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Portal:Malta/Artigo selecionado/1

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Cerco de Malta (também conhecido como o Grande Cerco de Malta) aconteceu em 1565, quando o Império Otomano quis conquistar a ilha estratégica, sede da Ordem de Malta. Situada ao sul da Sicília e quase equidistante das costas líbias e tunisianas, controlava as rotas comerciais entre o Mediterrâneo ocidental e oriental, assim como as que uniam a Península Ibérica e o Norte da África. Dotada de excelentes portos naturais, a queda da ilha em mãos turcas teria tido consequências para a Europa cristã, tendo em conta a fraca resistência que algumas potências europeias - envolvidas entre si em conflitos de dimensão continental - apresentavam então ao avanço do Islã conquistador, tanto dos turcos, como de tribos berberiscas.

O cerco é considerado um dos mais importantes na história militar e, no ponto de vista dos defensores, o mais bem sucedido. No entanto, ele não deve ser encarado como um acontecimento isolado, mas como o ponto culminante de uma escalada de hostilidades entre os impérios espanhol e otomano pelo controle do Mediterrâneo, escalada que incluiu um ataque prévio sobre Malta, em 1551, por parte do corsário turco Dragute Arrais, e que, em 1560, havia suposto uma importante derrota da Armada Espanhola pelos turcos na batalha de Djerba.

É notável que para os ocidentais o Cerco de Malta seja um dos fatos mais importantes da Idade Moderna, enquanto que para os turcos tenha pouca importância. Esta diferença pode dever-se a duas razões, não necessariamente contraditórias entre si: em primeiro lugar, o desenlace do cerco não afetou em profundidade o Império Otomano, e em segundo lugar, os turcos saíram derrotados. Algo semelhante ocorreu na batalha de Lepanto, em 1571.