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Pular corda

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O Pular corda ou saltar corda é uma brincadeira tradicional que envolve grande atividade física e coordenação motora. Tais características fizeram da recreação um desporto. Nesse sentido, a prática esportiva do pula-corda,[1] também referida como salto à corda (em inglês: rope skipping, jump rope, double dutch),[2][3] consiste não apenas em pular corda, mas sim executar uma série de saltos, acrobacias, manejos com a corda, buscando a sincronia dos saltadores com uma música em execução.[4][5] O esporte é praticado tanto individualmente, com cordas pequenas, quanto em grupo, com cordas longas.[4] Essa recreação está conquistando vários adeptos na atualidade, principalmente nas academias, já que pular corda é um dos exercícios físicos mais recomendados quando o assunto é emagrecer e definir o corpo.

O surgimento da prática esportiva é datada da década de 1970 nos Estados Unidos.[4][2] Mais precisamente a esportivização é atribuída ao professor estadunidense Richard Cendali, em 1969.[6]

O norte-americano Richard Cendali, na época em que era jogador de futebol americano no ano de 1969 observou que em seu treino diário havia excessiva monotonia, o que se resumia em pular corda por longos períodos de tempo. Richard decidiu então a explorar os diferentes e possíveis manejos como forma de tornar seus treinos mais prazerosos. Ele era professor de educação física e decidiu, portanto, ensinar esses manejos em suas aulas com diferentes cordas, saltos e truques. Posteriormente o professor decidiu investir na formação de um grupo e na realização de apresentações, foi então depois de três anos que ocorre na história a fundação do primeiro grupo de Rope Skipping. Em 1983 foi criada a primeira organização internacional denominada International Rope Skipping Organization–IRSO (Organização Internacional de Rope Skipping) a qual incentivou a divulgação deste esporte para outros países, Suécia, Inglaterra e Hungria foram os primeiros países fora da América a conhecerem o esporte, logo foram Alemanha, Bélgica, França se integrou ao esporte. (SATO 2002). A ginástica tem influência importantíssima na prática desse esporte com acrobacias, giros e saltos. [7]

São quatro provas existentes no esporte: a prova de saltos triplos, em que o saltador realiza diversas séries de saltos de passar a corda três vezes num único salto; a prova de velocidade, em que o saltador tem 30 segundos para se apresentar e quando é contado o número de vezes que ele toca seu pé direito no chão; a prova de resistência, quem que o saltador tem três minutos de apresentação; e a prova de estilo livre, em que a música é acompanhada ritmicamente pelos movimentos do saltador.[2] Há ainda as modalidades de corda simples (manobras individuais e exercícios de velocidade), corda dupla holandesa (manobras individuais ou coletivas e exercícios coreografados), roda chinesa (saltador segura uma das pontas batendo a corda e também realizando as manobras).[8][6]

ROPE SKIPPING NO BRASIL

O Rope Skinpping surgiu no Brasil através da CBDDRS – Confederação de Double Dutch e Rope Skinpping logo após o lançamento de um filme proveniente dos EUA sobre o esporte denominado de Double Dutch. Começou a surgir no País equipes da modalidade, como por exemplo, a DDRB, formada em julho de 2007 por nadadores praticantes de Double Dutch. Em Janeiro do ano de 2008 o grupo brasileiro se apresentou em convenções de uma empresa de refrigerantes utilizando-se da modalidade como forma de divulgação de uma promoção ao lado de atletas da Federação Americana de Rope Skipping. A diretora executiva do Rope Skipping e o publicitário da empresa enxergaram a necessidade do desenvolvimento de uma confederação que regularizasse e colocasse em ordem as modalidades de corda no Brasil, o que despertou imediato interesse da atleta do DDBR conhecida como Iara Ito. Em março de 2009 a CBDDRS foi reconhecida pelo Ministério do Esporte como a entidade responsável pela organização das modalidades de corda no País. No Brasil um dos mais renomados grupos de Rope Skinpping é o denominado ‘’Pé de Mola’’ que fica localizado na Capital de SP, surgido em 2008, o grupo tornou-se uma das equipes brasileira mais ativa e conhecida. Suas atividades têm sido divulgadas por maio das redes sociais, como por exemplo, o Youtube.[9]

Organizações dirigentes

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Mundialmente, o esporte é regulado por duas organizações. Uma delas é a Federação Internacional de Salto à Corda (FISAC em francês: Fédération Internationale de Saut à la Corde; em inglês: International Rope Skipping Federation, IRSF),[8] que sucedeu a Organização Internacional de Pula-corda (International Rope Skipplng Organizatíon, IRSO) fundada em 1983.[6] A Confederação Brasileira de Rope Skipping esta filiada a esta organização.A outra entidade mundial é a Federação Mundial de Pula-corda (em inglês: World Jump Rope Federation, WJRF).

  • Europa — European Rope Skipping Organisation (ERSO)
  • Bélgica — Belgische Rope Skipping Federatie (BRSF)
  • Países Baixos — Netherlandse Rope Skipping Organisatie (NRSO)
  • No que diz respeito ao regimento institucional, vale destacar a International Jump Rope Union-IJRU. (União Internacional de Corda de Salto). Trata-se de uma entidade global, relacionada ao esporte de saltar corda. Sendo instituída através da associação entre Federation de Salt à la Corde (Federação Internacional de Pular Corda) e World Jump Rope Federation (Federação Mundial de Corda de Salto) cuja composição ocorre exclusivamente por órgãos nacionais de Rope Skipping onde o propósito reside na propagação da referida modalidade bem como poder proporcionar aos seus praticantes o maior desenvolvimento das capacidades físicas, além de visar o alcance das qualidades consideradas de extrema relevância dos seus atletas, tais como espírito cooperativo, reputação ilibada, empenho e dedicação total para com a modalidade.[10]

Competições

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  • 2016 — Campeonato mundial em Malmö, Suécia[11]
  • Vivien Vadja — saltadora brasileira pentacampeã mundial, entre 2010 e 2013.[2]
  • Keo Mokolopo: Natural de Thaba-Nchu, cidade sul-africana. É Presidente da Federação Africana de Cordas de Saltar (AJRF). Também é membro do Conselho de Administração do IJRU. Além de emissária da Federação Sul-Africana de Ginástica. Teve sua inserção tardia dentro da modalidade do Rope Skipping, dando início somente a partir dos vinte anos de idade. Porém, passou a nutrir uma enorme paixão pelo esporte, ao ponto de conquistar 4 medalhas em competições disputadas a nível mundial. Nos tempos atuais como dirigente, procura cada vez mais angariar investimentos que possibilitem robustecer e gerar incentivo à população nativa um maior envolvimento e destaque dentro do esporte.[12]
  • Jonathan Mahoto: É técnico da Federação Francesa de Double Dutch, ingressou no esporte por volta dos 17 anos e desde então considera a modalidade como um estilo de vida. Apesar do caráter competitivo existente, o mesmo ressalta a importância do sistema cooperativo nos treinamentos a fim de que o atleta seja capaz de alcançar o real sucesso esperado uma vez que é a partir do compartilhamento de ideias e instruções de outras pessoas inseridas no contexto que os praticantes podem desenvolver e aperfeiçoar suas técnicas.[13]

Representações artísticas

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Cartaz do filme documentário estadunidense Doubletime.

O esporte já foi tema no cinema. No filme da Disney, Jump In! (Salte!, no Brasil; Salta! em Portugal), é contada a história de um pugilista que entra para uma equipe de pula-corda.[8]

Referências

  1. «Conheça a camico». tv.r7.com. Consultado em 3 de janeiro de 2017 
  2. a b c d «Conheça Vivien Vadja, a pentacampeã brasileira de "Pula Corda"». revistaepoca.globo.com 
  3. Esporte Espetacular | Pular corda vira esporte reconhecido no Brasil e recebe o nome de 'double dutch' | Globo Play, consultado em 3 de janeiro de 2017 
  4. a b c Guterman, Tulio. «Rope Skipping: analisando a adesão e a desistência na prática desta modalidade no projeto de extensão da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp». www.efdeportes.com. Consultado em 3 de janeiro de 2017 
  5. O Esporte Rope Skipping
  6. a b c Sato, Ana Paula Barbosa (2002). «Rope skippine - Uma nova modalidade esportiva». Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 3 de janeiro de 2017 
  7. «ROPE SKIPPING: MANOBRAS COM CORDAS, TRABALHANDO COM UMA NOVA MODALIDADE ESPORTIVA NA ESCOLA». webcache.googleusercontent.com. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  8. a b c «Manobras e modalidades - Pular Corda - Reportagem - LivrEsportes - Revista Digital de Esportes». www.livresportes.com.br. Consultado em 3 de janeiro de 2017 
  9. «ROPE SKIPPING: MANOBRAS COM CORDAS, TRABALHANDO COM UMA NOVA MODALIDADE ESPORTIVA NA ESCOLA» (PDF). webcache.googleusercontent.com. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  10. «About». IJRU (em inglês). Consultado em 19 de outubro de 2020 
  11. «wcrs-2016-sweden». wcrs-2016-sweden. Consultado em 3 de janeiro de 2017 
  12. «News». IJRU (em inglês). Consultado em 19 de outubro de 2020 
  13. «Jonathan». MOVE LDN (em inglês). Consultado em 19 de outubro de 2020 

Ligações externas

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