Presidente da Argentina
Presidente da Nação Argentina Presidente de la Nación Argentina | |
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Estandarte Presidencial da República Argentina. | |
Residência | Quinta presidencial de Olivos |
Duração | 4 anos (possibilidade de reeleição) |
Criado em | 8 de fevereiro de 1826 |
Primeiro titular | Bernardino Rivadavia |
Website | www.casarosada.gob.ar |
O Presidente da Nação Argentina (em espanhol: Presidente de la Nación Argentina), geralmente conhecido como Presidente da Argentina (em espanhol: Presidente de Argentina) é o chefe de Estado, chefe de Governo e titular do Poder Executivo Nacional, responsável político da administração geral da República Argentina e comandante em chefe das Forças Armadas.
As origens do cargo presidencial argentino estão vinculadas à nomeação de Bernardino Rivadavia como presidente das Províncias Unidas do Rio da Prata em 8 de fevereiro de 1826. Em 1827, no entanto, após a renúncia de Rivadavia, o país passou a ser liderado pelos Governadores da Província de Buenos Aires. A situação modificou-se em 1853, quando uma nova Constituição estabeleceu eleições presidenciais indiretas a cada seis anos. O primeiro presidente eleito formalmente foi Justo José de Urquiza, que assumiu o poder como "Presidente da Confederação Argentina". O título formal de "Presidente da Nação Argentina" seria assumido somente em 1860 por Santiago Derqui, após as reformas constitucionais. Esta denominação foi preservada até os dias atuais.
Desde 1994, o Presidente e seu vice-presidente são eleitos pelo sistema direto e exercem um mandato de quatro anos com a possibilidade de uma reeleição seguinte. O atual presidente é o Economista e Político, Javier Milei que sucedeu Alberto Fernández, em 2023.
Atribuições
[editar | editar código-fonte]Segundo o Artigo 99 da Constituição argentina, o Presidente da Nação Argentina é o "chefe supremo da Nação, chefe de governo e responsável político da administração geral do país", ou seja, recebe atribuições de chefe de Estado e de chefe de governo.
Como chefe de Estado e de governo, cabe ao Presidente da Nação:[1]
- sancionar as leis federais, promulgar e publicá-las;
- expedir regulamentos e/ou instruções necessários à execução destas leis;
- nomear, com a aprovação do Senado, os magistrados da Corte Suprema e os juízes federais;
- comutar ou indutar penas por delitos sob a lei federal;
- nomear e remover os embaixadores, ministros plenipotenciários, agentes consulares e demais representantes diplomáticos;
- nomear e remover os ministros de seu gabinete de governo e os oficiais das secretarias presidenciais;
- coordenar o exercício de seu gabinete de governo;
- presidir a abertura do ano legislativo perante o Congresso da Nação;
- prorrogar as sessões ordinárias do Congresso da Nação e convocar sessões extraordinárias, quando crer necessário;
- firmar tratados, acordos e negociações com nações estrangeiras e/ou organizações internacionais;
- nomear os comandantes das Forças Armadas, e dispô-las de acordo com as necessidades da Nação;
- declarar guerra e celebrar a paz, com a aprovação do Congresso;
Mandato
[editar | editar código-fonte]Seguindo a reforma constitucional de 1994, o mandato presidencial argentino é de quatro anos com direito a uma reeleição consecutiva para mais quatro anos. O indivíduo que cumpriu dois mandatos presidenciais está apto a candidatar-se após transcorrido o período de um mandato desde a data em que deixou o cargo. Pela Constituição de 1853, o mandato presidencial equivalia a seis anos sem possibilidade de reeleição. Em 1949, o termo foi alterado para reeleições ilimitadas, mas não chegou a ser cumprido devido ao regime militar, que restabeleceu as bases constitucionais de 1853. Em 1966, o mandato presidencial foi declarado definitivamente de quatro anos de duração.
Pós-presidência
[editar | editar código-fonte]Cada presidente, uma vez terminado o seu mandato, poderá exercer outros cargos políticos. Os ex-presidentes contam com a proteção vitalícia da Polícia Federal Argentina após o término de seus mandatos, além disso recebem uma mensalidade também vitalícia equivalente ao salário de um juiz da Corte Suprema, conforme a Lei 24 018.[2] Por morte, a pensão passa para a viúva ou viúvo que irá recolher 75% do valor, mas terá de renunciar a qualquer pensão do Estado. Para usufruir desses benefícios, devem residir no território argentino.[3] Arturo Umberto Illia e Raúl Alfonsín doaram todos os seus anos de aposentadoria para a caridade.
Após suas mortes, os ex-presidentes recebem homenagens como a decretação de três dias de luto nacional, além do funeral de Estado.
Seus familiares doam seus pertences do mandato a museus como o Museu Histórico Sarmiento e o Museu Casa Rosada (criado a partir da antiga Casa Museu Presidencial Rosada, cujo acervo é composto por objetos pessoais, retratos, esculturas e documentos de quem já ocupou a Presidência da República, além de objetos referentes ao contexto social, econômico e político de cada fase presidencial, inclusive de mandatos recentes.
Ex-presidentes vivos:
Atualmente, se encontram vivos 6 ex-presidentes.
Presidentes
[editar | editar código-fonte]Lista de presidentes da Argentina que ocuparam o cargo durante ou após a promulgação da atual Constituição Argentina, estabelecida em 1853.
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Justo José de Urquiza
(1854-1860) -
Santiago Derqui
(1860-1861) -
Bartolomé Mitre
(1862-1868) -
Domingo Faustino Sarmiento
(1868-1874) -
Nicolás Avellaneda
(1874-1880) -
Julio Argentino Roca
(1880-1886) -
Miguel Juárez Celman
(1886-1890) -
Carlos Pellegrini
(1890-1892) -
Luis Sáenz Peña
(1892-1895) -
José Evaristo Uriburu
(1895-1898) -
Julio Argentino Roca
(1898-1904) -
Manuel Quintana
(1904-1906) -
José Figueroa Alcorta
(1906-1910) -
Roque Sáenz Peña
(1910-1914) -
Victorino de la Plaza
(1914-1916) -
Hipólito Yrigoyen
(1916-1922) -
Marcelo Torcuato de Alvear
(1922-1928) -
Hipólito Yrigoyen
(1928-1930) -
José Félix Uriburu
(1930-1932) -
Agustín Pedro Justo
(1932-1938) -
Roberto María Ortiz
(1938-1942) -
Ramón Castillo
(1942-1943) -
Arturo Rawson
(1943) -
Pedro Pablo Ramírez
(1943-1944) -
Edelmiro Julián Farrell
(1944-1946) -
Juan Domingo Perón
(1946-1952) -
Juan Domingo Perón
(1952-1955) -
Eduardo Lonardi
(1955) -
Pedro Eugenio Aramburu
(1955-1958) -
Arturo Frondizi
(1958-1962) -
José María Guido
(1962-1963) -
Arturo Umberto Illia
(1963-1966) -
Juan Carlos Onganía
(1966-1970) -
Roberto M. Levingston
(1970-1971) -
Alejandro Agustín Lanusse
(1971-1973) -
Héctor José Cámpora
(1973) -
Juan Domingo Perón
(1973-1974) -
Jorge Rafael Videla
(1976-1981) -
Roberto Eduardo Viola
(1981) -
Leopoldo Galtieri
(1981-1982) -
Reynaldo Bignone
(1982-1983) -
Raúl Alfonsín
(1983-1989) -
Carlos Saúl Menem
(1989-1995) -
Carlos Saúl Menem
(1995-1999) -
Fernando de la Rúa
(1999-2001) -
Adolfo Rodríguez Saá
(2001) -
Eduardo Duhalde
(2002-2003) -
Néstor Kirchner
(2003-2007) -
Cristina Fernández de Kirchner
(2007-2011) -
Cristina Fernández de Kirchner
(2011-2015) -
Mauricio Macri
(2015-2019) -
Alberto Fernández
(2019-2023) -
Javier Milei
(2023-presente)
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Constitución de la Nación Argentina: Capítulo III - Atribuciones del Poder Ejecutivo». Consultado em 29 de setembro de 2013. Arquivado do original em 2 de novembro de 2016
- ↑ «Pensiones vitalicias: expresidentes y exvicepresidentes perciben entre $140.000 y $600.000». LA NACION (em espanhol). 28 de julho de 2020. Consultado em 26 de fevereiro de 2023
- ↑ «Cuánto cobran de pensión vitalicia los ex presidentes de América latina». LA NACION (em espanhol). 18 de janeiro de 2017. Consultado em 26 de fevereiro de 2023