Pico da Grota
Pico da Grota | |
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Coordenadas | |
Altitude | 1082,73 m (3552 pés) |
Localização | Minas Gerais Brasil |
Primeira ascensão | 15/12/1951 |
Rota mais fácil | Partir da Igreja de São Pedro, no bairro de mesmo nome, na cidade de Juiz de Fora - MG; seguir na Av. Senhor dos Passos em direção à BR-040, passando pelo bairro Cruzeiro, na direção do condomínio Alpha Ville, e continuar na estrada da Grota dos Pintos, do lado oposto da BR-040 (fazer o retorno na rodovia), passando pelo restaurante Tradição Mineira e seguindo em direção ao Sítio do Sr.Jorge Quirino de Souza, onde deve-se deixar o veículo; com aproximadamente 50 minutos e 1,2 Km caminhada, chega-se ao cume. É necessário solicitar uma autorização prévia, enviando-se um e-mail para jmfaier@gmail.com. |
O Pico da Grota é o ponto mais alto[1] inteiramente dentro dos limites de Juiz de Fora, com 1.082,73 metros [2].
Mapeado pelo IBGE em 1951, o pico está localizado na Fazenda de Jorge Quirino de Souza, na latitude 21° 48' 16,8410" S e longitude 43° 26' 23,3044" W. O local conta com um marco indicando a localização exata e uma vista dos morros de Minas Gerais.
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Por-do-Sol visto do pico
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Marco
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Chapa de metal estampando o nome, desde 1951
Casos e Causos[editar | editar código-fonte]
"Mãe de Ouro"
O fenômeno conhecido como "Mãe de Ouro" foi avistado no alto da serra por um de seus moradores mais antigos: José Marcolino do Santos ou Zé dos Santos. Segundo ele, há muitos anos, enquanto caçava durante a noite com seu amigo Luiz do Cachimbo, avistou grandes bolas de fogo que surgiam do chão e subiam a serra. Os cachorros se reuniram assustados ao seu redor e ficaram todos olhando aquele fenômeno sem explicação. Sem querer entender muito do ocorrido, rapidamente juntaram seus pertences e desistiram da caça.
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Zé dos Santos - antigo morador
A Onça
Segundo moradores da região, a serra é habitada por onças que saem para caçar durante a noite. Na caminhada pelas trilhas, é possível encontrar pegadas que são atribuídas aos felinos. De acordo com moradores que já tiveram cara-a-cara com a fera, trata-se de uma onça parda, diferente das jaguatiricas que também habitam a região. Para evitar possíveis ataques, os moradores orientam a colocar nas costas galhos com folhas quando se caminha pela mata fechada. Pela sabedoria popular, a onça ataca de forma sorrateira por detrás e os galhos confundem o animal.
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Pegada da Onça
O Lobo
Em noites de lua-cheia é possível ouvir o uivo de lobos que quebram o silêncio da serra. Em uma das situações de maior tensão, Zé Dos Santos foi surpreendido pelo animal de hábitos noturnos. No alto da montanha, um lobo-bandeira saiu detrás dos arbustos e saltou em sua frente em posição de ataque. Os pelos das costas do animal se enrijeceram, as orelhas se curvaram e os dentes se intricaram. Posicionado defensivamente com uma foice, Seu Zé começou a gritar com o animal que, por sorte, saltou para o outro lado do valo e se foi.
O Barbado
A mesma sorte que teve com o lobo, Seu Zé também teve com um Barbado. Esta espécie de macaco de cerca de 1 metro de altura comia pequenos insetos em uma Embaúba. Armado com uma espingarda cartucheira, resolveu provocar o bicho. O primata se enfezou e começou a emitir roncos altos e fortes, ameaçando um ataque. Apavorado diante do primata e com a espingarda mascando, usou seu último recurso de gritar com o animal, que desistiu do ataque e foi embora.
Paisagens[editar | editar código-fonte]
No segundo pico acima dos 1.000 metros, é possível apreciar a bela visão do por-do-sol.
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Pôr do sol 1
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Pôr do Sol 2
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Pôr do Sol 3
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Pôr do Sol 4
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Pôr do Sol 5
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Pôr do Sol 6
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Pôr do Sol 7
À esquerda o marco do Pico da Grota e, à direita, o sol que se põe.
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Marco e Por-do-Sol
As águas que convergem das montanhas formam um belo lago ao pé da serra. No momento em que o sol atinge sua maior declinação em latitude, no solstício de inverno em 21 de junho, é possível ter uma das mais belas visões do espelho que se forma.
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Lago no solstício de Inverno (visão do artista)
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Lago no solstício de Inverno
Visto do alto, o lago revela o formato de um grande coração verde esmeralda.
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Lago em formato de coração
Em um dia típico de Outono, o Esconder-do-Sol revela a silhueta da serra.
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Por-do-Sol
Pela face norte, observa-se o vale que se estende desde o pé da serra até se perder no horizonte.
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Vale ladeado por montanhas à esquerda e à direita
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Caminho contornando as montanhas
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Vista do ponto mais alto da serra
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Vista das montanhas
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Mares de morros
No encontro das duas serras, pela face Oeste da montanha, é possível observar a paisagem dos mares de morros até o estado do Rio de Janeiro.
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Vale da Serra
Olhando para o lado oposto, é possível ver a Serra de Ibitipoca
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Vista norte
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Vista norte 02
Escalando o marco, é possível observar além da natureza que envolve o cume.
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Visão do alto do marco
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Grota ao redor do pico
Flora[editar | editar código-fonte]
A região tem uma flora diversificada com belas árvores e plantas.
Esta piúna é uma árvore centenária que conta a história da serra e já sobreviveu a raios e tempestades.
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Piúna ao fundo
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Piúna de perto
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Piúna de cima
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Vista da Piúna
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Portal da nascente
Flora típica da região
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Rabo de onça
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Cipó de São João
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Espécie de samambaia
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Amoras-do-mato
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Pés de limão-do-mato
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Cogumelo-de-chapéu
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Árvore do cume do segundo pico
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Flora típica
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Árvore típica
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Arbusto típico
Não apenas de flores se faz a flora da região. A navalha-de-macaco será facilmente percebida na caminhada pela trilha.
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Navalha-de-Macaco
Fauna[editar | editar código-fonte]
A fauna da região é rica e dá vida às belas paisagens.
O João-Graveto e o João-de-Barro constroem seus ninhos lado a lado.
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Ninho do João-Graveto e do João-de-Barro
A fauna também é composta por pequenos insetos, que fazem sua arte na encosta do morro. Na parte de cima, os cupins em terra vermelha. Na parte baixa, em terra branca. No detalhe, a ave de rapina observa suas presas.
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Cupins vermelhos e brancos
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Gavião
Trilhas[editar | editar código-fonte]
"Face Norte"
Pela trilha da face Norte do Pico são necessários 50 minutos para se atingir o cume de 1082 metros. Nos mirantes ao longo da caminhada, as mais belas paisagens podem ser apreciadas. Trilha da face Norte
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Variação de altitude na trilha
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Distância, tempo, velocidade e calorias
"Face Leste"
Pela trilha da face Leste, é possível observar tanto a vista para Ibitipoca, olhando-se para o Norte, à direita, quanto para o Rio de Janeiro, olhando-se para o Sul, à esquerda. A partir da base, caminha-se em direção ao segundo pico acima dos 1000 metros, atravessa-se a grota e chega-se ao cume. Subindo por volta das 16h, chega-se junto com o pôr do sol. Neste momento, o visitante terá cerca de 40 minutos para apreciar a vista e descer, antes que escureça e as onças e os lobos saiam para caçar.
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Estatísticas
Referências
- ↑ MoGeo, Mapa Topo 5m Minas Gerais Sul, v2, Fev, 2014, Mapa Topográfico Arquivado em 23 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine., MOGEO
- ↑ GROTA, Grota, IBGE, 1951, Relatório de Estação Geodésica, IBGE