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Expedição Fram (1893–1896) foi uma tentativa do explorador norueguês Fridtjof Nansen de atingir o Polo Norte utilizando a corrente natural que atravessa o oceano Ártico, de leste para oeste. Apesar da opinião desfavorável da maioria dos especialistas em regiões polares, Nansen embarcou no Fram e navegou até às ilhas da Nova Sibéria onde se deixou aprisionar na banquisa, esperando que a deriva o levasse até ao Polo. Impaciente com a lentidão do avanço do Fram, e dando-se conta de que dessa maneira não chegaria a seu objetivo, Nansen decidiu, depois de 18 meses de deriva, deixar o navio e, juntamente com Hjalmar Johansen, partir a pé, levando cães e trenós. A dupla não conseguiu chegar ao Polo, mas os dois alcançaram o ponto mais a norte do planeta já atingido por um ser humano até então, à latitude de 86°13,6'N, antes de um longo regresso sobre o gelo para chegar à Terra de Francisco José. Durante este tempo, o Fram continuou a sua deriva para oeste e foi libertado do gelo no oceano Atlântico, perto de Spitzbergen.
A ideia para a expedição surgiu após se terem encontrado algumas partes do navio norte-americano Jeannette, depois de este se ter afundado ao largo da costa norte da Sibéria, em 1881, na costa sudoeste da Gronelândia. Os destroços tinham sido levados através do oceano polar, talvez através do próprio polo. Com base nesta ideia, e nos destroços recuperados, o meteorologista Henrik Mohn desenvolveu uma teoria de deriva polar que levou Nansen a acreditar que um navio especialmente concebido podia ser congelado no gelo, e seguir o mesmo percurso que os restos do Jeannette, aproximando-se, assim, do Polo Norte.