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A Questão Oriental (ou Questão do Oriente) pode ser definida como o conjunto de problemas políticos e diplomáticos causados pela decadência do Império Otomano e dos interesses das grandes potências em algumas de suas regiões. A expressão não se aplica a qualquer problema particular, mas inclui uma variedade de questões levantadas durante os séculos XVIII, XIX e XX, incluindo a instabilidade no território europeu governado pelo império dos sultões. A Questão gerou incertezas sobre o futuro do decadente Império Otomano (o "velho doente da Europa") e os problemas internacionais gerados por sua desintegração, como as disputas entre as grandes potências europeias pelos territórios turcos no Oriente Médio, no Norte da África, nos Bálcãs e no Cáucaso.
A Questão é normalmente datada em 1774, quando a Guerra Russo-Turca de 1768-1774 terminou em derrota para os otomanos. A partir do momento em que a dissolução do Império Otomano passou a ser considerada iminente, as potências europeias passaram a se envolver em uma luta para salvaguardar o seu poder militar, estratégico e interesses comerciais nos domínios otomanos. A Rússia Imperial tentava beneficiar da queda otomana expandindo-se pelos Bálcãs e pelo Cáucaso e procurando ter acesso às "águas quentes" do Mediterrâneo; por outro lado, a Áustria e o Reino Unido consideravam que a preservação do Império era do seu interesse, para impedir a expansão russa e, no caso da Áustria, para impedir a sublevação dos eslavos do sul que viviam sob o seu domínio, enquanto a posição da França mudou várias vezes ao longo dos séculos. Por fim, a Alemanha tinha como objetivo controlar economicamente o Império Otomano e se expandir para a Ásia Ocidental, no âmbito da política Drang nach Osten. A Questão do Oriente foi encerrada logo após a Primeira Guerra Mundial, que resultou no colapso do Império Otomano.