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A península da Crimeia (em tártaro da Crimeia: Qırım yarımadası, em russo: Крымский полуостров, em ucraniano: Кримський півострів; historicamente também península táurica), também conhecida simplesmente como Crimeia, é uma grande massa de terra na costa norte do Mar Negro que é quase completamente cercada por água. A península está localizada ao sul do continente ucraniano e a oeste da região russa de Kuban e é cercada por dois mares: o Mar Negro e o Mar de Azov ao leste. É conectada com o continente ucraniano pelo Istmo de Perekop e é separada do Kuban pelo Estreito de Querche. A Flecha de Arabat está localizada a nordeste; uma estreita faixa de terra que separa um sistema de lagunas nomeadas Sivash do Mar de Azov.
Desde cerca de 700 a.C., a península foi dominada por diferentes reinos, impérios e etnias, tendo sido total ou parcialmente controlada por cimérios, antigos búlgaros, gregos, citas, romanos, godos, hunos, cazares, russos quievanos (os precursores dos Estados modernos da Bielorrússia, Ucrânia e Rússia,) os bizantinos, venezianos, genoveses, quipchacos, a Horda Dourada, turcos otomanos, o Império Russo, a União Soviética, a Alemanha nazista, a Ucrânia e agora, a Federação Russa.
O estatuto político da Crimeia é objeto de uma disputa política e territorial entre a Ucrânia, que desde a sua independência e até a sua última revolução tinha a posse da península, e a Rússia, que controla a Crimeia de facto desde a crise da Crimeia de 2014. O Conselho Supremo da Crimeia e o Conselho Municipal de Sevastopol declararam a independência em 11 de março e aderiram à Rússia em 18 de março. Desde 21 de março de 2014, a Rússia reivindica a Crimeia como parte de seu território. A partir de 24 de março, apenas um pequeno grupo de Estados-membros das Nações Unidas (exceto a própria Rússia) reconheceram a transferência da soberania da Crimeia para a Rússia, porém a reação da comunidade internacional à incorporação da Crimeia à Rússia foi esmagadoramente negativa.