Segunda Iugoslávia foi uma república federalsocialista fundada em 29 de novembro de 1943. Primeiramente chamada de Federação Democrática da Iugoslávia, a qual seria renomeada para República Federativa Popular da Iugoslávia pouco antes da adoção de uma nova Constituição em 31 de janeiro de 1946 e, finalmente, assumiria a denominação definitiva de República Socialista Federativa da Iugoslávia em 7 de abril de 1963. Esse Estado sobreviveria até 15 de janeiro de 1992, quando quatro de suas repúblicas federais se separaram: Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina e Macedônia.
A despeito de origens em comum, a economia da Iugoslávia socialista foi muito diferente das economias da União Soviética e de outros países socialistas do Leste Europeu, especialmente após o cisma iugo-soviético de 1948. A ocupação e a luta pela libertação na Segunda Guerra Mundial deixaram a infraestrutura da Iugoslávia devastada. Até as partes mais desenvolvidas do país eram majoritariamente rurais e as poucas indústrias que tinha foram majoritariamente danificadas ou destruídas.
Os primeiros anos do pós-guerra viram a implementação de planos qüinqüenais no estilo soviético e a reconstrução por meio do trabalho voluntário em massa. O campo recebeu eletricidade e a indústria pesada foi desenvolvida. A economia foi organizada como uma economia mista de planejamento socialista e socialismo de mercado: fábricas foram nacionalizadas e trabalhadores tinham direito a uma certa parcela dos lucros.
Manufaturas de propriedade privada podiam empregar até 4 pessoas por proprietário. A terra foi parcialmente nacionalizada e redistribuída, além de parcialmente coletivizada. Propriedades rurais podiam possuir até 10 hectares de terra por pessoa e o excesso de terra cultivável era de propriedade de cooperativas, empresas agrícolas ou comunidades locais. Estas podiam vender e comprar terra, bem como dá-la a pessoas em arrendamento perpétuo.