, Rick; Diemert, David; Spector, Stephen A.; Rouphael, Nadine (30 de dezembro de 2020). «Efficacy and Safety of the mRNA-1273 SARS-CoV-2 Vaccine». New England Journal of Medicine (0): null. ISSN 0028-4793. doi:10.1056/NEJMoa2035389. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  20. «AZD1222 SARS-CoV-2 Vaccine». Precision Vax LLC. Cópia arquivada em 5 de junho de 2020 
  21. «Vacina da J&J é 72% eficaz contra Covid-19 nos EUA e 66% em teste mais amplo - Reuters». br.reutersmedia.net. Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  22. «Pesquisa & Desenvolvimento da vacina candidata da Janssen contra a COVID-19». Janssen Brasil. Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  23. Zhu. «Safety, tolerability, and immunogenicity of a recombinant adenovirus type-5 vectored COVID-19 vaccine: a dose-escalation, open-label, non-randomised, first-in-human trial». The Lancet. ISSN 0140-6736. doi:10.1016/S0140-6736(20)31208-3 
  24. «康希诺生物 CanSinoBIO». www.cansinotech.com. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  25. Saúde, iG (20 de julho de 2020). «Vacina chinesa Ad5-nCOV é segura e induz resposta imune, afirmam cientistas». Saúde. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  26. «CanSino says its COVID-19 vaccine has no serious adverse events, meets efficacy criteria in interim analysis - Global Times». www.globaltimes.cn. Consultado em 1 de fevereiro de 2021 
  27. Farooq, Gibran Naiyyar Peshimam, Umar (8 de fevereiro de 2021). «CanSinoBIO's COVID-19 vaccine 65.7% effective in global trials, Pakistan official says». Reuters (em inglês). Consultado em 11 de abril de 2021 
  28. «China aprova vacina da Sinopharm contra a Covid-19 para uso geral». CNN Brasil. Consultado em 28 de fevereiro de 2021 
  29. «Alvo da rede privada no Brasil, vacina indiana Covaxin gera críticas por aprovação apressada». BBC News Brasil. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  30. «Vacina desenvolvida na Índia gera resposta imunológica, diz estudo». www.uol.com.br. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  31. Ella, Raches; Vadrevu, Krishna Mohan; Jogdand, Harsh; Prasad, Sai; Reddy, Siddharth; Sarangi, Vamshi; Ganneru, Brunda; Sapkal, Gajanan; Yadav, Pragya (21 de janeiro de 2021). «Safety and immunogenicity of an inactivated SARS-CoV-2 vaccine, BBV152: a double-blind, randomised, phase 1 trial». The Lancet Infectious Diseases (em inglês) (0). ISSN 1473-3099. doi:10.1016/S1473-3099(20)30942-7. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  32. «Vacina Covaxin apresenta eficácia de 81%, diz laboratório indiano». Agência Brasil. 3 de março de 2021. Consultado em 4 de março de 2021 
  33. a b c «Draft landscape of COVID 19 candidate vaccines» (em inglês). Organização Mundial da Saúde. 12 de novembro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  34. Logunov, Denis Y.; Dolzhikova, Inna V.; Shcheblyakov, Dmitry V.; Tukhvatulin, Amir I.; Zubkova, Olga V.; Dzharullaeva, Alina S.; Kovyrshina, Anna V.; Lubenets, Nadezhda L.; Grousova, Daria M. (2 de fevereiro de 2021). «Safety and efficacy of an rAd26 and rAd5 vector-based heterologous prime-boost COVID-19 vaccine: an interim analysis of a randomised controlled phase 3 trial in Russia». The Lancet (em inglês) (0). ISSN 0140-6736. doi:10.1016/S0140-6736(21)00234-8. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  35. «EpiVacCorona: Rússia diz que sua segunda vacina contra a Covid-19 é 100% eficaz». CNN Brasil. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  36. «Zydus Cadila: India approves world's first DNA Covid vaccine». BBC News (em inglês). 20 de agosto de 2021. Consultado em 6 de setembro de 2021 
  37. «Taiwan approves Medigen's COVID-19 vaccine candidate». Reuters (em inglês). 19 de julho de 2021. Consultado em 6 de setembro de 2021 
  38. Meneses, Yaima Puig (29 de dezembro de 2020). «Confirman seguridad de los candidatos vacunales Abdala y Mambisa». Presidencia de Cuba (em espanhol). Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  39. a b «Cuba autoriza o uso de emergência do Soberana 02 e Soberana Plus». http://www.prensalatina.com.br/index.php?o=rn&id=44061&SEO=cuba-autoriza-o-uso-de-emergencia-do-soberana-02-e-soberana-plus (em inglês). Consultado em 28 de setembro de 2021 
  40. «Vacina da Novavax tem 89,3% de eficácia contra a Covid-19». CNN Brasil. Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  41. a b c d e Zimmer, Carl; Corum, Jonathan; Wee, Sui-Lee (10 de junho de 2020). «Coronavirus Vaccine Tracker». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 28 de janeiro de 2021 
  42. «Medicago and GSK start Phase 3 trial of adjuvanted COVID-19 vaccine candidate | GSK». www.gsk.com (em inglês). Consultado em 16 de março de 2021 
  43. «Medicago and GSK start Phase 3 trial of adjuvanted COVID-19 vaccine candidate». www.medicago.com. Consultado em 8 de abril de 2021 
  44. «Clover Biopharmaceuticals starts Phase I Covid-19 vaccine trial». Clinical Trials Arena 
  45. «IVI, INOVIO, and KNIH to partner with CEPI in a Phase I/II clinical trial of INOVIO's COVID-19 DNA vaccine in South Korea». International Vaccine Institute 
  46. «Butantan cria nova vacina contra a covid-19 e deve pedir autorização para testes nesta sexta-feira». GZH. 26 de março de 2021. Consultado em 26 de março de 2021 
  47. a b c d e f g h i j k l Thanh Le. «The COVID-19 vaccine development landscape». DOI 10.1038/d41573-020-00073-5. Nature Reviews Drug Discovery. 19: 305–306. ISSN 1474-1776. PMID 32273591 
  48. «Governo federal protocola pedido de testes de nova vacina feita no Brasil». CNN Brasil. Consultado em 26 de março de 2021 
  49. «COVID-19: Vacina portuguesa com "elevada segurança e eficácia" ao concluir ensaios não clínicos». Jornal Médico. 13 de julho de 2021 
  50. «Merck Discontinues Development of SARS-CoV-2/COVID-19 Vaccine Candidates; Continues Development of Two Investigational Therapeutic Candidates». Merck.com (em inglês). Consultado em 17 de julho de 2021 
  51. a b c «Clinical Development Success Rates 2006-2015» (PDF). BIO Industry Analysis. Cópia arquivada (PDF) em 12 de setembro de 2019 
  52. a b «Estimating the cost of vaccine development against epidemic infectious diseases: a cost minimisation study». Gouglas D, Thanh Le T, Henderson K, Kaloudis A, Danielsen T, Hammersland NC, Robinson JM, Heaton PM, Røttingen JA. Lancet Global Health. 6: e1386–96. PMC 7164811Acessível livremente. PMID 30342925. doi:10.1016/S2214-109X(18)30346-2 
  53. «Early Drug Discovery and Development Guidelines: For Academic Researchers, Collaborators, and Start-up Companies». Assay Guidance Manual. Eli Lilly & Company and the National Center for Advancing Translational Sciences. [S.l.: s.n.] 1 de julho de 2016. PMID 22553881 
  54. «Innovation in the pharmaceutical industry: New estimates of R&D costs» (PDF). DiMasi JA, Grabowski HG, Hansen RW. Journal of Health Economics. 47: 20–33. PMID 26928437. doi:10.1016/j.jhealeco.2016.01.012 
  55. «Vaccine Safety – Vaccines». vaccines.gov. US Department of Health and Human Services. Cópia arquivada em 22 de abril de 2020 
  56. «The drug development process». U.S. Food and Drug Administration (FDA). Cópia arquivada em 22 de fevereiro de 2020 
  57. «Trained immunity: consequences for the heterologous effects of BCG vaccination.». Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene. 109: 29–35. PMID 25573107. doi:10.1093/trstmh/tru168 
  58. a b «Vacina tríplice viral pode atenuar sintomas da covid-19, sugere estudo». Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  59. «Fiocruz inicia pesquisa com vacina BCG para Covid-19». Fiocruz. Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  60. PebMed (13 de novembro de 2020). «A controversa proteção da vacina BCG contra Covid-19: Epidemiologia vs Imunologia». PebMed. Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  61. a b c d Diamond. «The challenges of vaccine development against a new virus during a pandemic». Cell Host and Microbe. PMC 7219397Acessível livremente. PMID 32407708. doi:10.1016/j.chom.2020.04.021 
  62. «Underpromise, overdeliver». Science. 367. 1405 páginas. PMID 32205459. doi:10.1126/science.abb8492 
  63. «Ten health issues WHO will tackle this year». World Health Organization. 2019. Cópia arquivada em 11 de novembro de 2019 
  64. a b Dubé. «Vaccine hesitancy: an overview». Human Vaccines and Immunotherapeutics. 9: 1763–1773. ISSN 2164-554X. PMC 3906279Acessível livremente. PMID 23584253. doi:10.4161/hv.24657 
  65. Iwasaki. «The potential danger of suboptimal antibody responses in COVID-19». Nature Reviews Immunology. ISSN 1474-1733. PMC 7187142Acessível livremente. PMID 32317716. doi:10.1038/s41577-020-0321-6 
  66. a b Wiedermann. «Primary vaccine failure to routine vaccines: Why and what to do?». Human Vaccines and Immunotherapeutics. 12: 239–243. ISSN 2164-554X. PMC 4962729Acessível livremente. PMID 26836329. doi:10.1080/21645515.2015.1093263 
  67. a b c d e Gates, Bill. «The vaccine race explained: What you need to know about the COVID-19 vaccine». The Gates Notes. Cópia arquivada em 14 de maio de 2020 
  68. a b Cohen, Jon. «Pandemic vaccines are about to face the real test». Science. 368: 1295-6. doi:10.1126/science.368.6497.1295 
  69. «Brazil joins China in quest for vaccine». Global Times-China. Cópia arquivada em 22 de junho de 2020 
  70. Veronica Stracqualursi. «Fauci warns of 'anti-science bias' being a problem in US». CNN. Cópia arquivada em 21 de junho de 2020 
  71. «How flu vaccine effectiveness and efficacy are measured». Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Immunization and Respiratory Diseases, US Department of Health and Human Services. Cópia arquivada em 7 de maio de 2020 
  72. «Principles of epidemiology, Section 8: Concepts of disease occurrence». Centers for Disease Control and Prevention, Center for Surveillance, Epidemiology, and Laboratory Services, US Department of Health and Human Services. Cópia arquivada em 6 de abril de 2020 
  73. «Middle East respiratory syndrome». Lancet. 386: 995–1007. PMC 4721578Acessível livremente. PMID 26049252. doi:10.1016/S0140-6736(15)60454-8 
  74. «Is the coronavirus mutating? Yes. But here's why you don't need to panic». Science News. Cópia arquivada em 21 de junho de 2020 
  75. Gates, Bill. «The first modern pandemic: The scientific advances we need to stop COVID-19». The Gates Notes. Cópia arquivada em 13 de maio de 2020 
  76. a b c d e Gates B. «Responding to Covid-19: A once-in-a-century pandemic?». The New England Journal of Medicine. 382: 1677–1679, doi 10.1056/nejmp2003762. PMID 32109012 
  77. a b c d e f g h i «With Pressure Growing, Global Race for a Vaccine Intensifies». The New York Times. ISSN 0362-4331. Cópia arquivada em 11 de maio de 2020 
  78. a b c d e f g h i Peter Eisler. «Special Report: Countries, companies risk billions in race for coronavirus vaccine». Reuters. Cópia arquivada em 15 de maio de 2020 
  79. a b c Cohen. «Speed coronavirus vaccine testing by deliberately infecting volunteers? Not so fast, some scientists warn». Science. doi:10.1126/science.abc0006 
  80. a b Eyal. «Human challenge studies to accelerate coronavirus vaccine licensure». The Journal of Infectious Diseases. 221: 1752–1756. PMC 7184325Acessível livremente. PMID 32232474. doi:10.1093/infdis/jiaa152 
  81. a b «Should scientists infect healthy people with the coronavirus to test vaccines?». Nature. 580: 17, ̃DOI 10.1038/d41586-020-00927-3. PMID 32218549 
  82. «The global impact of COVID-19 and strategies for mitigation and suppression» (PDF). doi:10.25561/77735 
  83. «Key criteria for the ethical acceptability of COVID-19 human challenge studies» (PDF). World Health Organization. Cópia arquivada (PDF) em 8 de maio de 2020 
  84. «Here's Why It's Taking So Long to Develop a Vaccine for the New Coronavirus». ScienceAlert. Cópia arquivada em 28 de fevereiro de 2020 
  85. «[Agência Lupa] Lupa na Ciência: Por que são positivos os resultados do primeiro teste em humanos da vacina chinesa contra Covid-19». Agência Lupa. 1 de junho de 2020. Consultado em 1 de julho de 2020 
  86. a b «Candidata a vacina contra Covid-19 da CanSino é aprovada para uso militar na China». G1. Consultado em 1 de julho de 2020 
  87. Le, Tung Thanh; Cramer, Jakob P.; Chen, Robert; Mayhew, Stephen (setembro de 2020). «Evolution of the COVID-19 vaccine development landscape». Nature Reviews Drug Discovery (em inglês). 19 (10): 667–68. ISSN 1474-1776. PMID 32887942. doi:10.1038/d41573-020-00151-8. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  88. «COVID-19 vaccine tracker (Choose vaccines tab, apply filters to view select data)» (em inglês). Milken Institute. Consultado em 4 de dezembro de 2020. Resumo divulgativo 
  89. «Pfizer and BioNTech Announce Vaccine Candidate Against COVID-19 Achieved Success in First Interim Analysis from Phase 3 Study». Pfizer (em inglês). 9 de novembro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  90. «Moderna's COVID-19 Vaccine Candidate Meets its Primary Efficacy Endpoint in the First Interim Analysis of the Phase 3 COVE Study | Moderna, Inc.». investors.modernatx.com (em inglês). 16 de novembro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  91. «AZD1222 vaccine met primary efficacy endpoint in preventing COVID-19». www.astrazeneca.com (em inglês). 23 de novembro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  92. «Oxford University breakthrough on global COVID-19 vaccine». www.research.ox.ac.uk (em inglês). 23 de novembro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  93. «UK medicines regulator gives approval for first UK COVID-19 vaccine» (em inglês). Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency, Government of the UK. 2 de dezembro de 2020. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  94. Benjamin Mueller (2 de dezembro de 2020). «U.K. Approves Pfizer Coronavirus Vaccine, a First in the West». The New York Times (em inglês). Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  95. «Severe acute respiratory syndrome vaccine development: Experiences of vaccination against avian infectious bronchitis coronavirus». Avian Pathology. 32: 567–582. 2003. PMID 14676007. doi:10.1080/03079450310001621198 
  96. «Effects of a SARS-associated coronavirus vaccine in monkeys». The Lancet. 362: 1895–1896. 2003. PMID 14667748. doi:10.1016/S0140-6736(03)14962-8 
  97. «Immunogenicity of an adenoviral-based Middle East Respiratory Syndrome coronavirus vaccine in BALB/C mice». Vaccine. 32: 5975–5982. 2014. PMID 25192975. doi:10.1016/j.vaccine.2014.08.058 
  98. a b «Development of SARS vaccines and therapeutics is still needed». Future Virology. 8: 1–2. 2013. doi:10.2217/fvl.12.126 
  99. «SARS (severe acute respiratory syndrome)». National Health Service. Cópia arquivada em 9 de março de 2020 
  100. «Development and Characterization of a Severe Acute Respiratory Syndrome–Associated Coronavirus–Neutralizing Human Monoclonal Antibody That Provides Effective Immunoprophylaxis in Mice». The Journal of Infectious Diseases. 191: 507–14. PMID 15655773. doi:10.1086/427242 
  101. «Monoclonal antibodies to SARS-associated coronavirus (SARS-CoV): Identification of neutralizing and antibodies reactive to S, N, M and E viral proteins». Journal of Virological Methods. 128: 21–8. PMID 15885812. doi:10.1016/j.jviromet.2005.03.021 
  102. «Therapy with a Severe Acute Respiratory Syndrome–Associated Coronavirus–Neutralizing Human Monoclonal Antibody Reduces Disease Severity and Viral Burden in Golden Syrian Hamsters». The Journal of Infectious Diseases. 193: 685–92. PMID 16453264. doi:10.1086/500143 
  103. Shehata, M.M., Gomaa, M.R., Ali, M.A. et al. Middle East respiratory syndrome coronavirus: a comprehensive review. Front. Med. 10, 120–136 (2016). doi:10.1007/s11684-016-0430-6
  104. Butler. «SARS veterans tackle coronavirus». Nature. 490. 20 páginas. Bibcode:2012Natur.490...20B. PMID 23038444. doi:10.1038/490020a 
  105. «Novavax creates MERS-CoV vaccine candidate». Vaccine News Daily. Cópia arquivada em 2 de maio de 2014 
  106. «businesswire.com» (Nota de imprensa). Cópia arquivada em 1 de agosto de 2014 – via Business Wire 
  107. «ncbi.nlm.nih.gov» (Nota de imprensa) – via NIH 
  108. a b «With Wuhan virus genetic code in hand, scientists begin work on a vaccine». Reuters. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2020 
  109. Praveen Duddu. Coronavirus outbreak: Vaccines/drugs in the pipeline for Covid-19 Arquivado em 2020-02-19 no Wayback Machine. clinicaltrialsarena.com 19/2/2020.
  110. a b «These nine companies are working on coronavirus treatments or vaccines — here's where things stand». MarketWatch 
  111. «China CDC developing novel coronavirus vaccine». Xinhua News Agency. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2020 
  112. «Chinese scientists race to develop vaccine as coronavirus death toll jumps». South China Morning Post. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2020 
  113. «Hong Kong researchers have developed coronavirus vaccine, expert reveals». South China Morning Post. Cópia arquivada em 28 de janeiro de 2020 
  114. «Wash U Scientists Are Developing A Coronavirus Vaccine». St. Louis Public Radio. Cópia arquivada em 7 de março de 2020 
  115. «Biotech company Moderna says its coronavirus vaccine is ready for first tests». CNN. Cópia arquivada em 28 de fevereiro de 2020 
  116. a b «Lessons from SARS outbreak help in race for coronavirus vaccine». The Guardian. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2020 
  117. «Coronavirus: Scientists race to develop a vaccine». BBC News. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2020 
  118. «Saskatchewan lab joins global effort to develop coronavirus vaccine». CBC News. The Canadian Press. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2020 
  119. «U of S team gets federal dollars to develop COVID-19 vaccine». Saskatoon StarPhoenix. Cópia arquivada em 9 de março de 2020 
  120. Orr (ed.). «Johnson & Johnson working on vaccine for deadly coronavirus». Reuters. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2020 
  121. «hhs-engages-sanofis-recombinant-technology-for-2019-novel-coronavirus-vaccine» (Nota de imprensa). Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2020 
  122. «Sanofi announces it will work with HHS to develop coronavirus vaccine». STAT. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2020 
  123. «Vaxart (VXRT) - A long shot or perfect shot?». NASDAQ, RTTNews.com 
  124. «Костадин Петков, София Тех Парк: Работим с иновативни фирми, които са разработили молекула за лечение на коронавирус». Focus 
  125. «Health official says coronavirus vaccine will take 'at least a year to a year and a half' to develop». The Hill 
  126. «Help Cure Coronavirus with Your PC's Leftover Processing Power». Tom's Hardware 
  127. «Folding@home takes up the fight against COVID-19 / 2019-nCoV». Folding@home 
  128. Staff. «Moderna Press Release - 3/3/2020». Moderna 
  129. «Will Moderna Make a Fortune Off Its Coronavirus Vaccine? - There's a lot of excitement surrounding this vaccine, but is there any money to be made from it?». The Motley Fool 
  130. «Novavax's coronavirus vaccine program is getting some help from Emergent BioSolutions,». American City Business Journals. Washington Business Journal 
  131. «Lansing company looking to help develop coronavirus vaccine,». WILX Television. Gray Televiision 
  132. «As Virus Spreads, Drugmakers Are On the Case». Wall Street Journal. Dow Jones and Co. 
  133. «Will take one-and-a-half to two years for India to develop vaccine for COVID-19: Health Ministry». Economic Times 
  134. a b c d e «Update on WHO Solidarity Trial – Accelerating a safe and effective COVID-19 vaccine». World Health Organization. Cópia arquivada em 30 de abril de 2020. It is vital that we evaluate as many vaccines as possible as we cannot predict how many will turn out to be viable. To increase the chances of success (given the high level of attrition during vaccine development), we must test all candidate vaccines until they fail. [The] WHO is working to ensure that all of them have the chance of being tested at the initial stage of development. The results for the efficacy of each vaccine are expected within three to six months and this evidence, combined with data on safety, will inform decisions about whether it can be used on a wider scale. 
  135. «The Access to COVID-19 Tools (ACT) Accelerator». www.who.int (em inglês). Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  136. «CEPI welcomes UK Government's funding and highlights need for $2 billion to develop a vaccine against COVID-19». Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, Oslo, Norway. Cópia arquivada em 22 de março de 2020 
  137. Damon Wake. «World leaders urge cooperation in vaccine hunt, raise $8 billion». Yahoo Finance 
  138. a b c Gavin Yamey, Marco Schäferhoff, Richard Hatchett, Muhammad Pate, Feng Zhao, Kaci Kennedy McDade. «Ensuring global access to COVID-19 vaccines» (PDF). The Lancet. 305: 1405–6. CEPI estimates that developing up to three vaccines in the next 12–18 months will require an investment of at least US$ 2 billion. This estimate includes phase 1 clinical trials of eight vaccine candidates, progression of up to six candidates through phase 2 and 3 trials, completion of regulatory and quality requirements for at least three vaccines, and enhancing global manufacturing capacity for three vaccines. 
  139. «Landmark global collaboration launched to defeat COVID-19 pandemic». CEPI. Cópia arquivada em 2 de maio de 2020. The global nature of a pandemic means that any vaccine or medicine that is successfully developed will be needed immediately all over the world. That means that the challenge we face is not only one of R&D but one of manufacturing at scale, and equitable access. 
  140. «Bill Gates thinks there are 8 to 10 promising coronavirus vaccine candidates and one could be ready in as little as 9 months». Business Insider. Cópia arquivada em 16 de maio de 2020 
  141. «GloPID: Novel coronavirus COVID-19». glopid-r.org. Cópia arquivada em 2 de maio de 2020 
  142. a b «Government of Canada's research response to COVID-19». Government of Canada. Cópia arquivada em 13 de maio de 2020 
  143. «ISARIC: COVID-19 clinical research resources». ISARIC. Cópia arquivada em 30 de março de 2020 
  144. «Global Vaccine Summit 2020: World leaders make historic commitments to provide equal access to vaccines for all». Global Alliance for Vaccines and Immunisation. Cópia arquivada em 6 de junho de 2020 
  145. «COVID-19: Gavi steps up response to pandemic». Global Alliance for Vaccines and Immunisation. Cópia arquivada em 27 de abril de 2020 
  146. «Bill & Melinda Gates Foundation pledges $1.6 billion to Gavi, the Vaccine Alliance, to protect the next generation with lifesaving vaccines». PR Newswire. The Bill & Melinda Gates Foundation. Cópia arquivada em 4 de junho de 2020 
  147. «CEPI: Our vaccine and platform portfolio». Coalition for Epidemic Preparedness Innovation (CEPI). Cópia arquivada em 7 de maio de 2020 
  148. «CEPI collaborates with the Institut Pasteur in a consortium to develop COVID-19 vaccine». Coalition for Epidemic Preparedness Innovations. Cópia arquivada em 22 de março de 2020 
  149. «Coronavirus: Commission offers financing to innovative vaccines company CureVac». European Commission. Cópia arquivada em 19 de março de 2020 
  150. «Corona-Impfstoff: Bundesregierung beteiligt sich an Impfstoffhersteller CureVac». www.spiegel.de (em alemão). Der Spiegel. Cópia arquivada em 16 de junho de 2020 
  151. «Potencial vacina brasileira contra covid-19 começa a ser testada em animais – Jornal da USP». jornal.usp.br. Consultado em 27 de junho de 2020 
  152. «Cientistas brasileiros estão desenvolvendo vacina contra novo coronavírus». AGÊNCIA FAPESP. Consultado em 27 de junho de 2020 
  153. «Desenvolvimento de vacina anti-SARS-CoV-2 utilizando VLPs». Biblioteca Virtual da FAPESP. Consultado em 27 de junho de 2020 
  154. «Vacina em spray, com aplicação no nariz, será testada contra a covid-19 – Jornal da USP». jornal.usp.br. Consultado em 1 de julho de 2020 
  155. «[Agência Lupa] Lupa na Ciência: O que sabemos sobre a vacina chinesa que será testada em 9 mil brasileiros». Agência Lupa. 17 de junho de 2020. Consultado em 27 de junho de 2020 
  156. «[Agência Lupa] Lupa na Ciência: Resultados de primeira fase de testes da vacina de Oxford com humanos ainda são desconhecidos». Agência Lupa. 8 de junho de 2020. Consultado em 27 de junho de 2020 
  157. «Canada to spend $192M on developing COVID-19 vaccine». Global News. Cópia arquivada em 9 de abril de 2020 
  158. «Government of Canada funds 49 additional COVID-19 research projects – Details of the funded projects». Government of Canada. Cópia arquivada em 22 de março de 2020 
  159. «'A global challenge': PM Trudeau commits $850 million to global fight against COVID-19». CTV News. Cópia arquivada em 10 de maio de 2020 
  160. «China's Xi announces $2B for coronavirus response as WHO faces calls for investigation». NBC News. Cópia arquivada em 18 de maio de 2020 
  161. «In quest for vaccine, US makes 'big bet' on company with unproven technology». CNN. Cópia arquivada em 13 de maio de 2020 
  162. Cohen, Jon. «U.S. 'Warp Speed' vaccine effort comes out of the shadows». Science. 368: 692–693. ISSN 0036-8075. PMID 32409451. doi:10.1126/science.368.6492.692 
  163. «Trump introduces 'Warp Speed' leaders to hasten COVID-19 vaccine». Bloomberg. Cópia arquivada em 21 de maio de 2020 
  164. «White House Works With Seven Drugmakers in 'Warp Speed' Push». Bloomberg. Cópia arquivada em 3 de junho de 2020 
  165. Harper, Jon. «COVID-19 NEWS: Army Making Progress in Race for Vaccine». National Defense Magazine. Cópia arquivada em 14 de junho de 2020 
  166. Simmons, Carla. «SpFN US Army's Coronavirus Vaccine Contender to Start Human Trials This Month». Science Times 
  167. Osborn, Kris. «A New Coronavirus Vaccine Made by the Army Heads to Human Trials». The National Interest 
  168. Olímpia Mairos (12 de fevereiro de 2021). «Vacina portuguesa contra a Covid-19 pode estar no mercado no próximo ano». Rádio Renascença 
  169. «Vacina portuguesa termina ensaios não clínicos com "elevada segurança e eficácia"». Público. 13 de julho de 2021 
  170. Vera Lúcia Arreigoso (19 de agosto de 2021). «Covid-19. Vacina portuguesa à espera de €20 milhões». Expresso 
  171. Morriss, Emma. «Government launches coronavirus vaccine taskforce as human clinical trials start». Pharmafield 
  172. a b «How close are we to a coronavirus vaccine? Latest news on UK trials». The Telegraph. ISSN 0307-1235. Cópia arquivada em 4 de maio de 2020 
  173. «Landmark partnership announced for development of COVID-19 vaccine». University of Oxford. Cópia arquivada em 13 de maio de 2020 
  174. a b c d «An international randomised trial of candidate vaccines against COVID-19: Outline of Solidarity vaccine trial» (PDF). World Health Organization. Cópia arquivada (PDF) em 12 de maio de 2020 
  175. a b «Adaptive designs in clinical trials: why use them, and how to run and report them». BMC Medicine. 16. 29 páginas. PMC 5830330Acessível livremente. PMID 29490655. doi:10.1186/s12916-018-1017-7 
  176. «Adaptive designs for clinical trials of drugs and biologics: Guidance for industry». U.S. Food and Drug Administration (FDA). Cópia arquivada em 13 de dezembro de 2019 
  177. McGrail, Samantha. «Sanofi, GSK partner to develop adjuvanted COVID-19 vaccine». PharmaNewsIntelligence. Cópia arquivada em 9 de maio de 2020 
  178. «R&D Blueprint: A coordinated global research roadmap – 2019 novel coronavirus» (PDF). World Health Organization. Cópia arquivada (PDF) em 15 de maio de 2020 
  179. «Chinese scientists race to develop vaccine as coronavirus death toll jumps». South China Morning Post. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2020 
  180. «China's coronavirus vaccine drive empowers a troubled industry». The New York Times. ISSN 0362-4331. Cópia arquivada em 4 de maio de 2020 
  181. Simpson. «Disease X: accelerating the development of medical countermeasures for the next pandemic». The Lancet. Infectious Diseases. 20: e108–e115. ISSN 1474-4457. PMC 7158580Acessível livremente. PMID 32197097. doi:10.1016/S1473-3099(20)30123-7 
  182. Tom Blackwell. «COVID-19 vaccine researchers say pandemic lockdown placing many serious obstacles to their work». National Post 
  183. Justin Chen. «Covid-19 has shuttered labs. It could put a generation of researchers at risk». STAT. Cópia arquivada em 6 de maio de 2020 
  184. «US and China unleash wallets in race for coronavirus vaccine». Nikkei Asian Review. Cópia arquivada em 10 de maio de 2020 
  185. a b c d «A COVID-19 vaccine will need equitable, global distribution». Harvard Business Review. ISSN 0017-8012. Cópia arquivada em 9 de junho de 2020 
  186. a b c d «COVID-19 pandemic reveals the risks of relying on private sector for life-saving vaccines, says expert». CBC Radio. Cópia arquivada em 13 de maio de 2020 
  187. a b Ahmed, Darius D. «Oxford, AstraZeneca COVID-19 deal reinforces 'vaccine sovereignty'». STAT. Cópia arquivada em 12 de junho de 2020 
  188. Blankenship, Kyle. «AstraZeneca unveils massive $750M deal in effort to produce billions of COVID-19 shots». FiercePharma. Cópia arquivada em 10 de junho de 2020 
  189. Cohen. «Top U.S. scientists left out of White House selection of COVID-19 vaccine short list». Science. ISSN 0036-8075. doi:10.1126/science.abd1719 
  190. a b c Bollyky. «The equitable distribution of COVID-19 therapeutics and vaccines». JAMA. doi:10.1001/jama.2020.6641 
  191. «U.S. secures 300 million doses of potential AstraZeneca COVID-19 vaccine». The Guardian. Cópia arquivada em 10 de junho de 2020 
  192. «U.S. likely to get Sanofi vaccine first if it succeeds». Bloomberg. Cópia arquivada em 8 de junho de 2020 
  193. «Serum Institute investing USD 100 million on potential COVID-19 vaccine». The Economic Times 
  194. «How one Indian company could be world's door to a COVID-19 vaccine». Reuters (em inglês). Cópia arquivada em 9 de junho de 2020 
  195. Khamsi. «If a coronavirus vaccine arrives, can the world make enough?». Nature (em inglês). 580: 578–580. doi:10.1038/d41586-020-01063-8 
  196. «China pledges to make its coronavirus vaccine a 'public good'». The National Post. Bloomberg 
  197. «COVAX». www.who.int (em inglês). Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  198. a b Huneycutt. «Finding equipoise: CEPI revises its equitable access policy». Vaccine. 38: 2144–2148. PMC 7130943Acessível livremente. PMID 32005536. doi:10.1016/j.vaccine.2019.12.055 
  199. «Vaccine for COVID-19». The Center for Artistic Activism. 2020. Cópia arquivada em 9 de junho de 2020 
  200. «UAEM response to COVID-19». Universities Allied for Essential Medicines. Cópia arquivada em 21 de abril de 2020 
  201. «Omicron is currently the dominant variant circulating globally». Organização Mundial da Saúde. Consultado em 12 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2022 
  202. «Omicron SARS-CoV-2 variant of concern: A review on its transmissibility, immune evasion, reinfection, and severity». Medicine (Baltimore). doi:10.1097/MD.0000000000029165 
  203. «Sensitivity to Vaccines, Therapeutic Antibodies, and Viral Entry Inhibitors and Advances To Counter the SARS-CoV-2 Omicron Variant». Clinical Microbiology Reviews. doi:10.1128/cmr.00014-22. The Omicron variant evades the protection rendered by vaccine-induced antibodies and natural infection 
  204. «Omicron escapes the majority of existing SARS-CoV-2 neutralizing antibodies». NPG Open Access. doi:10.1038/s41586-021-04385-3. Using this method, we rapidly characterized the profile of RBD escaping mutations for a total of 247 neutralizing antibodies (Supplementary Data 1). Half of the neutralizing antibodies were part of the antibodies identified by us using single-cell V(D)J sequencing of antigen-specific memory B cells from individuals who had been infected with SARS-CoV-2 (hereafter, SARS-CoV-2 convalescent individuals); individuals who had been vaccinated against SARS-CoV-2; and individuals with a previous infection of SARS-CoV-1 (SARS-CoV-1 convalescent individuals) who had recently been vaccinated against SARS-CoV-2 (Supplementary Data 2). The other half of the neutralizing antibodies were identified by groups worldwide3,5,6,11,17–40 (Supplementary Table 1). 
  205. «Israeli trial, world's first, finds 4th dose 'not good enough' against Omicron». Times of Israel. 17 de janeiro de 2022 

Notas

  1. As diferentes vacinas podem possuir eficácia diferente para cada variante da doença[1]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]