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Própolis

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Própolis
Própolis
Abelha operária (Apis mellifera) coletando própolis verde de alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia)(Foto: Michel Stórquio Belmiro)

Própolis é uma substância resinosa obtida pelas abelhas através da colheita de resinas da flora (pasto apícola) da região, e alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva. A cor, sabor e o aroma da própolis variam de acordo com sua origem botânica.

A palavra "própolis" é, na língua portuguesa, um substantivo de dois géneros e vem do grego: ["pro"= em favor de] + ["polis"= cidade], isto é, para o bem, em defesa da cidade, no caso, a colmeia.

Os gregos chamavam as portas de entrada de uma cidade de própolis , palavra formada pelo prefixo ‘pro-’ adicionado a ‘polis’ (cidade). Tempos depois, Plínio empregou esta palavra em latim para dar nome à cera – extraída da polpa das árvores – com a qual as abelhas recobrem a entrada de suas colmeias a fim de protegê-las contra fungos e bactérias.

As propriedades antibióticas e fungicidas desta substância, que em nossa língua se chama própole, eram conhecidas desde a mais remota antiguidade pelos sacerdotes egípcios e pelos médicos gregos e romanos, assim como por algumas culturas sul americanas. [1]

A palavra "própolis" - ou própole - está vinculada através de ‘polis’ com muitas outras palavras da nossa língua, tais como "político" (originalmente, "relativo à cidade") e metrópole (originalmente, "cidade principal").‘Polis’ provém do sânscrito ‘pur’ (cidade fortificada), que se encontra no nome de Singapura (cidade dos leões).

Composição química do própolis

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Sprays de própolis são recomendados para combater dores de garganta

Sua composição é de 55% resinas vegetais; 30% cera de abelhas; 8 a 10% de óleos essenciais; e 5% de pólen aproximadamente.

A diferença entre os tipos de própolis está vinculada à sua origem botânica e à espécie de abelha que a produziu.

A própolis verde do Brasil está associada a planta Baccharis dracunculifolia, conhecida também como alecrim-do-campo, onde é nativo.[2][3][4]

A própolis vermelha do Brasil está associada as folhas e flores do cajueiro que serve de alimento para as abelhas africanas. Possui propriedades antioxidante, antibiótica e anti-inflamatória.[5][6]

Dos mais de 200 compostos químicos já identificados na própolis, entre os principais compostos ativos podemos citar os compostos flavonoides, ácidos aromáticos, terpenoides, aldeídos, álcoois, ácidos alifáticos e ésteres, aminoácidos, esteroides, açúcares, etc.

Uso do própolis pelas próprias abelhas

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É utilizada pelas abelhas de diversas formas:

  • Para proteger a colmeia de intrusos e do frio, mantendo a temperatura ideal para suas crias, fechando frestas e diminuindo o tamanho da entrada;
  • Para desinfetar o interior da colmeia e os alvéolos onde a abelha rainha faz a postura dos ovos;
  • Quando um intruso é abatido e não pode ser retirado do interior da colmeia, as abelhas cobrem o intruso com própolis, evitando que sua putrefação contamine o ninho.

Foi recentemente mostrado que as abelhas puderam sobreviver por um tempo mais longo quando tinham usado a própolis para selar as fendas da colmeia. Isso é provavelmente porque a própolis, feita de 50% de resina, contém bastantes moléculas com funções antibióticas.[7]

Uso do própolis ao longo da história

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A própolis possui diversas propriedades biológicas e terapêuticas.

Desde a Antiguidade, a própolis já era utilizada como medicamento popular no tratamento de feridas e infecções. As histórias das medicinas das civilizações Chinesa e Mediterrâneas(como Egípcia, Grega etc) são ricas, todas contendo em seus escritos antigos centenas de receitas onde entram principalmente mel, própolis, larvas de abelhas e às vezes as próprias abelhas, para curar ou prevenir enfermidades. A própolis é conhecida como um poderoso antibiótico natural. Sprays de própolis são recomendados para combater dores de garganta.

Quando os antigos egípcios perceberam que as abelhas utilizavam a própolis para isolar animais invasores e evitar sua putrefação, passaram a empregar o material na preservação de suas múmias, muitas das quais permanecem conservadas até os dias atuais.[8]

Hoje a própolis é utilizada com maior freqüência na prevenção e tratamento de feridas e infecções da via oral, também como antimicótico e cicatrizante, muitas vezes usada como spray. Estudos mais recentes indicam eficiente ação de alguns de seus compostos ativos com ação imunoestimulante e antitumoral.

Propriedades medicinais do própolis

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Entre as propriedades medicinais do própolis encontram-se sua ação:

Antimicrobiana

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  • Propolis: A Review. [9]
  • Antimicrobial activity of propolis on oral microorganisms. [10]

Antivirótica

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Antiprotozoário

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Bactericida e bacteriostática

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  • Focht et. al. - Arzneimitteln Forschung 43-II (8) 921-923, 1993; [carece de fontes?]

Antiinflamatória

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Cicatrizante e regeneradora de tecidos

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Anti-séptica e hipotensiva

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Hepatoprotetora e anti-ulcerígena

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Estimuladora do sistema imunológico

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Inibidora na multiplicação de células tumorais

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Referências

  1. Propolis: from past to present. https://www.researchgate.net/publication/341495187_Propolis_From_Past_To_Present
  2. Barth O M. 2004 Melissopalynology in Brazil: a review of pollen analysis of honeys, propolis and pollen loads of bees Sci. Agric.(Piracicaba, Braz.), 61:342-350
  3. Revista Brasileira de Farmacognosia
  4. Denise Pimenta da Silva Leitão, Ademar Alves da Silva Filho, Ana Cristina Morseli Polizello, Jairo Kenupp Bastos and Augusto César Cropanese Spadaro, 2004. Comparative Evaluation of in-Vitro Effects of Brazilian Green Propolis and Baccharis dracunculifolia Extracts on Cariogenic Factors of Streptococcus mutans, Biol. Pharm. Bull., Vol. 27, 1834-1839
  5. SEBRAE Paraíba. Estudo sobre a Própolis Vermelha. Disponível em: http://sebraepb.livreforum.com/t6-estudo-sobre-a-propolis-vermelha
  6. MOTA, Denise. Boas Novas na Colmeia. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1310200505.htm
  7. Simone M, Evans JD, Spivak M. Resin collection and social immunity in honey bees. Journal of Organic Evolution. Online pub (2009).
  8. «Própolis». www.apiterapeutas.com.br (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2019 
  9. E. L. Ghisalberti. Bee World Volume 60, 1979 - Issue 2. Pages 59-84 | Published online: 31 Jul 2015; https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0005772X.1979.11097738 (access in Oct. 22, 2023)
  10. Park et. al., Current Microbiology, 36, 24-28, 1998. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9405742/ (access in Oct. 22, 2023)
  11. Peña, R.C. 2008 Propolis standardization: a chemical and biological review. Cienc. Inv. Agr. [online].35(1): [cited 29 August 2008],17-26. Available from World Wide Web: <http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-16202008000100002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0718-1620

Ligações externas

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