Primeiro Concílio de Lyon
Primeiro Concílio de Lyon | |
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Data | 1245 |
Aceite por | Católicos |
Concílio anterior | Quarto Concílio de Latrão |
Concílio seguinte | Segundo Concílio de Lyon |
Convocado por | Papa Inocêncio IV |
Presidido por | Papa Inocêncio IV |
Afluência | 250 |
Tópicos de discussão | Conduta sobre o Imperador Frederico, disciplina eclesiástica, Cruzadas e o Grande Cisma |
Documentos | 38 constituições, deposição de Frederico, a Sétima Cruzada e determinação de chapéu vermelho para os cardeais |
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O Primeiro Concílio de Lyon (de Lion ou de Lião), também conhecido como Lyon I, foi o décimo terceiro concílio ecumênico da Igreja Católica, realizado em 1245.
O Concílio
[editar | editar código-fonte]O primeiro concílio ecumênico realizado em Lyon foi presidido pelo Papa Inocêncio IV. O Papa, que vinha sendo ameaçado pelo Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Frederico II, chegou em Lyon em 2 de dezembro de 1244 e convocou o concílio para o ano seguinte. Por volta de duzentos e cinquenta prelados responderam, incluindo os Patriarcas latinos de Constantinopla, Antioquia e Patriarca de Aquileia (Veneza) e 140 bispos. O imperador latino Balduíno II de Constantinopla, Raimundo VII de Toulouse e Raimundo Berengário IV da Provença estava também entre os que participaram. Com Roma cercada pelo imperador Frederico, o Papa se utilizou do concílio para excomungar e depor o imperador[1] assim como o rei de Portugal Sancho II. O concílio também dirigiu uma nova cruzada (a Sétima Cruzada), sob o comando de Luís IX da França, para reconquistar a Terra Santa.
Sessões
[editar | editar código-fonte]Na abertura, em 28 de junho, após cantarem Veni Creator, Spiritu, Inocêncio pregou sobre as cinco chagas da Igreja e as comparou com as suas próprias cinco mágoas: (1) o comportamento pobre tanto do clero quando dos leigos; (2) a insolência dos sarracenos, que ocuparam a Terra Santa; (3) o Grande Cisma do oriente; (4) a crueldade dos tártaros(Mongóis) na Hungria e (5) a perseguição da Igreja pelo imperador Frederico II.
Na segunda sessão, em 5 de julho, o bispo de Calvi e um arcebispo espanhol atacaram o comportamento do imperador e, na sessão seguinte, em 17 de julho, Inocêncio proclamou a deposição do imperador. Ela foi assinada por cento e cinquenta bispos e aos dominicanos e franciscanos foi dada a responsabilidade de publicá-la. Porém, Inocêncio não possuía meios materiais para fazer valer o seu decreto.
Além disso, o Concílio de Lyon também promulgou diversas outras medidas puramente religiosas:
- Obrigou os cistercienses a pagar o dízimo;
- Aprovou a regra monástica dos grão-montinos;
- Decidiu pela instituição da Oitava da Natividade de Nossa Senhora;
- Prescreveu que os cardeais deveriam utilizar o chapéu vermelho;
- Preparou trinta e oito constituições que foram posteriormente inseridas pelo Papa Bonifácio VIII em seus decretos. O mais importante deles decretou uma arrecadação adicional de um vigésimo sobre quaisquer benefícios por três anos para ajudar a libertação da Terra Santa.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Wetterau, Bruce. World history. New York: Henry Holt and company. 1994.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- "First Council of Lyons (1245)" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.